O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, enviou, nesta sexta=feira (20), um pedido ao juiz federal Sérgio Moro para que autorize que o seu depoimento seja por videoconferência. Os advogados de Costa afirmam que ele não tem dinheiro para ir a Curitiba. Toda a família se encontra em uma situação econômica degradante, após os bloqueios da Justiça.
Sérgio Moro marcou para o dia 09 de agosto o depoimento do ex-diretor da Petrobras. Ele é testemunha de defesa de José Lázaro Alves e Cesar Luiz Godoy, diretores do Grupo Alusa Engenharia. Os empresários estão envolvidos em corrupção e lavagem de dinheiro. Moro ordenou que Costa fosse pessoalmente até Curitiba para dar o depoimento. A defesa dele quer que o juiz reconsidere essa decisão pelos motivos citados.
Uma parte de sua aposentadoria está bloqueada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, sem dinheiro, ele não pode fazer a viagem, alegam os advogados. A ida de Costa para o Paraná terá muitos gastos, já que houve grande aumento nas passagens aéreas. Além disso, seus advogados falam que ele não tem condições de pagar por duas noites em um hotel.
Investigações
Paulo Roberto Costa dará seu depoimento sobre o caso dos empresários que são investigados no contrato de construção da casa de força da Refinaria Abreu e Lima. As investigações começaram com a 51ª fase da Operação Lava Jato. Além de Godoy e Alves, mais cinco pessoas respondem pelas suspeitas de crime.
A força-tarefa da Lava Jato apontou que os diretores da empresa recorreram a operadores financeiros e pagaram subornos para ex-executivos da estatal petrolífera em troca de contratos vantajosos.
Segunda a denúncia, os valores são cerca de R$ 9,6 milhões e vários ex-executivos foram beneficiados com a propina. Segundo os procuradores, todos os pagamentos foram feitos entre 2009 e 2014. Sérgio Moro é responsável em conduzir o processo e analisar todos os casos.
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