LOS ANGELES (Reuters) - Lady Gaga fez sua estreia como diretora de videoclipe com uma produção de 14 minutos que foi recebida, nesta sexta-feira, com uma mistura de adulação e cansaço por fãs e críticos da cultura pop.
"Marry the Night", o quinto single de seu álbum "Born This Way", mostra a artista ganhadora do Grammy sendo levada para o hospital, agonizando com seu cabelo verde, jogando cereal sobre seu corpo nu e pendurada de cabeça para baixo em um carro - tudo em oito minutos antes de a música começar.
Gaga, de 25 anos, disse ao E! News que o vídeo surreal, lançado na quinta-feira, era um retrato do dia em que ela pensou ter visto seus sonhos morrerem, quando foi dispensada de sua primeira gravadora.
Foi, segundo ela, "um dos piores dias da minha vida", mas acrescentou que partes do vídeo foram "destinadas a ser cômicas".
A revista People chamou o vídeo de "um enigma" e disse que o clipe autobiográfico irá "certamente deixar os fãs falantes, se não coçando suas cabeças."
"FANTÁSTICO. Não é apenas uma cantora pop, ela é uma artista", escreveu Danny no painel de mensagens online do E!.
Mas outros estavam claramente começando a se cansar da estrela pop, e se perguntaram se Gaga estava se perdendo.
"Ela deixou de ser corajosa para ser uma exibicionista. Você não pode ajudar, mas me pergunto se ela não passou de uma pessoa normal para realmente acreditar que é 'a pessoa'. Pobre menina", escreveu Marko no E! online.
Mas Michael Gragg, escrevendo para o site do jornal britânico The Guardian, gostou do fato de Lady Gaga estar "abraçando o ridículo".
"Estrelas atingem o seu melhor quando estão simultaneamente conscientes e inconscientes de seu próprio ridículo, e é isso que "Marry the Night" oferece para Lady Gaga. Ah, e a música é muito boa também", escreveu Gragg nesta sexta-feira.
Apesar de ampla publicidade para o videoclipe, e da performance de Lady Gaga da nova canção no show de apresentação dos indicados ao Grammy na televisão dos EUA, na quarta-feira, "Marry the Night" até agora não conseguiu emplacar.
Na sexta-feira, a canção estava no lugar 38o lugar no ranking de singles do iTunes dos EUA.
"Acho que ela precisa editar mais as suas ideias criativas e canções ... Se ela se tornar muito difícil, vai perder seus fãs, que vão perder de vista as razões pelas quais a amam: fuga, fantasia e suas ideias sobre relacionamentos, amor e trabalho duro", escreveu Dragnfly na página de comentários People.com.