GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

A fauna eleitoral

O editor-executivo de O GLOBO Pedro Dias Leite fez uma análise detalhada com o desempenho individual de cada candidato no debate. Afinal, como lembra ele, o primeiro encontro televisivo entre presidenciáveis vale mais pela repercussão do que pela audiência, ainda muito baixa.


A existência de 35 partidos, sendo treze deles com candidatos à presidência, leva a um debate, no mínimo, disperso no primeiro turno. O que se viu, na noite desta quinta-feira, foi o simbólico início da corrida presidencial mais improvável dos últimos 30 anos. Desde 1989 não se via tantos candidatos de partidos tão pequenos com chance de serem levados a sério. 

Liderando a corrida eleitoral, Jair Bolsonaro (PSL) parecia um homem ponderado frente ao histrionismo de Cabo Daciolo (Patri). Principal novidade do debate, o ex-bombeiro, que ironicamente chegou ao parlamento pelo PSOL, pedia votos apelando ao mesmo núcleo ideológico do ex-capitão. Ambos apresentavam-se como os mais honestos, cristãos, patriotas e independentes.

A súbita popularidade de Daciolo nas redes sociais pareceu ter incomodado a equipe de Bolsonaro, a ponto de o ex-capitão do Exército fazer questão de, em suas considerações finais, lembrar a seu eleitor que já está "entre os melhores ranqueados".

À esquerda, o jovem Guilherme Boulos entrou no lugar de Plínio de Arruda Sampaio como representante do PSOL, mas sem o bom humor do saudoso militante. Ao menos conseguiu emplacar a melhor tirada da noite, referindo-se aos adversários como "50 tons de Temer".

Em suas qualidades e defeitos, Marina Silva (Rede), Ciro Gomes(PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) repetiram papéis de outras eleições e acabaram sendo responsáveis pelos momentos mais programáticos. Álvaro Dias (Podemos) chamou mais atenção pelo riso fixo e o figurino todo azulado. Coube a Henrique Meirelles (MDB) a árdua tarefa de defender a existência de êxitos do presidente mais impopular de nossa história. 

Ainda que, oficialmente, eles só possam pedir votos a partir da próxima quinta-feira, a campanha finalmente começou. E, em dois meses e meio, um deles será escolhido para comandar o Planalto. 

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