Para combater a violência, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (PMDB), quer criar equipes de segurança presente com frota própria de viaturas em parceria com empresários. Um centro de monitoramento com leitura inteligente de placas e faces ajudará a polícia a prender criminosos. Na mobilidade, consenso com o governo estadual vai permitir incluir na licitação das barcas o transporte de veículos pela Baía de Guanabara, em ferry-boats, para reduzir engarrafamentos. Entusiasmado com a reviravolta do município, o gestor promete quitar salários atrasados em 40 dias e enche o peito para anunciar a inauguração do primeiro hospital público de olhos do Rio.
Como está a negociação com o estado para criar uma estação de barcas em Duque de Caxias?
Washington Reis: – Este ano, a CCR sinalizou a entrega das barcas. Aí, o deputado estadual Rosenverg Reis, meu irmão, teve a ideia de conversar com o governador Pezão para incluir a implantação em Duque de Caxias no próximo edital, atrás do Hospital Moacyr do Carmo, até a Praça 15, no prazo de um ano. O projeto é importante, à medida que em Caxias há um terminal intermodal, estacionamento para deixar o carro e pegar barca com preço justo. Evita congestionamento. E terá transporte de veículos, com ferryboat.
Como será o transporte de veículos pelo mar?
Imagina ali na Washington Luiz engarrafada, você joga seu carro em cima de um ferryboat.
A prefeitura ia inaugurar este mês o Hospital do Olho. O que é o projeto?
Está pronto. Não está inaugurado porque os equipamentos são importados e estamos esperando a entrega. Vamos realizar mais de 2 mil cirurgias e mais de 4 mil exames por mês. Inauguramos neste semestre.
O senhor encontrou a prefeitura com R$ 13,29 no caixa e uma dívida de R$ 500 milhões. Qual a situação hoje?
Caixa zero, mas salários em dia. Já paguei mais de R$ 200 milhões de folhas atrasadas e serviços essenciais como lixo e medicamentos. A prefeitura hoje economiza cada centavinho. Estamos licitando cinco creches, oito unidades básicas de saúde, terminando as obras do Hospital Duque e a universidade. Em 90 dias vamos estar no azul.
O que falta pagar?
Dezembro. Quero pagar em 40 dias. A dívida está em R$ 200 milhões. R$ 85 milhões com funcionários, 20 com terceirizados e o resto com fornecedores.
Como será o centro de monitoramento da cidade?
De primeiro mundo. O Centro de Comando e Controle está ligado a tudo na prefeitura. Se tem um assalto, o sistema semafórico está integrado. Você consegue fechar o tráfego ali e a polícia pode atuar de forma pontual.
Quando será lançado?
Vou a Brasília correr o chapéu lá para arrancar essa grana. Custa mais de R$ 30 milhões. Até o final do ano que vem, vai estar pronto.
Qual a sua ideia para a Segurança Pública?
Vamos fazer, com a Associação das Empresas de Campos Elíseos (Assecampe), a Assecampe Presente. Pretendo estruturar uma polícia sob o comando da PM, dividir a conta com o comércio. O efetivo da polícia está defasado em 200%, comparando com 30 anos atrás. Pretendo ter viaturas próprias para servir à cidade.
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