A roubalheira tucana descendo do muro. Para o dedo indicar apontado tem-se o minimo, anular e pai de todos apontando contra o acusador. Farinha do mesmo saco. Ou melhor, só do mesmo saco. A farinha.........sumiu na campanha.
O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais recebeu relatório conclusivo da Polícia Federal (PF) que aponta o repasse de R$ 300 mil do lobista Marcos Valério, operador do mensalão, para o ex-ministro Pimenta da Veiga, candidato do PSDB ao governo mineiro. O inquérito foi distribuído para o Núcleo do Patrimônio Público, no qual atuam três procuradores. Cabe ao MPF oferecer denúncia, solicitar novas diligências ou arquivar a investigação.
Na segunda-feira, os procuradores que atuam no caso remeteram o inquérito para a Polícia Federal aprofundar as investigações. Em entrevista, Pimenta voltou a minimizar a situação.
- O MP devolveu o inquérito à PF, considerando os elementos inconsistentes. Foi uma boa notícia. Portanto, vamos aguardar - resumiu, antes de participar da convenção do PSDB em um ginásio de clube em BH.
Mesmo correndo o risco de sofrer processo no meio da campanha, o PSDB oficializou o nome de Pimenta, em grande ato em BH com a presença do senador e presidenciável Aécio Neves.
Em abril, Pimenta foi indiciado por lavagem de dinheiro. As investigações apuraram que ele recebeu em 2003, na conta bancária, quatro depósitos das agências DNA Propaganda e SMP&B Comunicação, de R$ 75 mil cada um. O tucano alega se tratar de pagamento de honorários advocatícios, mas ele não possui documentos que comprovariam o serviço. Ele sustenta que se tratou de uma consultoria verbal.
Além do tucano, outras 29 pessoas são alvo de investigação da PF em BH por suspeita de terem recebido dinheiro de Valério. Entres eles, estão Rodrigo Barro Fernandes, ex-tesoureiro da campanha de prefeito do ex-ministro Fernando Pimentel, candidato ao governo de Minas, em 2004, e Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência durante o governo do ex-presidente Lula. Segundo o inquérito, Fernandes recebeu R$ 274 mil da SMP&B e DNA em agosto de 2004. Já Godoy recebeu de Valério R$ 98,5 mil. Nesse caso, a PF a investiga o caminho do dinheiro já que Valério, em depoimento, informou que custeava despesas pessoais do ex-presidente petista, o que ele sempre negou.
A fonte de todo dinheiro, segundo as investigações, são de empréstimos fraudulentos junto ao extinto Banco Rural. Todos os inquéritos foram instaurados separadamente em ações derivadas do processo do mensalão do PT. Valério foi transferido da Papuda, em Brasília, para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região Metropolitana de BH.