O secretário estadual do Meio Ambiente e um dos pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas, afirma que ser candidato ao Executivo depende de 'vontade coletiva'.
'Essa não é a minha última oportunidade, que precisa ser agora ou nunca. Política tem fila, política tem o seu momento', diz Bruno, que também afirma que não colocará seu nome na disputa se o ex-governador José Serra for candidato.
'É claro que Serra é o candidato natural. Da mesma forma que, se Lula quiser ser candidato, quem é que no PT vai querer disputar com ele?', afirma o tucano, refratário a disputar prévias, mecanismo defendido pelo governador Geraldo Alckmin para escolher o candidato.
Aos 32 anos e apontado como preferido do Palácio dos Bandeirantes em 2012, Bruno diz que a experiência como deputado estadual (ele foi eleito duas vezes para o cargo) pode ajudá-lo.
Neto do governador Mário Covas, morto em 2001, Bruno já decidiu que na próxima semana mudará o título de Santos para São Paulo, a fim de disputar a eleição. Leia a entrevista concedida antes da sua decisão.
O sr. é tido como um herdeiro político do governador Mário Covas. Como lida com isso?
É um orgulho. Ele deixou o exemplo de que um político, mais do que defender educação, saúde, habitação, precisa defender valores. Essa é a grande marca dele. Acho que seria muito pequeno se só eu fosse o herdeiro dessa linha.
O sr. está cotado para disputar a Prefeitura. Sente-se pronto para enfrentar os debates na TV na eleição do ano que vem?
Essa é difícil (risos). Acho que a Assembleia me deu uma experiência muito rica e intensa.
Acha que estaria em desvantagem em um debate contra os petistas Marta Suplicy ou Aloizio Mercadante no sentido de que eles têm mais experiência?
Acho que não. Em debate, tem que estar seguro com as informações, tranquilo no dia. E na Assembleia há sempre debates com deputados mais ou menos experientes.
Existe alguma situação no tabuleiro político em que o sr. não toparia disputar a Prefeitura?
É claro que o Serra é o candidato natural. Da mesma forma que, se Lula quiser ser candidato, quem é que no PT vai querer disputar com ele? São pessoas que estão num patamar acima.
O sr. não acha que prévias, de certa forma, acabam alimentando a divisão interna?
Não. A prévia, no final, acaba unindo. Ninguém pode sair dizendo que foi obrigado a retirar uma candidatura, além de dar mais responsabilidade para aqueles que disputaram a prévia de ajudar numa eventual candidatura.
O que acha dos outros pré-candidatos do PSDB: os secretários José Anibal e Andrea Matarazzo e o deputado Ricardo Tripoli?
São pessoas excelentes, que têm totais condições de representar o partido numa disputa.
Você os apoiaria na campanha?
Sem dúvida alguma.
O que acha do deputado Gabriel Chalita (PMDB)?
Olha, ele quis seguir um rumo diferente. É a população que vai julgar (Chalita trocou o PSDB pelo PSB no ano passado. Neste ano, migrou para o PMDB, pelo qual pretende disputar a Prefeitura).
E da Marta?
Acho que ela precisa aprender a presidir sessão do Senado. Dá sempre problema, quando preside. Brigou até com o ex-marido.
O que acha do governo Dilma?
Acho que o lado bom é que a sociedade está vendo qual é o ex-presidente que deixou uma herança maldita para o sucessor.
O sr. tem 32 anos, já foi deputado duas vezes e secretário. Onde se imagina daqui a 20 anos?
Quem faz política precisa prestar vestibular a cada 4 anos. Enquanto a população confiar, enquanto puder continuar, eu me imagino fazendo política.
O sr. deseja ser governador?
Não tem como saber. Candidato ao Legislativo basta a vontade pessoal. Ser candidato ao Executivo é preciso uma vontade coletiva, que o partido te escolha, agregar outras forças políticas. Não dá pra falar daqui a dois anos, vou estar lá ou aqui.
Mas o senhor é jovem...
É o que me dá muita tranquilidade para dizer que essa não é a minha última oportunidade, que precisa ser agora ou nunca. Política tem fila, política tem o seu momento. Candidatura forçada a população percebe, depois não consegue o respaldo popular. Então, será no momento certo, quando o partido entender que é possível. Vou trabalhando, semeando, regando. Um dia a gente colhe.
Quais são os principais problemas da cidade?
Acho que a qualidade de vida. A Região Metropolitana de São Paulo parou de crescer devido às limitações geográficas. Acho que agora o que falta é a qualidade de vida, seja pelo ar que respiramos, seja pelo trânsito que enfrentamos.
'Essa não é a minha última oportunidade, que precisa ser agora ou nunca. Política tem fila, política tem o seu momento', diz Bruno, que também afirma que não colocará seu nome na disputa se o ex-governador José Serra for candidato.
'É claro que Serra é o candidato natural. Da mesma forma que, se Lula quiser ser candidato, quem é que no PT vai querer disputar com ele?', afirma o tucano, refratário a disputar prévias, mecanismo defendido pelo governador Geraldo Alckmin para escolher o candidato.
Aos 32 anos e apontado como preferido do Palácio dos Bandeirantes em 2012, Bruno diz que a experiência como deputado estadual (ele foi eleito duas vezes para o cargo) pode ajudá-lo.
Neto do governador Mário Covas, morto em 2001, Bruno já decidiu que na próxima semana mudará o título de Santos para São Paulo, a fim de disputar a eleição. Leia a entrevista concedida antes da sua decisão.
O sr. é tido como um herdeiro político do governador Mário Covas. Como lida com isso?
É um orgulho. Ele deixou o exemplo de que um político, mais do que defender educação, saúde, habitação, precisa defender valores. Essa é a grande marca dele. Acho que seria muito pequeno se só eu fosse o herdeiro dessa linha.
O sr. está cotado para disputar a Prefeitura. Sente-se pronto para enfrentar os debates na TV na eleição do ano que vem?
Essa é difícil (risos). Acho que a Assembleia me deu uma experiência muito rica e intensa.
Acha que estaria em desvantagem em um debate contra os petistas Marta Suplicy ou Aloizio Mercadante no sentido de que eles têm mais experiência?
Acho que não. Em debate, tem que estar seguro com as informações, tranquilo no dia. E na Assembleia há sempre debates com deputados mais ou menos experientes.
Existe alguma situação no tabuleiro político em que o sr. não toparia disputar a Prefeitura?
É claro que o Serra é o candidato natural. Da mesma forma que, se Lula quiser ser candidato, quem é que no PT vai querer disputar com ele? São pessoas que estão num patamar acima.
O sr. não acha que prévias, de certa forma, acabam alimentando a divisão interna?
Não. A prévia, no final, acaba unindo. Ninguém pode sair dizendo que foi obrigado a retirar uma candidatura, além de dar mais responsabilidade para aqueles que disputaram a prévia de ajudar numa eventual candidatura.
O que acha dos outros pré-candidatos do PSDB: os secretários José Anibal e Andrea Matarazzo e o deputado Ricardo Tripoli?
São pessoas excelentes, que têm totais condições de representar o partido numa disputa.
Você os apoiaria na campanha?
Sem dúvida alguma.
O que acha do deputado Gabriel Chalita (PMDB)?
Olha, ele quis seguir um rumo diferente. É a população que vai julgar (Chalita trocou o PSDB pelo PSB no ano passado. Neste ano, migrou para o PMDB, pelo qual pretende disputar a Prefeitura).
E da Marta?
Acho que ela precisa aprender a presidir sessão do Senado. Dá sempre problema, quando preside. Brigou até com o ex-marido.
O que acha do governo Dilma?
Acho que o lado bom é que a sociedade está vendo qual é o ex-presidente que deixou uma herança maldita para o sucessor.
O sr. tem 32 anos, já foi deputado duas vezes e secretário. Onde se imagina daqui a 20 anos?
Quem faz política precisa prestar vestibular a cada 4 anos. Enquanto a população confiar, enquanto puder continuar, eu me imagino fazendo política.
O sr. deseja ser governador?
Não tem como saber. Candidato ao Legislativo basta a vontade pessoal. Ser candidato ao Executivo é preciso uma vontade coletiva, que o partido te escolha, agregar outras forças políticas. Não dá pra falar daqui a dois anos, vou estar lá ou aqui.
Mas o senhor é jovem...
É o que me dá muita tranquilidade para dizer que essa não é a minha última oportunidade, que precisa ser agora ou nunca. Política tem fila, política tem o seu momento. Candidatura forçada a população percebe, depois não consegue o respaldo popular. Então, será no momento certo, quando o partido entender que é possível. Vou trabalhando, semeando, regando. Um dia a gente colhe.
Quais são os principais problemas da cidade?
Acho que a qualidade de vida. A Região Metropolitana de São Paulo parou de crescer devido às limitações geográficas. Acho que agora o que falta é a qualidade de vida, seja pelo ar que respiramos, seja pelo trânsito que enfrentamos.