O candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) acusou o prefeito Eduardo Paes de receber propina da Odebrecht. O senador decidiu responder a Paes, que em entrevista a VEJA publicada no domingo afirmou que o senador recebia uma mesada do seu tio, o bispo e fundador da Igreja Universal, Edir Macedo. Os disparos de ambos os lados mostram o quão dura será a campanha, pulverizada em pelo menos oito candidaturas com chances de ir ao segundo turno.
“Não recebo mesada. De ninguém. Eu trabalho desde os 14 anos. Mas há uma mesada que preocupa a todos. É a mesada que o prefeito Eduardo Paes recebia da empreiteira Odebrecht segundo consta em planilha apreendida pela Policia Federal”, afirmou Crivella, referindo-se a investigações feitas pela operação Lava-Jato. “Lá ele aparece com o apelido de ‘Nervosinho’. O ‘Nervosinho’ da propina. Segundo a planilha a mesada era de 5 milhões de reais”, completou.
Em março, a Polícia Federal apreendeu na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Junior um documento com o codinome de vários políticos. Entre eles, os principais nomes do PMDB do Rio: Paes era chamado de “Nervosinho”; Eduardo Cunha, o “Caranguejo”; Sérgio Cabral, o “Proximus”.
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