O rapaz foi até um
porão e pegou um saco preto e perguntou se eles queriam ver o resto e eles
pegaram e saíram desesperado”. Aí os meninos falaram que não queriam ver nada,
e foram embora com o Bruninho.
Aos prantos, Bruno
disse que Macarrão não falou como ela tinha sido executada. “Mas eu cheguei
perto do Jorge e perguntei como tinha acontecido. O Jorge falou comigo que o
Macarrão foi até o Mineirão, e conversou com uma pessoa no orelhão, e naquele
momento começou a seguir um cara de moto até uma casa na região de Vespasiano e
lá entregou Eliza para um rapaz chamado Neném”, afirmou Bruno. E que lá um
rapaz perguntou para Eliza se ela era usuária de drogas, chorou a mão dela e
pediu que Macarrão amarrasse as mãos dela para frente, e deu uma gravata nela.
E o Macarrão pegou e ainda chutou as pernas de Eliza. Foi o que o Jorge me
falou. E que ainda tinha esquartejado o corpo dela, tinha jogado o corpo dela
para os cachorros comerem”.
O goleiro Bruno, chorando,
acaba de admitir que sabia que Eliza foi morta no dia 10 de junho de 2010. Ele
contou que ela havia sido morta por Macarrão na noite do dia 10 de junho de
2010. “No momento que ele falou comigo eu fiquei desesperado, chorei muito. Fui
até o Macarrão e perguntei o que você fez, cara? Não tinha necessidade, não”.
Macarrão disse que ela estava atrapalhando demais, atrapalhando os meus
projetos. Naquele momento eu senti medo”.
Bruno pediu para contar sua versão dos fatos.
"Conheci Eliza na festa de um amigo em em 2009, nos conhecemos e nos
envolvemos e desse envolvimento nasceu uma criança. Nesse tempo nós conversamos
bastante, houve várias vezes muitas discussões entre eu e a Eliza, no tempo em
que ela estava grávida".
Segundo
Bruno, Eliza cobrava que ele arcasse com as despesas. "Realmente ela
cobrava de mim que eu arcasse com as despesas. Algumas vezes eu ajudei, sim, só
que ela queria que eu ajudasse mais. Eu não podia porque eu não tinha feito
exame de DNA. Naquela noite, ela se envolveu também com outras pessoas",
afirmou.
O goleiro Bruno
Fernandes acaba de negar ter sido o mandante do assassinato de Eliza Samudio,
mas disse sentir culpado, em partes. "Como mandante dos fatos, eu nego,
mas, de certa forma, me sinto culpado", afirmou.
O advogado Lúcio Adolfo
acaba de informar aos presentes na sala do júri que o goleiro Bruno só vai
responder às perguntas dos seus advogados de defesa, da juíza Marixa Rodrigues
e dos jurados. Neste momento, a juíza lê a peça que resume os motivos pelos
quais ele está sendo julgado.
Juíza lê acusações
contra o goleiro Bruno. Começa o julgamento.
Acaba de ser negado
pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais o pedido de habeas corpus feito pelos
advogados do goleiro Bruno, impetrado na quarta-feira da semana passada. Os
defensores do goleiro apostavam que os desembargadores do TJ acatariam o pedido
de revogação da prisão e que ele, inclusive, poderia participar já do último
dia do julgamento, que é amanhã, em liberdade domiciliar.
Com a decisão, ele permanecerá detido na penitenciária Nelson Hungria, em
Contagem, cidade onde está sendo julgado desde segunda-feira junto de sua
ex-mulher, Dayanne dos Santos. O ex-goleiro do Flamengo, que já está na sala do
júri, começa a depor neste momento sobre seu envolvimento no assassinato de sua
ex-amante, Eliza Samudio. Prevista para começar às 13h, a sessão foi atrasada a
pedido dos advogados de Bruno.
O goleiro Bruno já está
na sala do Fórum de Contagem (MG) e aguarda o começo do julgamento.
No
primeiro dia de julgamento foi decido o conselho de jurados, com cinco mulheres
e dois homens, e a delegada Ana Maria dos Santos, responsável por parte das
investigações, foi ouvida. No segundo dia, foram ouvidos o policial João
Batista Guimarães, que acompanhou o depoimento do ex-motorista de Bruno, Célia
Rosa Sales, a prima de Bruno e a ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues, que
responde por sequestro e cárcere privado da criança que o jogador teve com a
vítima.
Bruno e Dayanne já
estiveram à frente de um júri popular em novembro, mas não foram julgados. Após
uma série de manobras da defesa, o processo foi desmembrado, primeiro em
relação ao ex-policial, o Bola, que será julgado em 22 de abril, e também no
caso do goleiro e da ex-mulher. Outra ex-amante de Bruno, Fernanda Gomes de
Castro, foi condenada com Macarrão na época.
Além de dois
julgamentos de outros três acusados, marcados para abril e maio, novas
investigações estão em andamento para apurar a possibilidade de outros dois
ex-policiais civis mineiros terem participado do assassinato com Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, outro ex-agente acusado formalmente pelo crime.
Apesar do
reconhecimento de que a vítima morreu, a estratégia da defesa de Bruno seria
atribuir o assassinato de Eliza a Luiz Henrique Romão, o Macarrão, então braço
direito do goleiro, que já foi condenado pelo crime. em novembro.
"Dissemos para ele (Bruno) contar o que sabe. A máscara já caiu. Ele não é
mais goleiro do Flamengo. É um cidadão comum, um preso, um réu", declarou
o advogado Tiago Lenoir, um dos defensores do jogador. Uma confissão, no
entanto, está descartada. "Se ele confessar vai surpreender até os
advogados", salientou
A ex-mulher de Bruno,
Dayanne Rodrigues do Carmo, que responde por sequestro e cárcere privado da
criança que o jogador teve com a vítima, também está sendo julgada. Nessa
terça-feira ela prestou depoimento por cerca de quatro horas e negou
envolvimento no crime. Disse, no entanto, ter visto todos os acusados no sítio
do ex-atleta do Flamengo na época, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de
Belo Horizonte
Após 974 dias atrás das
grades, um dos réus mais notórios do País, o ex-goleiro do Flamengo Bruno
Fernandes das Dores de Souza, de 28 anos, comparece nesta quarta-feira, 6, à
terceira sessão do júri popular que começou na segunda-feira. Acusado de mandar
sequestrar e matar a ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, com quem teve um
filho, o atleta está sendo julgado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, onde está preso. Seu depoimento está marcado para esta quarta e a
expectativa é de que ele admita, pela primeira vez, que Eliza está morta
Juíza encerra o segundo
dia de julgamento.
A ex-mulher de
Macarrão, Andrea Rodrigues, roubou as atenções na tarde desta terça-feira no
fórum de Contagem, onde ocorre o julgamento de Bruno e Dayanne. Ela apareceu de
surpresa e disse aos jornalistas que o ex-companheiro era apenas o “executor”
das ordens do goleiro. “Ele me contou que a ordem para matar Eliza partiu de Bruno”,
disse. Andrea afirmou que Macarrão não fazia nada sem o consentimento do amigo
e patrão.
A mulher foi levada ao
fórum pelo assistente de acusação José Arteiro, na tentativa de incluí-la como
uma das testemunhas do julgamento. Porém, ele não obteve sucesso, uma vez que
não havia mais prazo. Mesmo assim, as afirmações de Andrea causaram bastante
alvoroço no local. Ela disse ainda que o ex não gostava mesmo de Eliza, mas
negou que a modelo tivesse sido mantida em cárcere privado no sítio em
Esmeraldas
O goleiro Bruno chora
neste momento. Ao lado de Dayanne, ele assiste a reconstituição dos últimos
dias de Eliza em seu sitio feita por seu primo Sergio Rosa Sales, que acabaria
sendo assassinado em 2012 num crime que, segundo a policia, foi passional.
Dayanne permanece impassível. O advogado Lúcio Adolfo entregou um lenço para o
goleiro enxugar as lagrimas.
A assessoria do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou que a juíza Maria Fabiane
Lopes Rodrigues, presidente do Tribunal do Júri de Contagem, pretende ouvir o
depoimento da ex-mulher do goleiro Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo, ainda
nesta terça-feira (5). Como os advogados de todos os envolvidos no
desaparecimento de Eliza Samúdio podem fazer perguntas à acusada, a previsão é
de que o interrogatório termine apenas no fim da noite. Com isso, o momento
mais esperado do julgamento, que é o depoimento do próprio goleiro, ficará para
quarta-feira (6).
Problemas técnicos
atrasam a exibição do vídeo da acusação para o conselho de sentença. Por causa
do horário, advogados que participam do julgamento já avaliam que o seja
possível ouvir o depoimento apenas de Dayanne na sessão desta terça-feira (5) e
que o interrogatório de do goleiro Bruno seja realizado amanhã.
A mãe de Eliza, Sonia
Moura, deixou agora há pouco a sala do júri, amparada por sua advogada. Ela
começou a chorar durante a exibição de entrevistas da filha e depois do Jorge
Luiz, que denunciou na época do crime que a modelo havia sido asfixiada e seus
restos mortais jogados para cães. Os vídeos estão sendo exibidos a pedido da
Promotoria.
Acusação exibe vídeo
com coletânea de reportagens e entrevistas com 1h54min de duração. Caso inclua
o mesmo material exibido no julgamento de Luiz Henrique Ferreira Romão, o
Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, em novembro, inclui também imagens da
reconstituição dos últimos momentos de Eliza no sítio de Bruno, narrados pelo
primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, que também era réu no processo, mas foi
assassinado em agosto passado.
Jurados ouvem leitura
de laudos médico-legais sobre a viabilidade de Eliza ter sido morta de acordo
com a descrição dada por Jorge Luiz Lisboa Rosa, de que ela teria sido vítima
de uma “gravata” dada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o
Bola. Laudos confirmam que a descrição do assassinato coincide com o tipo de
morte relatado pelo rapaz, assim como as reações da vítima que teriam sido
testemunhadas por Jorge.
Retomado em Contagem,
na região metropolitana de Belo Horizonte, o julgamento do goleiro Bruno
Fernandes, acusado da morte da ex-amante Eliza Samúdio, de 24 anos, e da
ex-mulher do jogador, Dayanne Rodrigues do Carmo, processada pelo sequestro e
cárcere privado do bebê do atleta com Eliza. Caso foi retomado com leitura de
depoimento, prestado em Tangará da Serra (MT), pela assistente judiciária
Renata Garcia Costa, que acompanhou as declarações prestadas por um primo de
Bruno, o então adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa, confirmado o assassinato da
jovem. Renata confirmou que o rapaz teve acompanhamento da família ao ser
apreendido e durante o depoimento. Em seguida, ocorrerá a leitura de outras
peças do processo, pedida pela defesa dos acusados.
A juíza Marixa Fabiane
Lopes Rodrigues suspende para almoço o julgamento do goleiro Bruno Fernandes
após o fim do depoimento da última testemunha a ser ouvida no caso, Célia
Aparecida Rosa Sales. Durante a tarde, serão lidas peças do processo e exibido
um vídeo a pedido da acusação e há expectativa de que o jogador e sua ex-mulher
Dayanne Rodrigues do Carmo sejam ouvidos ainda hoje.
A testemunha Célia Rosa
Sales afirmou em depoimento que Eliza teria dito que, se algum dia precisasse
de alguma coisa, a única pessoa que não procuraria seria a mãe, Sônia de Fátima
Moura, hoje dona da guarda do bebê da vítima com o goleiro Bruno Fernandes.
Sônia acompanha o julgamento do goleiro em Contagem, na região metropolitana de
Belo Horizonte.
Enquanto Dayanne
acompanha atentamente o depoimento de Célia, Bruno se mantém de cabeça baixa.
Demonstrando cansaço, ele passa o tempo todo com os cotovelos apoiados nas
pernas, escondendo o rosto com as mãos. A mãe de Eliza, Sonia Moura, disse há
pouco que a postura abatida de Bruno e "fingimento". Ela acompanha o
interrogatório da prima do goleiro
Célia Rosa Sales
afirmou em depoimento que Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de
infância de Bruno Fernandes, trabalhava para goleiro e para sua mulher Dayanne
Rodrigues do Carmo. Mais cedo, Célia afirmou que Macarrão havia
"mandado" Dayanne entregar o bebê de Bruno com Eliza Samudio a amigos
para tentar esconder a criança enquanto a polícia investigava denúncia de
sequestro da criança. Depois, a testemunha se corrigiu e disse que Macarrão fez
um "pedido" a Dayanne.
Está sendo interrogada
neste momento a última testemunha do julgamento, Célia Rosa Sales, prima de
Bruno, e não tia, como chegou a ser divulgado. O seu testemunho foi solicitado
pela defesa de Dayanne.
Mais cedo, Jaílson de Oliveira, detento que teria ouvido a confissão de Bola na
penitenciária Nelson Hungria, foi dispensado pela Promotoria. O primeiro a
depor foi João Batista Guimarães, testemunha que ouviu o interrogatório de
Cleiton Goncalves, motorista de Bruno.
Renata Garcia, assistente do centro de internação que acompanhou o depoimento
de Jorge Luiz na época das investigações do sumiço de Eliza, já havia prestado
depoimento à distância, por carta precatória. É grande a expectativa para que
sejam ouvidos ainda hoje Bruno e Dayanne.
A prima de Bruno, Célia
Rosa Sales, será a última testemunha a ser ouvida no julgamento do goleiro em
Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Quando terminar o
depoimento, deve ser lida uma carta precatória com a oitiva de Renata Garcia
Costa, assistente jurídica do centro de internação em Belo Horizonte onde o
primo de Bruno, o então adolescente Jorge Luiz Lisboa Rosa, hoje com 19 anos,
cumpriu medida socioeducativa pelo sequestro e assassinato de Eliza Samudio.
Em seguida, o Ministério Público Estadual (MPE) vai exibir vídeos, última fase
do julgamento antes de os réus serem ouvidos e ter início o debate entre
acusação e defesa para que o conselho de sentença defina o destino dos
acusados. O grupo de jurados é composto por cinco mulheres e dois homens.
Um
dos advogados de Bruno, Tiago Lenoir disse esta manha que as "máscaras de
Bruno já caíram", ao ser questionado sobre as entrevistas dadas pelo
goleiro na época do desaparecimento de Eliza. Nessas entrevistas, ele dizia nao
saber do paradeiro dela e que a tinha visto pela última vez há mais de um mês.
Lenoir, no entanto, voltou a negar que o goleiro soubesse ou tenha participado
do crime. "Hoje ele vai poder contar a verdade, dar sua versão, falar tudo
que sabe", disse
Em seu depoimento,
Célia Rosa Sales, prima do goleiro Bruno
Fernandes, disse que Eliza Samudio chegou a convidar
pessoas que estavam no sítio do atleta para "visitarem-na" no apartamento
para onde achou que seria levada ao deixar o local com Luiz Henrique Ferreira
Romão, o Macarrão, Jorge Luiz Lisboa Rosa e Sérgio Rosa Sales. Segundo a
acusação, neste momento Eliza foi levada para ser morta pelo ex-policial civil
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
Célia Aparecida Rosa Sales confirmou ter visto
Eliza Samudio no sítio do goleiro Bruno Fernandes em Esmeraldas, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a testemunha, o bebê de Bruno com
Eliza também estava no local, assim como as filhas do atleta com a ex-mulher
Dayanne Rodrigues do Carmo. Célia disse que conversou muito com Eliza e que a
vítima ajudou até a preparar comida que foi servida no imóvel, que, segundo a
polícia e o Ministério Público, serviu de cativeiro para Eliza e o bebê
Advogados de defesa
conversam intensamente com Dayanne neste momento. Há grande expectativa
para o depoimento dela, que pode ocorrer ainda nesta manhã. A juíza chegou a
repreender os defensores pedindo silêncio. "Vocês estão atrapalhando os
trabalhos", disse Marixa.
A tia de Bruno, Célia Rosa Sales,
deu detalhes de seu relacionamento com o goleiro. Agora há pouco, ela contou
como foi sua visita ao sítio de Bruno na época do desaparecimento de Eliza.
Ela disse que foi ao local com Dayanne, "no dia 9 ou dia 10 de junho"
– data em queEliza teria sido assassinada. Ela disse ter
visto a modelo no sítio, onde também estavamMacarrão, Sérgio Rosa,
seu filho que foi morto, Jorge
Luiz, o primo de Bruno,
e Coxinha.
Crescem nos bastidores
do fórum de Contagem os rumores sobre uma possível confissão do goleiro Bruno Fernandes de Souza,
que está sendo julgado desde ontem pelo envolvimento no assassinato de sua
amante, a modelo Eliza Samudio. O interrogatório dele pode ocorrer ainda nesta
terça-feira, após o depoimento das testemunhas que ainda faltam ser ouvidas.
Dentro de sua
estratégia de "amaciar" a imagem do Bruno diante da opinião pública e
dos jornalistas, o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo,
visitou há pouco a sala de imprensa do fórum de Contagem, onde os jornalistas
acompanham a transmissão do depoimento da tia deBruno. Ele
cumprimentou um a um os 33 jornalistas que estão no local. Questionado vai ter
confissão, ele ironizou: "Claro, vou a igreja todos os dias".
Quem depõe agora é Célia Aparecida Rosa Sales,
irmão do primo de Bruno,
mãe de Sérgio Rosa Sales, réu do caso. Sérgio aguardava em liberdade o
julgamento por júri popular pelo sequestro, cárcere privado e assassinato de
Eliza, mas foi morto em 22 de agosto, em crime que a polícia afirma ser
passional.
O depoimento de João Batista foi encerrado. A defesa não fez
nenhuma pergunta para a testemunha.
Depois de uma queda de
energia no Fórum atrasar a sessão, o julgamento começou. O policial João
Batista Guimarães é o primeiro a ser ouvido. Ele acompanhou o depoimento do
ex-motorista de Bruno, Cleiton da Silva Gonçalves, o Cleitão, durante a investigação
Sessão do júri nesta
terça-feira deve começar com o depoimento de testemunhas do caso. A expectativa
é de que o julgamento possa ser encerrado nesta quarta, 6. Nessa terça-feira, o
advogado de Bruno dispensou as testemunhas de defesa
Grupo
de Ações Táticas Especiais (GATE) fez uma varredura no entorno do Fórum de
Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para eliminar o risco de
atentados com explosivos.
Bruno deixa a
penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, e é escoltado para o fórum da
cidade, onde ocorrerá o segundo dia de julgamento
Recurso. A defesa de
Bruno havia arrolado cinco testemunhas, mas como duas não compareceram optou
por dispensar as demais e se fixar "nas contradições" dos depoimentos
de acusação. No caso do primo de Bruno, não é possível nem mesmo pedir que a
polícia busque o rapaz, pois ele mora em outra cidade e, mesmo intimado, não é
obrigado a comparecer ao julgamento.
A defesa ainda deve ouvir uma testemunha de Dayanne e vai insistir na tese de
que Eliza não morreu. "Por isso, pedimos a retirada do atestado de óbito.
E possivelmente vamos recorrer depois", observou Lenoir.
Condenados. Em
novembro, foram julgados - e condenados - o ex-braço direito do atleta, Luiz
Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e outra ex-amante, Fernanda Gomes de
Castro. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será julgado
em 22 de abril pela acusação de execução e ocultação do cadáver de Eliza.
Depoimento. Uma das responsáveis pelas investigações, a policial foi a
única testemunha ouvida. A maior parte das perguntas feitas pelo promotor foi
para confirmar as declarações e as circunstâncias de declarações prestadas no
inquérito oficial por um primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa. Primeiro a assumir
que Eliza foi assassinada em 2010, o rapaz estava com 17 anos. Hoje com 19, foi
arrolado como testemunha por acusação e defesa, mas não apareceu.
Já a defesa de Bruno tentou principalmente mostrar
contradições nas declarações da delegada e falhas na apuração do caso, como o
fato de o ex-policial civil José de Assis Filho, o Zezé, ter sido investigado e
deixado de lado na conclusão do inquérito. Por determinação do MPE e da Corregedoria-Geral
da Polícia Civil, uma "investigação suplementar" está em curso para
apurar a possibilidade de participação de Zezé e de outro ex-policial, Gilson
Costa, no crime. Costa já é réu ao lado de Bola em outro processo, no qual são
acusados de matar e sumir com os corpos de dois homens
Primeiro dia. No
primeiro dia do julgamento dos acusados, nessa segunda-feira, o ex-goleiro do
Flamengo Bruno Fernandes chegou cabisbaixo ao Fórum de Contagem. E assim ficou
enquanto via a juíza Marixa
Rodrigues negar
as tentativas dos advogados de adiar o júri ou retirar dos autos o atestado de
óbito da ex-amante - e quando todas as testemunhas de defesa foram dispensadas.
No fim da manhã, chorou, depois de ter um trecho da Bíblia que tinha nas mãos
apontado por um de seus advogados.
Apesar de o julgamento estar
marcado para começar às 9 horas, uma série de discussões e questões
preliminares atrasou o início da sessão. Apenas no fim da manhã, foi definido o
júri que vai julgar Bruno e Dayanne, com cinco mulheres e dois homens,
aparentando média de idade em torno de 30 anos. Antes mesmo do sorteio dos
jurados, a defesa de Bruno tentou adiar o julgamento.
Em uma das questões preliminares, o assistente de acusação Lúcio Adolfo pediu novo adiamento dos trabalhos com
o argumento de que há um recurso ainda a ser analisado, pedindo que seja
retirado dos autos o atestado de óbito de Eliza. O documento foi emitido em
janeiro, por determinação de Marixa, afirmando que a vítima foi morta por
asfixia. "Com esse atestado, três quesitos (sobre a morte, a serem
analisados pelos jurados) já estão respondidos", observou o advogado Tiago
Lenoir. Além do adiamento, os advogados também pediram à magistrada que
determinasse a retirada do atestado do processo, mas as solicitações foram
negadas
Após 971 dias atrás das
grades, um dos réus mais notórios do País, o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes das Dores de
Souza, de 28 anos, vai se sentar diante de um júri popular pelo
segundo dia nesta terça-feira, 5. Acusado de mandar sequestrar e matar a
ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, com quem teve um filho, o atleta está
sendo julgado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde está
preso.
Sua ex-mulher, Dayanne
Rodrigues do Carmo, que responde por sequestro e cárcere
privado da criança que o jogador teve com a vítima, também está sendo julgada.
Além de dois julgamentos de outros três acusados, marcados para abril e maio,
novas investigações estão em andamento para apurar a possibilidade de outros
dois ex-policiais civis mineiros terem participado do assassinato com Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, outro ex-agente acusado formalmente pelo crime.
Juíza Marixa Rodrigues
encerra o primeiro dia de julgamento. Júri volta a se reunir nesta terça-feira.
O advogado de Bola, Ércio Quaresma,
voltou a tumultuar o julgamento de Bruno e Dayanne. Ele foi repreendido agora
há pouco pela juíza Marixa Rodrigues por ficar transitando durante o
interrogatório da delegada Ana Maria que já dura mais de três horas. “Vou pedir
que o senhor se mantenha sentado no local destinado às pessoas que não estão
sendo julgadas porque o senhor está atrapalhando os trabalhos”, disse ela.
Bola pediu licença e
saiu do ambiente por uma hora. Ele voltou com um saco preto, informando que ali
estava o corpo de Eliza. Conforme o depoimento do menor à delegada, o executor da
modelo tirou de lá uma mão e a lançou aos seus cães, que a devoraram. Depois de
assistir tudo, Jorge relatou ter ficado tão aterrorizado que fez xixi nas
calças.
O então menor disse que
Bola pediu a Macarrão que amarrasse as mãos de Eliza para a
frente, o que ele fez. Nesse momento, Macarrão passou a desferir chutes nas
pernas de Eliza,
que caiu ao chão e foi agonizando até morrer.
De acordo com o relato, Bola teria se apresentado a Eliza, já fora
do carro e sentada em uma cadeira, como policial. O acusado teria pedido que
ela ficasse de pé, e que lhe estendesse as mãos para que identificasse se não
era usuária de drogas. Disse a delegada: “Com uma das mãos, à esquerda, esse
senhor passou a apalpar as costas dela. Na sequência, passou o braço direito
sob o queixo da mulher e começou a asfixiá-la”.
A delegada relatou que,
segundo o primo do goleiro, quando chegaram à casa de Bola, todos permaneceram
no carro, com exceção
de Macarrão, que foi conversar com o condutor da motocicleta.
Segundo Ana Maria,
Jorge contou a ela que Eliza foi levada do sítio de Bruno por Macarrão e ele na
noite do dia 10 de junho de 2010, em um Ecosport, até a região da Pampulha, em
Belo Horizonte, onde o amigo de Bruno se encontrou com um motociclista
conhecido como Bola, Neném ou Paulista, passando a segui-lo até uma casa.
Bem mais séria do que
pela manhã, quando chegou a sorrir na sala do júri, a ré Dayanne Rodrigues disse rapidamente ao Estado agora há
pouco que é difícil prever o que vai acontecer nas próximos dias porque o
“julgamento está bastante tumultuado”. ”Vamos ver”, limitou-se a dizer,
durante intervalo de cinco minutos.
“Deus me livre. É esse
homem aí”. Foi assim que o primo de Bruno, Jorge
Luiz, identificou em uma fotografia Marcos Aparecido dos
Santos, o Bola,
como o homem que segundo ele matou Eliza Samudio, em depoimento dado à delegada Ana Maria dos Santos,
que é interrogada no Fórum de Contagem há duras horas.
Ana Maria relatou que, quando Jorge relatou a ela, com riqueza
detalhes os últimos momentos de vida de Eliza, o rapaz estava bastante
emocionado, contendo o choro. “Chegou a segurar no meu braço com intensidade
por duas vezes. Eu fiquei muito impactada com a história, a escrivã até pediu
para interromper um pouco a oitiva”.
A juíza Marixa
Rodrigues interroga a delegada Ana
Maria dos Santos sobre
o início das investigações, que segundo a testemunha ocorreram a partir de um
denúncia anônima. Ela confirmou que, durante as diligências no sítio de Bruno,
houve um conflito de versões dadas pelo funcionário do sítio José Roberto, que
admitiu a presença de crianças no sítio, e o administrador Elenilson Vitor, que
numa segunda diligência negou essa informação.
Ana Maria contou
que a ex-mulher de Bruno, Dayanne dos Santos, telefonou para a polícia para
dizer que estava tudo bem com ela, diante de informações publicadas pela
imprensa de que a mulher de Bruno havia sido assassinada. Ela foi, então,
convidada a ir à delegacia e compareceu à delegacia de Contagem acompanhada de
"Coxinha". Com versões desencontradas dadas pelos envolvidos, um dos
presentes, o Coxinha, confirmou a presença do bebê Bruno Samudio no sítio. Ele
se dispôs a levar a polícia ao local onde a criança havia sido deixada horas
antes.
Pouco
antes de o julgamento ser interrompido para almoço, Bruno parecia emocionado.
Ele chegou a levar um lenço aos olhos, como se estivesse enxugando as lágrimas,
no momento em que a juíza abriu a sala do júri para que a imprensa fizesse
imagens. Já Dayanne
preferiu deixar o local para não ser filmada ou fotografada.
Após uma pausa para o
almoço, recomeça o julgamento do goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne dos
Santos, realizado no Fórum de Contagem. A primeira testemunha a ser ouvida é a
delegada Ana Maria dos Santos, que participou das investigações do desaparecimento
de Eliza Samudio.
Com as ausências do primo de Bruno, Jorge Luiz, e de seu amigo Amir Borges
Matos, que não vieram ao Fórum de Contagem, Bruno não terá testemunhas de
defesa, já que o advogado Lúcio Adolfo dispensou os depoimentos de sua tia,
Célia Aparecida Rosa Sales, e da amiga Maria de Fátima Santos, alegando que
"o que interessa é o debate". Ele disse que pretende
"destroçar" as testemunhas de acusação
A defesa de Bruno
dispensou as testemunhas Célia Aparecida Rosa Sales, que é sua tia, Maria de
Fátima dos Santos e Anastácio Martins Barbosa. A defesa da Dayanne dispensou
Saiver Júnior e manteve o depoimento de Célia Sales. Com isso, das dez
testemunhas arroladas, sobraram quatro testemunhas para serem ouvidas
Neste momento, a juíza liberou a entrada da imprensa para fazer
imagens da sala do júri e determinou um intervalo
de uma hora para almoço. Só depois deve ter início o
interrogatório das testemunhas.
A defesa de Bruno dispensou as testemunhas Célia
Aparecida Rosa Sales, que é sua tia, Maria de Fátima dos Santos e Anastácio
Martins Barbosa. A defesa da Dayanne dispensou Saiver Júnior e manteve o
depoimento de Célia Sales. Com isso, das dez testemunhas arroladas, sobraram
quatro testemunhas para serem ouvidas.
Apesar da ausência de três testemunhas arroladas pela defesa – além de Jorge
Luiz, Amyr Borges e Lucy Campos – , o advogado Lúcio Adolfo informou à juíza
que ainda vai tentar trazê-las ao Fórum para que sejam ouvidas.
Cinco mulheres e dois
homens vão compor o conselho
de sentença, responsável por dar o veredito a Bruno e sua
ex-mulher, Dayanne Fernandes.
A testemunha mais
esperada do julgamento, o
primo de Bruno, Jorge Lisboa Rosa, não compareceu ao Fórum de
Contagem, informou a juíza Marixa Rodrigues. Entrevista recente dada por ele à
Rede Globo – nela, ele atribui a culpa pelo crime a Macarrão, mas diz que seria
praticamente impossível Bruno não saber de tudo – havia sido anexada ao
processo.
Cerca de 90 minutos
após a juíza determinar um intervalo para analisar as considerações
preliminares da defesa de Bruno e Dayanne,
a juíza lê sua decisão sobre as colocações da defesa. Ela indeferiu o pedido
para que a certidão de óbito seja retirada do processo, alegando que sua
emissão está suficientemente fundamentada. Ela também indeferiu o pedido para
que o julgamento fosse suspenso, sob alegação da defesa de que havia outro
inquérito em andamento
Os réus Bruno Fernandes
e sua ex-mulher, Dayanne Souza, ainda não foram chamados pela juíza para
comparecer em plenário
Lúcio Adolfo também
questiona o desaparecimento, "entre os últimos dias 19 e 23", de 700
páginas do processo que depois foram anexadas novamente, porém, fora de ordem,
o que prejudicaria o estudo dos autos
O clima esquentou
também quando o advogado Ércio Quaresma, que defende Marcos Aparecido dos
Santos, o Bola, tomou a palavra para pedir acesso a todo o material audiovisual
incluído no processo, o que a juíza indeferiu. Ele também pediu que testemunhas
não comuns ao processo de Bola, que será divulgado no próximo mês, sejam
ouvidas por ele, numa clara tentativa de tumultuar o júri. A juíza determinou
que ele fizesse a solicitação posteriormente
O julgamento foi
interrompido por 20 minutos para que a juíza Marixa Rodrigues analise e inclua
na ata as considerações preliminares feitas pelo advogado de defesa de Bruno e
Dayanne, Lúcio Adolfo. Ele pede que os jurados tenham acesso a novos materiais anexados
no processo e que o atestado de óbito de Eliza sejam excluídos do processo.
Nervoso com a alegação do defensor, o assistente de acusação José Arteiro
levantou a voz para exigir respeito. Houve um princípio de discussão e a juíza
mandou que Arteiro se mantivesse sentado e em silêncio
"Acreditamos que a
pena de Bruno poderia passar dos 24 anos", disse o assistente da acusação,
José Arteiro
Tiago Lenoir, advogado
de Bruno: "Não cabe à defesa provar que a Eliza está viva. Cabe à acusação
provar que ela está morta"
Para a juíza Marixa
Fabiane Lopes Rodrigues, à frente do julgamento e responsável pela decretação
do atestado óbito de Eliza, a condenação de Luiz Henrique Ferreira Romão, o
Macarrão, seria a prova de que Eliza está morta. Sua sentença foi dada no dia
23 de novembro de 2012
A expedição do atestado
de óbito de Eliza Samudio pela Justiça é contestada pelos advogados de defesa
dos réus. Segundo os defensores, o procedimento, feito sem provas cabais da
morte da vítima, pode influenciar os jurados e prejudicar os acusados
Depois do sorteio dos
sete jurados entre os 25 convocados, dos quais apenas 15 compareceram, deve
começar em instantes o depoimento das testemunhas. Serão ouvidas cinco para
defesa e cinco para a acusação de cada um dos acusados. Bruno e Dayanne falarão
na sequência. Não há limite de tempo nesta fase do julgamento. De acordo com a
assessoria do Fórum de Contagem, existe a possibilidade de que os depoimentos
sejam concluídos ainda nesta segunda-feira.
Na sequência, a promotoria terá duas horas para expor seus argumentos, enquanto
a defesa de cada um dos réus terá uma hora. Esse tempo pode ser prorrogado em
mais duas horas para réplica e outras duas para tréplica. Terminada esta etapa,
os jurados se reúnem para dar o veredicto para que a juíza possa, caso haja
condenação, definir a sentença
A defesa do goleiro no
caso fala em irregularidades no processo e cogita anular o juri novamente.
"Para mim é muito cômodo: se eu ganhar, ganhei, senão, anulo", disse
o advogado Lúcio Adolfo da Silva.
A defesa de Bruno admite o seqüestro de Eliza Samudio, mas afirma que ela foi
embora do sítio após receber dinheiro do atleta. Para a acusação, o goleiro
mandou sequestrar a ex-amante, levá-la a seu sítio, em Esmeraldas (MG), e
matá-la.
A Justiça decretou a
prisão do goleiro e outros sete suspeitos em 7 de julho de 2010. Bruno e Luiz
Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", se entregam à polícia no Rio.
O goleiro Bruno é acusado por sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza
O promotor do caso, Henry Wagner de Castro, chega ao Fórum de Contagem.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro Bruno, também já
chegou. Acusada de participação na morte de Eliza Samúdio, ela responde ao
processo em liberdade. Goleiro Bruno chega ao Fórum de Contagem (MG)