GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 14 de setembro de 2013

Conferência debate reforma agrária e políticas públicas para a agricultura familiar

A reforma agrária e as políticas públicas para o desenvolvimento da agricultura familiar estiveram no foco das discussões da 2ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário que terminou hoje (11) em Nova Friburgo, na região serrana fluminense. O evento foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em conjunto com o Programa Rio Rural, do governo estadual.
O delegado do MDA no estado do Rio, José Octávio Fernandes, disse à Agência Brasil que o encontro debateu ainda os quatro eixos temáticos da conferência nacional que ocorrerá em outubro próximo, em Brasília. 'As propostas aprovadas trabalham em três eixos transversais, relacionados à questão da mulher, à juventude rural e ao etnodesenvolvimento [princípio que compreende o respeito à autonomia dos povos indígenas]', declarou.
Independentemente das 40 recomendações que serão encaminhadas à 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, foi aprovado um conjunto de propostas que vão ser usadas para a elaboração de um plano estadual de desenvolvimento rural sustentável.. Durante o encontro, foram eleitos também 30 delegados do Rio de Janeiro que vão colaborar na criação do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, sendo 20 representantes da sociedade civil e dez do Poder Público.
Na avaliação do delegado do MDA, o estado do Rio de Janeiro ainda está muito aquém do seu potencial na área agrícola. 'Como foi construída a política voltada para a agricultura no estado do Rio, a gente ainda não conseguiu potencializá-la'. Disse, porém, que a agricultura familiar tem um peso fundamental na produção dos alimentos que vão para a mesa dos consumidores. Ele acredita que as propostas aprovadas durante a conferência, que envolvem metas de curto, médio e longo prazos, 'sendo implementadas', permitirão dar um salto de qualidade na agricultura familiar fluminense.
'Na região serrana, que mais produz no estado em relação à agricultura familiar, a gente ainda tem problemas de conflito agrário'. Segundo Fernandes, no norte fluminense há registro, inclusive, de trabalho escravo, além de conflitos no campo. 'Na delegacia, a gente tem tido uma preocupação muito grande com o Território da Cidadania, que é um programa nosso, por conta desses problemas e que, na verdade, refletem a estrutura agrária do nosso país. A gente tem que avançar nisso'.
Sustentou que embora o Rio de Janeiro seja um dos estados brasileiros com menor índice de concentração de terra, 'infelizmente, em Campos, esse índice é muito elevado e a gente ainda tem a ocorrência de trabalho escravo'.
O delegado do MDA indicou que outro entrave ao desenvolvimento da agricultura no Rio de Janeiro é a falta de investimentos por parte do governo do estado. Além disso, citou a dificuldade para a emissão da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), conhecida como DAP, que dá ao agricultor acesso ao financiamento da produção. No caso do Rio de Janeiro, essa declaração é emitida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
'São muito poucos os sindicatos de trabalhadores rurais habilitados a emitir o DAP'. Segundo ele, tanto o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj) têm dificuldades em efetuar o trabalho de emissão da declaração nos assentamentos rurais federais e estaduais.
'A gente está trabalhando para reverter esse quadro'. O objetivo, disse o delegado do MDA, é ter um número maior de declarações no estado que reflita o total de agricultores que efetivamente estão em atividade produtiva, 'para que a gente possa potencializar o estado do Rio de Janeiro no tocante à agricultura'.
A 2ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário encerrou um ciclo de encontros que ocorreram em todas as regiões fluminenses e que reuniram pequenos produtores e representantes de segmentos ligados ao desenvolvimento do meio rural e da agricultura familiar.

Empresa que poluiu assina TAC no Rio de Janeiro para recomposição ambiental

Dentro de 30 dias, com aval do governo do estado do Rio de Janeiro e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), entrará em vigor o termo de compromisso de ajustamento de conduta (TAC) entre o Ministério Público Federal (MPF) em Resende (RJ), o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro e a empresa Servatis.
No acordo, a indústria responsável pelo vazamento, em 2008, de 8 mil litros de produtos químicos nos rios Pirapetinga e Paraíba do Sul, em Resende, na região sul fluminense, se compromete em reparar os danos ambientais causados pelo acidente. De acordo com a procuradoria, caso a empresa descumpra o termo de compromisso, pagará uma multa de R$ 1 milhão, por mês.
O TAC, assinado na segunda-feira (26), inclui compromissos como estudo de viabilidade para investimento em atividades de baixo impacto ambiental, como fertilizantes orgânicos. Também foi pedido o financiamento de projetos socioambientais para dar suporte e orientação a pescadores artesanais da região, a implantação do Núcleo de Apoio à Conservação do Rio Paraíba do Sul e o monitoramento de espécies de peixes, águas e sedimentos.
A Servatis, fabricante de agroquímicos, também fará um projeto destinado à recuperação de áreas degradadas da Mata Atlântica, especialmente na região de Resende, e ainda implantar o tratamento de esgoto de bairros do município, além de elaborar projetos de reflorestamento dos 9 hectares devastados. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial.
Para a procuradora da República Izabella Brant, responsável pelo TAC, o termo é um meio rápido e eficiente de resolver os danos. 'Por meio do acordo, a empresa reconhece que causou o dano e como causou, tomando medidas efetivas para prevenir que próximos acidentes aconteçam. Mesmo com certa dificuldade financeira, a Servatis tem agilizado o processo de reestruturação da empresa e de atuação no meio ambiente, começando suas atividades desde janeiro deste ano', informou.
Segundo o diretor de Segurança e Meio Ambiente da Servatis, Carlito Marques de Almeida, a empresa já vem tomando medidas para sanar os danos, antes mesmo de o TAC ser firmado. 'Desde 2009, já indenizamos mais de mil pescadores. Além disso, o tratamento de esgoto da comunidade local vai fazer dois anos que está sobre nossa responsabilidade, e avançamos em 80% a etapa inicial do Núcleo de Apoio à Conservação do Rio Paraíba do Sul , previsto apenas para abril de 2014', explicou.
O acidente ocorreu quando um caminhão da Servatis teve uma falha no descarregamento, despejando 8 mil litros de produtos químicos nas águas dos rios Piratinga e Paraíba do Sul. Com isso, a captação das estações de tratamento de água foram interrompidas, provocando o desabastecimento de água potável de 1 milhão de pessoas. Além disso, os danos ambientais causaram a morte de inúmeras espécies de peixes.

Usinas de incineração do “lixo” urbano, na contramão da sustentabilidade.

A implantação de usinas de incineração do lixo urbano no Brasil merece uma reflexão. Discutir exaustivamente de forma clara, colocando os prós e contras, é um dever das autoridades federais, estaduais e municipais do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, com envolvimento necessário dos brasileiros, pois uma decisão errônea poderá colocar em risco a saúde da população e do meio ambiente.
Na presente análise, apresento minhas observações, como brasileiro, empresário ligado à reciclagem e com a responsabilidade de lutar para que tenhamos no futuro um mundo melhor, menos poluído e com melhor qualidade de vida para as gerações presentes e futuras. E o faço com a consciência de cidadania, totalmente isento de interesses econômicos ou políticos.

CONSIDERAÇÕES
Não há a menor dúvida de que a destinação do lixo é uma preocupação de todos. Há muitas observações a respeito das instalações de usinas de incineração, para recuperação de energias e é interessante colocá-las a público para o engrandecimento do debate. Vejamos algumas:
A – O Coletivo de Entidades Ambientalistas do Estado de São Paulo analisou, tecnicamente, a viabilidade dessas usinas, e destaca em documento que:
1. O processo de monitoramento e controle da poluição gerada por incineradores é economicamente inviável. No Brasil é impensável, considerando-se a composição físico-química de nosso lixo. (1).
2. A incineração do lixo é hoje um grande lobby para a venda de tecnologia que vem sendo desativada na Europa. Só no Estado de São Paulo estão sendo anunciadas mais de 20 usinas de incineração. Essa proposta provocaria a manutenção do sistema usual de produção, que é insustentável, retirando mais e mais elementos preciosos da natureza, enquanto materiais recicláveis seriam incinerados, sob a desculpa de “recuperação energética”. Essa proposta vai contra toda a lógica de reutilização de materiais recicláveis. (1).
3. A recuperação energética alardeada é uma farsa sem precedentes. Incinerar plástico e outros materiais recicláveis, de alto poder calórico para geração de energia é um absurdo, já que para sua produção foram consumidas muita água e muita energia. O balanço energético não fecha. Uma nova produção destes materiais gastaria mais energia do que a obtida com sua combustão (1).
4. A reciclagem de materiais é o caminho da sustentabilidade, enquanto a incineração é a forma fácil de se livrar do lixo, mantendo um sistema produtivo insustentável e predador. Além disso, as emissões aéreas são incontroláveis e as cinzas dos incineradores são classificadas como resíduos Classe I – Perigosos, necessitando de tratamento e armazenagem em função da sua toxicidade (1).
5. Tratado – Na Convenção de Estocolmo, em 2004, o Brasil ratificou o tratado da Organização das Nações Unidas (ONU), e reconheceu que os incineradores são uma das principais fontes de formação de dioxinas e furanos, poluentes orgânicos persistentes e bioacumulativos dos mais tóxicos produzidos pelo ser humano. De acordo com a Convenção, é recomendável que o uso de incineradores seja eliminado progressivamente (1).
B- O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Proam, também se manifestou contrariamente à instalação de usinas incineradoras de lixo, elencando:
1. Na contramão da sustentabilidade e da própria norma em vigor, o Brasil, assim como outros países da América do Sul e Índia, é objeto de um forte lobby que pretende vender e patrocinar usinas de incineração de lixo em desuso na Europa, por restrições conceituais e ambientais (2).
2. “É preciso que as forças vivas da sociedade mobilizem-se contra esta onda que se traveste de recuperação energética”, afirmou Carlos Bocuhy, presidente do Proam, referindo-se ao processo de incineração de materiais de alto valor calórico como plástico e papelão. “É um absurdo que materiais que tiveram alto custo em água e energia para a sua produção não sejam reciclados e sua incineração seja classificada de forma mentirosa como “recuperação energética” e “usinas verdes”. O que ocorre é que estão tentando ‘pintar de verde’ a prática mais poluente das alternativas para a disposição final do lixo” (2).
C- O Ministério Público também tem posição sobre o tema. O promotor público de Taubaté, Wagner Giron falou a respeito das usinas, em reunião realizada no Vale do Paraíba. Vejamos suas colocações sobre o impacto ambiental dessas usinas:
1. Além de alertar a sociedade, no que diz respeito a essas energias, temos que levar em consideração a ética e promessas feitas pelos governos federal e estadual, que firmaram um compromisso de reduzir em 20% a emissão de gases nocivos do efeito estufa até 2020 (2).
2. O anúncio de patrocínio a usinas e termelétricas, feito pelo Governo do Estado de São Paulo, viola o senso ético e afronta as leis. É um absurdo, um estelionato ambiental (2).
3. O Ministério do Meio Ambiente é contra usinas de incineração. Essa posição foi defendida pela ministra Izabella Teixeira, em reunião realizada em seminário promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos, em outubro de 2011, em São Bernardo do Campo. “Cuidado com as armadilhas”, disse ela por três vezes, alertando os prefeitos em relação ao lobby das empresas que comercializam as usinas de lixo.
Na mesma linha de raciocínio, discorre Sonia Hess, consultora de Meio Ambiente do Ministério Público Federal. Diz ela que “a incineração deve ser a última opção de tratamento de lixo”, por não crível o controle de resíduos. (3).
4. Ulisses Girardi pontua: O Brasil contabiliza experiências negativas com tecnologias importadas. Um bom exemplo são as usinas nucleares, que eram vistas como solução energética limpa. Hoje há programas para desativar todas as usinas nucleares da Alemanha. No Brasil, a Câmara dos Deputados vem debatendo o destino dos rejeitos nucleares. Há polêmica em torno da transferência de rejeitos nucleares das Usinas Angra I e II para Goiás. Não se sabe qual será o destino. Criamos problemas ambientais desnecessários a custos astronômicos. Enquanto os outros países adotam programas para desativar as usinas, o Brasil continua construindo. (4)
OBSERVAÇÕES
Minha experiência ao longo de anos, tendo como atividade profissional a reciclagem e compostagem, com a transformação de resíduos em fertilizantes orgânicos, aliada à participação em seminários e congressos ligados à preservação do meio ambiente, incluindo o Fórum Mundial de Sustentabilidade, permite-me colocar as observações, alicerçadas também em depoimentos de técnicos e profissionais de envergadura na área. Os itens seguintes são oferecidos para a discussão das autoridades e da população.
1. Os projetos são dispendiosos, não se sabe seus verdadeiros custos e nem o valor que será pago pela queima do lixo.
2. Não existem dados que comprovem a viabilidade econômico-financeira do projeto.
3. Essas usinas têm tecnologias obsoletas e estão sendo desativadas em países europeus. Em 1958, o Brasil desativou a usina de incineração em Manaus- Amazonas.
4. Não geram empregos, aliás, causam o desemprego das pessoas envolvidas com o processo de coleta e reciclagem.
5. Não há segurança em relação à eliminação dos gases – altamente cancerígenos – e as cinzas tóxicas. As dioxinas e furanos são altamente tóxicos e acumulativos. Eles são prejudiciais ao meio ambiente e aos seres humanos pela inalação e também pela contaminação das plantações alimentícias, e das águas de nossos córregos e rios, em outras palavras, entram na cadeia alimentar.
6. Entidades que lutam em favor do meio ambiente e pela melhoria da qualidade de vida são totalmente contra esses projetos, incluindo autoridades do Ministério Público e a própria ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
7. As usinas nucleares, termoelétricas ou simples incineradoras, têm sido notícia na imprensa, constantemente, pelos vazamentos. Na implantação foram “vendidas” como de alta segurança.
8. Em 2003, a Companhia Energética de São Paulo, a Cesp, tentou implantar uma termoelétrica em Mogi Mirim/SP, projeto abortado por um único motivo: perigo de contaminação, através de gases tóxicos, formadores da chuva ácida.
9. Na Convenção de Estocolmo, em 2004, do qual o Brasil foi signatário, há a recomendação para a eliminação gradativa dos incineradores de lixo.
CONCLUSÃO
Os estudos me permitem sugerir:
1. Coleta seletiva do lixo, com a mão de obra de catadores, a ser executada através de cooperativas. É trabalhosa essa organização, mas basta a vontade política por parte dos chefes de Executivos. Existem departamentos municipais para isso, como os de “Meio Ambiente”. Essa prática é limpa e gera centenas de empregos dentro da formalidade.
2. A reciclagem transforma o lixo em matérias-primas para produção de novos produtos, beneficiando famílias dos mais carentes. Os resíduos sólidos orgânicos transformados em fertilizantes orgânicos podem ser um grande aliado na recuperação de solos degradados, aumentando a produção de alimentos, minimizando a fome do mundo e a pressão do desmatamento – prática sustentável.
3. Essas práticas, além da geração de empregos, protegem a população dos efeitos nocivos de gases e fumaças tóxicas.
4. O custo é infinitamente inferior aos das usinas.
5. A cidade de Curitiba estuda o sistema de biodigestão, em sequência à reciclagem, e compostagem, descartando a incineração, vista como projeto perigoso à saúde de sua população e do ambiente.
Considerações Finais:
1. A nova lei nacional de resíduos sólidos urbanos (nº. 12.305/2010) mostra uma maneira adequada para a destinação dos resíduos sólidos urbanos. Entendendo que a indicação mais apropriada é a redução, reutilização, coleta seletiva, reciclagem e compostagem. (4)
2. A reciclagem é a que mais emprega e estimula a criar inúmeras cooperativas de coletores de materiais recicláveis, em um movimento de inclusão social que ficaria travado na incineração de suas matérias  primas.
3. Se as usinas de incineração do lixo urbano para recuperação de energia fossem eficientes e sustentáveis, elas comprariam sua matéria prima para produção de energia. Dentro desse contexto, o projeto se condena por si só. Sem considerar os aspectos negativos para o meio ambiente e para as pessoas.
4. As cinzas precisam ser armazenadas em “aterros” especiais. Qual será o custo para sua implantação e manutenção? Porque transformar resíduos nobres em fumaça tóxica e lixo?
5. Autoridades governamentais, Ministério Público, engenheiros e cientistas estudiosos em destinação do lixo, como também pessoas ligadas à preservação do meio ambiente, são unânimes em afirmar que se as usinas de incineração do lixo urbano forem instaladas marcará o maior retrocesso da agenda socioambiental nacional.
6. O estudo em torno do tema enriqueceu infinitamente meu conceito e visão em relação às usinas de incineração do lixo urbano, de verdes e sustentáveis para poluidoras e insustentáveis.
Apoio o desenvolvimento não destrutivo com preservação e equilíbrio socioambiental.

ONG Teto inicia atividades em Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro

O consultor de negócios e políticas & Blogueiro foi conhecer o trabalho social da “A ONG Teto”.
A ONG Teto iniciou suas atividades no Estado do Rio de Janeiro em Jardim Gramacho, bairro da cidade de Duque de Caxias, que até junho do ano passado abrigava o maior lixão da América Latina.
'A Teto optou por iniciar suas atividades nesta região do Estado do Rio de Janeiro para poder denunciar a situação de extrema pobreza em que as famílias vivem', disse o diretor operacional da ONG de origem chilena no Brasil.
Segundo a organização, a desativação do despejo agravou a situação dos moradores do local, em vez de melhorar.
Dedicada a mobilizar voluntários para construir casas para famílias pobres, a Teto já atua a 06 (seis) anos em São Paulo e só em agosto chegou ao Rio.
Em um final de semana de agosto, com a ajuda de 80 universitários voluntários e de moradores da região, construiu 06 (seis) casas para as famílias mais pobres.
Foi realizada uma aproximação com a comunidade de Jardim Gramacho, por meio de reuniões das quais participaram cerca de 200 pessoas, para conhecer melhor a realidade deste bairro no qual vivem cerca de 5000 (cinco) mil famílias, cuja maioria dependia financeiramente do lixão desativado.
'As pessoas de Jardim Gramacho estão com muitas dificuldades para se sustentarem após a remoção do lixão, que era sua principal fonte de renda', explicou Macena.
O depósito, com cerca de 1,3 milhão de m², no qual o lixo era acumulado ao ar livre durante 34 anos, foi desativado no dia 3 de junho de 2012 em uma iniciativa do governo para melhorar as condições ambientais para a população.
No local chegou a ser depositada uma montanha com cerca de 60 milhões de toneladas de lixo que praticamente extinguiu um mangue vizinho e que contaminou as águas da Baía de Guanabara.
Jardim Gramacho ganhou fama internacional em 2011 quando entre os indicados ao Oscar de melhor documentário ficou a co-produção brasileiro-britânica 'Lixo Extraordinário', que retrata a relação do artista plástico Vik Muniz com os coletores do bairro, que lhe forneciam objetos utilizados em suas obras de arte.
Desde 1976, a maior parte das 8.400 toneladas de resíduos geradas diariamente no Rio de Janeiro era disputada por aves de rapina e cerca de 1.600 pessoas que viviam da coleta de material reciclável.
Foi à negociação com estes coletores que atrasou por vários meses o fechamento do depósito. Ao final, cada um recebeu uma indenização de cerca de R$ 13.700 por terem perdido sua fonte de trabalho.
Poucos aproveitaram a indenização, e a maioria gastou toda a quantia em menos de um ano, de acordo com que os moradores disseram a ativista da ONG Teto.
Segundo um primeiro diagnóstico da ONG Teto, 30% das 5000 mil famílias de Jardim Gramacho vive em situação de extrema pobreza, em casas de madeira e lona construídas às margens de rios e em áreas clandestinas de vazamento de detritos.
'Aos problemas de falta de renda se soma a vulnerabilidade de viver em uma região tão marginalizada, sem assistência e insalubre', acrescentou Macena.
'As casas da região são muito precárias, muitas com o piso de chão batido, e quase todas sem nenhum tipo de acesso aos serviços públicos essenciais, como água, esgoto e energia', garantiu.
Um dos objetivos da ONG Teto é aproveitar seus voluntários para que ensinem ofícios às pessoas que perderam sua fonte de renda, para que possam montar pequenos negócios.
'Queremos fortalecer os vínculos entre a organização, os voluntários e as famílias para que no futuro seja possível fomentar ainda mais o desenvolvimento comunitário local com mais ações e não apenas com a construção de casas de emergência', disse Macena.
A ONG Teto, que surgiu no Chile em 1997 - onde opera com o nome 'Techo', conta atualmente com cerca de 400 mil voluntários, dos quais 3000 (três) mil trabalham permanentemente em bairros pobres, onde foram construídas 94 mil casas.

Rio de Janeiro recebe sua 16ª Bienal do Livro

Começa nesta quinta-feira a 16ª edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, evento que esse ano tem como país homenageado a Alemanha e tem público estimado de 600 mil pessoas, que devem visitar o espaço de 55 mil metros quadrados dividido em três pavilhões, onde estão instalados 950 expositores.
A Bienal - que vai até o dia 8 de setembro - mais uma vez acontece no Riocentro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade.
Entre outras novidades, a Bienal do Livro Rio, que homenageia a Alemanha, abre um espaço dedicado aos jovens, coloca em pauta a literatura de futebol, traz ao país 27 autores estrangeiros - recorde de todas as edições - e inaugura um salão de negócios para profissionais do mercado.
Serão mais de cem sessões de debates e bate-papos, nas quais homens e mulheres, crianças e jovens, adeptos dos e-readers e aqueles que não abrem mão do bom e velho papel poderão interagir com um grande e variado time de autores do qual fazem parte best-sellers, e alguns dos nomes mais respeitados da literatura brasileira e internacional.
Entre os convidados internacionais, destaque para o americano Nicholas Sparks, um dos autores mais lidos do mundo ('Diário de uma Paixão', 'Querido John' e o recente 'À Primeira Vista'); seu compatriota James C. Hunter ('O Monge e o Executivo'); e também o moçambicano Mia Couto, que venceu recentemente o Prêmio Camões - a mais importante honraria relacionada à literatura em língua portuguesa - por conta de obras como 'Terra Sonâmbula' e 'O Último Voo do Flamingo'.
No Encontro com Autores brasileiro, destaque para Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, no dia 1º de setembro. E mantendo o tradicional ambiente dedicado aos pequenos leitores, o evento prestará uma homenagem a Ziraldo, autor que, presente em cada edição, se tornou parte indissociável da Bienal.
No Planeta Ziraldo, seus muitos personagens inesquecíveis, como Menino Maluquinho e Pererê, ganharão vida por meio da cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.
A Bienal do Livro Rio terá pela primeira vez, em sua 16ª edição, um salão de negócios (agent center). Atendendo a uma demanda do mercado, o espaço receberá agentes literários e profissionais do livro de várias partes do mundo.
O evento estará aberto à visitação escolar. Bienal. Serão seis dias destinados ao programa: 30 de agosto e 2, 3, 4, 5 e 6 de setembro. Este ano as inscrições foram realizadas em tempo recorde: em apenas duas horas em meia as instituições de ensino do Rio de Janeiro cadastraram 170 mil alunos para a visitação escolar.
Os ingressos para a Bienal podem ser adquiridos antecipadamente pelo site www.ingressomais.com.br ou no local. O valor da entrada é de R$ 14, enquanto estudantes e maiores de 60 anos pagam meia.
Professores, profissionais do livro e bibliotecários têm acesso gratuito ao evento por meio do cadastramento no site da Bienal e apresentação de documento de identificação e comprovante de profissão na bilheteria do Riocentro.
O horário de funcionamento ao público é das 13h às 22h nesta quinta-feira; das 9h às 22h nos demais dias úteis; e das 10h às 22h nos finais de semana.

Rock in Rio 2013 começa na 6ª feira com expectativa de atrair 600 mil pessoas

A 13ª edição do Rock in Rio, um dos maiores festivais de rock do mundo, começa na sexta-feira no Rio de Janeiro com todas as 595 mil entradas esgotadas para as sete noites de música, que terão atrações como Metallica, Iron Maiden, Slayer, Bon Jovi, Sepultura e Beyoncé.
A edição de 2013 tem apresentações programadas para os dias 13,14,15,19,20,21 e 22 de setembro, assim como diferentes atrações para os 85 mil presentes que são esperados todos os dias na Cidade do Rock, um espaço de 150 mil metros quadrados na zona oeste da cidade.
O festival, qualificado por seus organizadores como o maior do mundo, começa na sexta-feira com uma apresentação especial da Orquestra Sinfônica Brasileira que, ao ritmo de rock, dará as boas-vindas à Ivete Sangalo, ao DJ francês David Guetta e à estrela principal da noite, a americana Beyoncé.
Guetta, ganhador de três prêmios Grammy pelas músicas eletrônicas que colocou entre as mais vendidas do mundo, será o primeiro DJ a se apresentar no palco principal do Rock in Rio.
O primeiro dia do festival contará com um concerto em homenagem a Cazuza, que morreu em 1990 vítima de Aids.
Após uma primeira noite dedicada à música popular brasileira e ao pop internacional, o Rock in Rio ganhará baterias e guitarras no sábado com The Offspring e Marky Ramone, Muse, Thirty Seconds To Mars e Florence and The Machine.
O primeiro fim de semana do festival terminará no domingo com o dia menos roqueiro desta edição. Justin Timberlake, Alicia Keys, George Benson e Jota Quest serão os protagonistas dessa noite.
Por outro lado, na quinta-feira da próxima semana, o rock pesado ganha espaço com Metallica, Alice in Chains e Ghost B.C., que terão a companhia de Sepultura e Rob Zombie.
No dia seguinte, o ritmo volta de forma mais suave com a apresentação de Bon Jovi, que confirmou presença no Rio apesar de ter cancelado a maioria dos shows marcados neste mês na América do Sul. Nessa mesma noite, Nickelback, Matchbox Twenty e Ben Harper também se apresentam.
A principal atração do sábado, dia 20, será o veterano americano Bruce Springsteen, de quem é esperado um concerto de até três horas e que será precedido por Philip Phillips, John Mayer e Skank.
E no domingo da próxima semana, para fechar com chave de ouro, o Rock in Rio voltará a ver shows de Iron Maiden, Avenge Sevenfold e Slayer. Essa mesma noite também terá as apresentações do Sepultura, Destruction e Krisiun.
A Cidade do Rock, construída no Parque dos Atletas que o Rio de Janeiro preparou para os Jogos Olímpicos de 2016, contará com dois palcos principais (Mundo e Sunset) e com três secundários, um dedicado à música eletrônica, outro à música popular e o último aos populares bailes de rua, em onde serão promovidos concursos e 'batalhas'.
O complexo também contará com atrações como uma montanha-russa, uma tirolesa que atravessará de lado a lado o principal palco, uma enorme roda-gigante e outras atrações mecânicas, assim como restaurantes e lojas temáticas.
A anterior edição do festival no Rio de Janeiro, em 2011, atraiu em sete dias cerca de 700 mil pessoas para ver grupos como Metallica, Coldplay, Maná, Snow Patroll, Rede Hot Chili Peppers e Guns N'Roses, e cantares como Elton John, Stevie Wonder e Shakira.
Os organizadores, no entanto, decidiram reduzir neste ano de 100 mil para 85 mil pessoas a capacidade de cada noite a fim de facilitar o trânsito e aumentar a comodidade.
A edição deste ano será a 13ª do festival e a quinta no Rio de Janeiro, onde o evento nasceu em 1985, antes de começar a passar por cidades como Madri e Lisboa.
As autoridades do Rio de Janeiro calculam que o festival atrairá cerca de 300 mil turistas e terá um impacto econômico de cerca de US$ 480 milhões, valor 15% superior ao de 2011.

Mesmo sem grandes astros, Palco Sunset levanta público ao abrir o Rock in Rio


Após dois anos de espera e diante de um visível contraste - entre as reclamações em torno das atrações e as 595 mil entradas esgotadas -, o Rock in Rio abriu sua 13ª edição (a quinta em terras cariocas) nesta sexta-feira 13 longe da essência de outros tempos, mas convenceu o publico antes dos principais shows, de Ivete Sangalo, David Guetta e Beyoncé.
Apesar do forte calor na Cidade do Rock, no bairro da Barra da Tijuca - a sensação térmica na sombra era de 40 graus -, o público começou a chegar a partir das 14h e, pouco antes do anoitecer, os 150 mil metros quadrados do espaço construído no Parque dos Atletas já estavam praticamente dominados pelas 85 mil pessoas esperadas - não mais 100 mil, como em 2011.
Mesmo com a redução de público, que não evitou o problema das longas filas de até 6 horas para se jogar na tirolesa, por exemplo, o festival espera receber 600 mil pessoas (300 mil só de turistas) até o próximo dia 22. Os organizadores calculam que essa edição movimentará mais de R$ 1 bilhão, um valor 15% superior ao da última edição no Rio.
'Foi difícil chegar, mas isso aqui está lindo. Cheguei cedo para aproveitar os brinquedos do parque, a 'rua rock' (Rock Street, uma temática rua londrina cheia de atrações) e arrumar um bom lugar para o show da Ivete', declarou Ângela Souza, que veio do Espírito Santo de ônibus para o festival. 'É aproveitar o fim de semana aqui e ir para casa', completou.
Quem optou por chegar cedo, além de evitar os previsíveis transtornos da chegada ao local, também pôde aproveitar as atrações do Sunset, o palco alternativo que abriu o festival com quatro curiosos encontros: Flávio Renegado e Orelha Negra, Vintage Trouble e Jesuton, Maria Rita e Selah Sue e, por fim, Living Color e Angélique Kidjo.
Após o primeiro deles, que misturou o hip-hop brasileiro e português com uma Cidade do Rock ainda vazia, a banda californiana Vintage Trouble entrou em cena e levantou o público com uma explosiva mistura de rock e blues no palco que abrigará 58 artistas em 32 shows ao longo dos sete dias de festival.
'Acompanhamos o Rock in Rio pela televisão e hoje estamos realizando um sonho', afirmou o animado vocalista Ty Taylor, que veio acompanhado de Nalle Colt (guitarra), Rick Barrio Dill (baixo) e Richard Danielson (bateria) e não poupou elogios ao descrever a convidada Jesuton, cantora britânica radicada no Rio de Janeiro.
Com um sorriso aberto e cheia de swing, a cantora que ganhou fama nas ruas da cidade trouxe brasilidade ao encontro e, até por isso, ganhou os presentes com sua sonoridade. Uma versão de 'Mais Que Nada', canção de Sergio Mendes imortalizada na voz de Jorge Ben Jor, coroou sua boa apresentação.
Na sequência, com o Palco Mundo já aberto, quem assumiu o Sunset foi a cantora belga Selah Sue, que, logo após apresentar seu 'Raggamuffin' ao público, anunciou o esperado nome de Maria Rita, talvez o mais conhecido do primeiro dia do Sunset entre os brasileiros.
A parceria entre as duas surpreendeu e agradou bastante. A filha de Elis Regina assumiu as rédeas e deu sequência a um swingado show. Esbanjando carisma, a cantora apresentou alguns de seus principais hits e, já de noite, encerrou a apresentação pontualmente, assim como as demais.
Por fim, quando o palco se mostrava realmente alternativo, tendo em vista que muitos preferiram ficar guardando lugar para as principais atrações, o Living Colour assumiu o (des)controle da noite e fez uma memorável exibição, com direito a um passeio junto ao público e tudo mais.
Com sua inconfundível mistura de funk metal, a banda americana formada ainda em 1984 começou o show com uma sequência alucinante ('Cult of Personality', 'Middle Man' e 'Desparate People'), sem falar na presença de palco do veterano vocalista Corey Glover, que, por sinal, estava na plateia quando chamou Angélique Kidjo. A diva africana trouxe regionalidade ao som do quarteto e fechou o palco Sunset com chave de ouro.
'Esse palco é o melhor do Rock in Rio. Aqui você verá uma nata de artistas excepcionais, mas todos fora da grande mídia. Essa sacada de formar encontros foi ótima para integrar os ritmos e fazer uma festa só. Já o Living não é melhor e nem pior que Beyoncé, é único e por isso está aqui', declarou o animado carioca Marcus Hill, que se disse 'vizinho da Cidade do Rock'.

Com casa cheia, Rock in Rio fecha primeira noite com Ivete, Guetta e Beyoncé

Após uma agradável tarde de muita música e sol, o público enfim tomou os 150 mil metros quadrados do Parque dos Atletas, e a 13ª edição do Rock in Rio (a quinta em terras cariocas) correspondeu à expectativa dos 85 mil presentes com as três principais atrações da primeira noite: o 'furacão' Ivete Sangalo, o 'deus balada' David Guetta e a 'diva das divas' Beyoncé.
Embora as atrações anunciadas tenham recebido muitas críticas, principalmente em relação aos citados destaques do dia de abertura, dedicado à música brasileira e ao pop internacional, as 595 mil entradas disponíveis estavam esgotadas desde abril e o público presente realizado em ver de perto o que queria, seja micareta, balada ou uma megaprodução internacional.
Se o palco Sunset empolgou os mais alternativos com seus encontros, o palco Mundo - o principal do festival - encheu a casa e contagiou a multidão, mesmo na ousada exibição da Orquestra Sinfônica Brasileira, que, junto ao peso da guitarra e da bateria, tocou Richard Strauss ('Assim Falou Zaratustra'), a quinta sinfonia de Beethoven em Dó Menor e as Bachianas de Villa-Lobos com arranjos de Nelson Ayres.
Alternando entre a regionalidade de Luiz Gonzaga e o peso do Iron Maiden ('Wasted Years'), a Orquestra Sinfônica Brasileira, com todos os instrumentistas em cena, abriu o palco principal e agradou muito em sua exibição, chegando a emocionar em alguns momentos, mesmo sem a pirotecnia dos shows posteriores.
Na sequência, intercalado com as atrações do Sunset, o show da vez no palco Mundo reuniu um expressivo time de artistas nacionais para prestar uma merecida homenagem a Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, que, por sinal, esteve na primeira edição do festival (em 1985) ao lado do Barão Vermelho.
No palco, nomes como Ney Matogrosso, Maria Gadú, Bebel Gilberto, Paulo Miklos e Rogério Flausino (Jota Quest) interpretaram as canções do eterno ídolo no show intitulado 'Cazuza - O Poeta Está Vivo', que traz curadoria de Frejat, o comandante do encontro. Apesar da gritante presença do público jovem, os hits do rock dos anos 1980 funcionaram bem.
O inédito palco Eletrônica, que, por atrair um público cada vez maior, deixou de ser arena neste ano, também funcionou como uma alternativa para a minoria que não foi presenciar a 'headliner' Beyoncé e o francês David Guetta, o primeiro DJ a se apresentar no palco principal do festival e um dos nomes mais contestados desta edição.
'Vou ser sincera, ele não faz a menor diferença para mim. Veio só para esquentar a pista para a nossa diva, linda e absoluta', declarou a carioca Vanessa Lima, que, mesmo ao lado do marido, não conseguia se conter com a oportunidade de ver a cantora americana. 'Sei não, eu sou mais a Ivete', rebateu o 'maridão' Aldo Aguiar.
Veterana no Rock in Rio, a baiana Ivete Sangalo, que esteve na última edição e já participou do festival tanto em Madri como em Lisboa (onde se apresentará no ano que vem), subiu ao palco e 'micaretou' a noite com seus velhos hits e alguns ousados 'covers', como 'Love Of My Life', do antológico Queen. Ivete pode não agradar a todos, mas botou a galera para pular com as mesmas 'Arerê', 'Festa' e 'Acelera Aê'.
Antes da aguardada exibição da estrela da noite, o palco Mundo ainda recebeu o 'deus balada' - como dizia a camiseta de um fã - David Guetta, que, mesmo com os equipamentos ligados, agitou menos que o axé da Ivete. Talvez a ideia de situá-lo fora do Eletrônica não tenha feito sucesso, mesmo diante de todo apelo pop e dos clichês do francês.
Diante de uma plateia (ou pista) inteiramente cheia, entre o sobe e desce de volume típico de Guetta, gritos pediam o início do show de Beyoncé, previsto para começar somente às 0h05 - fora o já imaginado atraso, de apenas 15 minutos. Até então, mesmo diante do cansaço, ninguém ali pensava na volta para casa, nem mesmos os maridões ou paizões.
Dentro da turnê brasileira de 'The Mrs. Carter Show', que arrancou muitos elogios em Fortaleza e Belo Horizonte, a senhora Jay-Z (Shawn Corey Carter) subiu ao palco e, para delírio dos fãs presentes, apresentou um grandioso espetáculo de luzes, som, vídeos e, até mesmo, cascata de fogos. Até quem questionou a vinda da diva pop gostou do que viu.
Após quase quatro anos desde sua última visita, a cantora americana, acompanhada da banda Suga Mama e sob as precisas coreografias de Frank Gatson, matou as saudades do público com seus inúmeros hits, caso de 'Who Run the World? (Girls)', que abriu o show. Depois, em um repertório de 17 músicas, vieram 'End of Time' (do último álbum '4'), 'If I Were a Boy', 'Get Me Bodied' e 'Baby Boy', entre outras não menos conhecidas.
No final da noite, antes de um final apoteótico junto aos fãs com 'Halo' e diversas trocas de figurino, Beyoncé apresentou uma sequência de tirar o fôlego, com 'Irreplaceable', 'Crazy in Love', 'Single Ladies', 'Grown Woman' e uma 'intro' de 'I Will Always Love You', em homenagem a Whitney Houston, que morreu no ano passado.
Para quem achou que já tinha visto de tudo na noite, a cantora americana surpreendeu no 'bis' e ainda entrou no chamado 'Passinho do Volante', com o pegajoso 'Ah, Lelek Lek Lek'. 'Foi o melhor show da minha vida. Se pudesse, iria para São Paulo (dia 15/09) e Brasília (17)', declarou Juliana Oliveira em menção aos outros dois shows da diva no Brasil. 'Ela é a diva das divas', finalizou a carioca.


The Offspring supera as expectativas e se destaca no Rock in Rio

A banda americana The Offspring superou neste sábado todas as previsões dos organizadores do Rock in Rio e fez um show cheio de adrenalina, no qual repassou todos seus grandes sucessos dos anos 90.
The Offspring tocou pouco mais de uma hora no palco Sunset, uma decisão da organização que causou estranheza nos fãs do grupo, que abarrotaram o espaço menor e se espremeram para acompanhar o rock mais próximo do punk da banda.
O show foi aberto com 'All I Want', com a qual milhares de presentes começaram a pular com a energia própria do grupo californiano.
Não faltaram músicas mais fáceis para cantar como 'Why Don't Get a Job?' e 'Can't Get My Head Around You', além dos hits 'Pretty Fly (For a White Guy)' e 'The Kids Aren't Alright', com a qual a banda encerrou sua apresentação.
O público superou amplamente a capacidade do espaço situado em frente ao palco Sunset, por isso que muitas pessoas ficaram exprimidas e outros muitos tiveram que se conformar em ficar nas laterais, onde o som dos alto-falantes não chegava com força.
Uma parte dos espectadores pediu, sem sucesso, que aumentasse o volume da música de um dos shows mais animados até agora nos dois primeiros dias do Rock in Rio.
O Rock in Rio começou nesta sexta-feira e se estenderá por sete dias, entre este fim de semana e o próximo. 

Ministério do Trabalho exonera dois funcionários investigados por corrupção

O Ministério do Trabalho do Brasil anunciou nesta terça-feira a exoneração de dois servidores investigados por participação em uma rede de corrupção que teria desviado R$ 400 milhões dos cofres públicos.
Os funcionários destituídos são Geraldo Riesenbeck, até então coordenador de contratos e convênios da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, e o assessor Anderson Brito Pereira, que trabalhava no gabinete do ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Até o momento a operação Esopo, da Polícia Federal, que investiga fraudes em licitações e desvio de recursos públicos em dez estados e no Distrito Federal, já prendeu 22 pessoas.
O secretário-executivo do ministério, Paulo Roberto Pinto, também está sendo investigado e ontem prestou depoimento, mas foi liberado. O dirigente nega participação no caso e de acordo com nota divulgada pelo ministério do Trabalho continua exercendo seu cargo.
Segundo a Polícia Federal, as licitações fraudadas eram concedidas a empresas que nunca forneciam os serviços contratados ou que realizam o estipulado mas superfaturavam preços.
Segundo a investigação, as fraudes ocorreram nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Ceará, Amapá, Paraná, Roraima, Pernambuco e no Distrito Federal.
Em dezembro de 2011, um escândalo de fraudes em licitações custou o cargo do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que se viu obrigado a renunciar.

Ministério do Trabalho exonera dois funcionários investigados por corrupção

Ministério do Trabalho suspende por 30 dias repasse de recursos a programas da pasta

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, informou neste sábado (14) que foi suspenso por 30 dias o repasse de recursos para convênios da pasta, até que sejam concluídos os levantamentos que identificarão a situação de cada contrato. A medida foi anunciada após longa reunião do ministro com equipe de técnicos, assessores e secretários, em Brasília.
'Vamos verificar [os convênios] um por um e cancelar de imediato os convênios de qualificação firmados e não iniciados', disse o ministro. Manoel Dias anunciou também novas modalidades de repasse de recursos para a execução das políticas de trabalho e emprego, em substituição aos atuais convênios do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e da Economia Solidária.
Conforme nota divulgada no fim da tarde pelo ministério, as ações de qualificação previstas nos programas ProJovem Trabalhador e Plano Nacional de Qualificação passarão a ser executadas sob nova modalidade do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, denominada Pronatec Trabalhador, em estreita parceria com o Ministério da Educação.
A nota destaca, entre as novidades do Pronatec Trabalhador, a delimitação da oferta de vagas de cursos de qualificação em ocupações demandadas pelo mercado de trabalho; a qualificação profissional dos trabalhadores atendidos na rede Sine, especialmente os beneficiários do seguro-desemprego e pessoas com deficiência; a oferta em cursos alinhados aos contratos de aprendizagem profissional; a qualificação de jovens atualmente beneficiários do ProJovem Trabalhador; a intermediação e inserção no mundo do trabalho e a certificação profissional como reconhecimento do saber adquirido pelo trabalhador.
Segundo a assessoria de imprensa, durante todo o sábado, técnicos e dirigentes do ministério analisaram informações de relatórios gerenciais dos sistemas de acompanhamentos dos convênios firmados pela pasta. Dados oficiais indicam a existência de 408 convênios ativos, que somam investimentos de R$ 836,7 milhões, dos quais R$ 658,3 milhões referem-se a convênios firmados com entes da Federação e R$ 178,4 milhões diretamente com entidades privadas sem fins lucrativos ou universidades.
Quanto à Operação Esopo, da Polícia Federal, o Ministério do Trabalho diz que os convênios firmados com o Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC) tiveram os pagamentos suspensos em maio de 2011 e encontram-se em análise de prestação de contas. Sobre os contratos do instituto com estados e municípios para ações de qualificação profissional, a assessoria de imprensa informou que cabem a estes os procedimentos de licitação e contratação e destacou que o ministério recomenda a imediata suspensão de pagamentos à instituição.

Brasil deve atingir meta de redução do desmatamento antes de 2020, diz secretário

O Brasil deve atingir antes do fim do prazo a meta de reduzir em 84% o desmatamento, principal fonte das emissões de gases de efeito estufa no país, disse hoje (28) o secretário Nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Carlos Klink. Sem informar ano exato, ele disse que o país chegará antes de 2020 a um patamar inferior a 4 mil quilômetros desmatados por ano, compromisso estabelecido na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009.
'No ano passado, já chegamos a 4,5 mil quilômetros quadrados de desmatamento. Temos que atingir 4 mil e manter, que é muito importante. Mas nossa meta continua sendo a de nos reportarmos às Nações Unidas em 2020', declarou Klink, que participou da abertura do 7º Fórum Latinoamericano de Carbono.
De acordo com Klink, a queda do desmatamento corresponde a 60% da redução de emissões brasileiras, que precisam cair entre 36% e 39% até 2020. Para o secretário, o impacto também será global. 'Como um estudo que saiu da Rio+20 aponta, vai haver um déficit de emissões em 2020, e nós vamos cobrir metade desse déficit com a nossa redução. O Brasil está dando uma contribuição global e quer ser reconhecido e valorizado por isso'.
Apesar disso, Klink reconhece que em alguns setores vêm ocorrendo aumento de emissões, que já eram previstas. 'Alguns setores cresceram suas emissões, mas isso não se compara às emissões reduzidas no desmatamento. Isso não significa que não tenhamos que prestar atenção nisso. A agricultura e energia, principalmente, são os que dão uma subidinha. Por isso, temos planos setoriais específicos para indústria, energia e principalmente agricultura'.
Em um ano em que as usinas termelétricas foram a solução para as condições climáticas desfavoráveis às hidrelétricas e em que usinas a carvão entraram com peso nos leilões de geração de eletricidade para os próximos anos, o secretário não nega que essas são preocupações e diz que é preciso debater a questão da energia com a sociedade. 'Pelo lado das emissões, é claro que isso é uma preocupação, mas, se a intenção é manter uma matriz energética diversificada, é um debate que o país tem que fazer. Por um lado, não estamos permitindo a construção de hidrelétricas, e temos que oferecer energia'.
Com redução do desmatamento concentrada principalmente na Amazônia, a secretaria trabalha agora para lançar o monitoramento sistemático do desmatamento no Cerrado. 'Estamos financiando com o Fundo da Amazônia outros países da América Latina para que façam o monitoramento com tecnologia nossa. Estamos monitorando o Cerrado, e lá o desmatamento também caiu, mas estamos mais atrasados. A Caatinga também tem preocupado, mas caminha para a redução', disse, acrescentando que o uso da vegetação como lenha e empreendimentos empresariais são a principal ameaça ao último bioma.

Novo escritório da ONU na América Latina prioriza Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

Novo escritório da ONU na América Latina prioriza Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

As Nações Unidas fecharam um acordo com o Banco Latino-Americano de Desenvolvimento para aumentar a participação dos países da região em projetos de energia limpa. A parceria foi selada junto a Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e se refere ao centro regional de colaboração para o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que será inaugurado no dia 1º de setembro, em Bogotá, capital da Colômbia.
A secretária-executiva da UNFCCC, Christiana Figueres, destacou que o MDL já mostrou o que pode ser alcançado quando os mercados são usados como incentivo à ação voltada para às mudanças climáticas e para o desenvolvimento.
O objetivo do escritório regional na Colômbia é ajudar com uma série de futuros projetos na América Latina que priorizem o combate às alterações do clima.
A iniciativa é parte do Protocolo de Kyoto para reduzir emissões de gases nocivos em países em desenvolvimento, adquirindo, assim, as reduções certificadas de emissões, conhecidas como CER.
Metas
Cada CER é equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2). As emissões podem ser comercializadas, vendidas e usadas por países industrializados para cumprir com as metas ambientais.
O centro em Bogotá será o quarto do gênero apoiado por um banco regional de desenvolvimento. O primeiro foi criado na África em 2012, em Lomé (Togo), acompanhado por um segundo em Kampala (Uganda). Já no Caribe, os projetos são centralizados no escritório de Saint George's (Granada).

Brasil, África do Sul, China e Índia discutem proposta conjunta para COP 19

Representantes do Brasil, África do Sul, Índia e China, bloco conhecido como 'Basic', se reunirão amanhã e na segunda-feira em Foz do Iguaçú para discutir uma proposta conjunta a ser levada à Conferência das Partes de Mudanças Climáticas (COP 19), prevista para ocorrer de 11 a 22 de novembro na Polônia.
A reunião ministerial, presidida pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, visa a elaboração de um documento que será na COP19, que neste ano será realizada em Varsóvia.
Na reunião de Foz do Iguaçú, cidade situada na divisa com a Argentina e Paraguai, o Brasil apresentará um relatório sobre a redução do desmatamento na Amazônia, informaram à Agência Efe fontes do Ministério do Meio Ambiente.
Negociadores e analistas técnicos dos outros três países também apresentarão relatórios particulares, como os de redução de emissão de gases até 2020.
Criado em 2007, o 'Basic' cria expectativas nas discussões ambientais dentro dos países emergentes por se tratar de nações com grandes povoações e riquezas naturais. No entanto, a Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas será realizada em 2015 em Paris.
Em Foz do Iguaçú, o encontro começará no domingo com uma reunião técnica sob os princípios da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) e seu Protocolo de Kyoto.
Já na segunda-feira, participarão os ministros ou seus representantes, em uma reunião presidida pela ministra do Meio Ambiente e o vice-chanceler Eduardo dos Santos.

Ministério Público do Rio quer interditar imóveis usados na exploração de caça-níqueis

O Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro quer interditar três imóveis localizados na Avenida Cônego de Vasconcelos, 1.270, Rua Agrícola, 696, e Rua da Fiação, 207, em Bangu, na zona oeste da capital fluminense.
O MP também pede a interdição da casa de número 1.040 da Rua Fonseca, no mesmo bairro. De acordo com o órgão, este imóvel fica no mesmo endereço onde, em 1994, funcionava a 'fortaleza' do contraventor Castor de Andrade, estourada em operação do Ministério Público. No local, naquela época, os promotores encontraram uma 'lista do bicho' contendo registros de pagamento de propina.
Segundo o MP, os quatro imóveis eram usados por uma quadrilha envolvida na exploração de caça-níqueis. O pedido de interdição será feito por meio de um requerimento cautelar à Justiça do Rio.
Os locais foram alvos de uma operação ocorrida na manhã de ontem (21), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e pela Polícia Militar (PM). Na operação 23 pessoas, entre elas policiais militares, foram presas.
O Ministério Público também vai pedir a suspensão das atividades da empresa Ivegê, controlada pelo contraventor Fernando Iggnácio, que tinha sede e filiais nesses endereços.