Dono do SBT, que completa neste sábado (20), 35 anos de existência, Silvio Santos não pensa apenas em dinheiro. O empresário chegou a receber propostas de vender horários na emissora para igrejas, que pretendiam exibir conteúdo religioso na programação, mas rejeitou todas.
De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, há quatro anos, a Igreja Mundial, concorrente direta da Igreja Universal, chegou a tentar comprar as madrugadas do SBT por um valor estimado em R$ 200 milhões anuais, e muitos na direção defenderam essa ideia.
Isso porque seriam R$ 200 milhões líquidos para os cofres do SBT, sem custos. No entanto, Silvio não aceitou a proposta, assim como também não aceitou a mesma proposta da Universal, do bispo Edir Macedo, que tentou ocupar suas madrugadas anos antes.
Silvio, apesar de ser judeu praticante, é proprietário da única emissora na TV aberta a não exibir conteúdo religioso. Até mesmo a Globo e TV Cultura exibem algum tipo de programação religiosa e proselitista, a Santa Missa do Padre Marcelo ou a Missa de Aparecida.
Já Band, Record, Gazeta e RedeTV vendem fartos períodos de suas grades para igrejas evangélicas das mais variadas denominações, por valores que variam de médias de R$ 20 milhões (Gazeta), R$ 150 milhões (Band), a R$ 550 milhões anuais (Record).
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