O governo de Michel Temer exonerou Marco Antonio Valadares Moreira do cargo de diretor de Procedimentos Arrecadatórios do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.
Marco Moreira e a mulher dele, Lilian Amâncio Valadares Moreira, foram alvo de mandado de prisão na Operação Timóteo da Polícia Federal, deflagrada na sexta-feira e que investiga suposto esquema de corrupção e desvio de recursos relativos aos royalties da mineração, pagos a municípios brasileiros.
Ele é investigado por, supostamente, "apoiar" lavagem de dinheiro obtido de forma criminosa. O pastor negou envolvimento com o esquema investigado e justificou ter sido levado para depor por causa de uma "doação pessoal" de R$ 100 mil que recebeu de um empresário.
No caso do agora ex-diretor do DNPM Marco Moreira, a PF sustenta que ele, detentor de informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties, oferecia os serviços de dois escritórios de advocacia e de uma consultoria a municípios com créditos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) junto a empresas.
De acordo com os investigadores, em parceria com a mulher, Lilian, ele procurava prefeitos interessados em ingressar no esquema. Um escritório de Lilian seria o responsável por repassar dinheiro a agentes públicos.
A diretoria que era comandada por Moreira tem a responsabilidade de gerenciar a arrecadação dos royalties e distribuir às prefeituras. Neste ano, a receita da CFEM já alcança R$ 1,6 bilhão.
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