A Petrobras quer a liberação do uso de imagem do canoísta Isaquias Queiroz, maior medalhista brasileiro em uma edição de Olimpíada, para fechar patrocínio aos Jogos Paraolímpicos do Rio.
A estatal negocia aportar cerca de R$ 10 milhões no evento, que começa no dia 7 de setembro e precisa de recursos para fechar o orçamento.
A Petrobras patrocina Isaquias, mas está impedida de usar a imagem do atleta em um período de 15 dias antes e depois da Olimpíada, uma vez que não é patrocinadora oficial dos Jogos.
A reportagem apurou que a liberação do uso de imagem do atleta em campanhas de marketing é uma contrapartida pedida pela empresa para liberar os recursos, além da presença da marca em placas e material publicitário da Paraolimpíada.
A Petrobras patrocina outros atletas que conquistaram medalhas no Rio, como os judocas Mayra Aguiar e Rafael Silva, que ficaram com o bronze, mas o apoio se dá por meio de confederações.
Nos Jogos do Rio, Isaquias ganhou três medalhas: duas de prata (canoa individual e dupla 1.000 metros) e uma de bronze (canoa individual 200 metros). A competição de canoadupla foi vencida com Erlon de Souza.
Com o resultado, tornou-se o maior medalhista brasileiro em uma edição dos Jogos, superando os atiradores Afrânio da Costa e Guilherme Paraense e os nadadores Gustavo Borges e Cesar Cielo, que ganharam duas medalhas em uma edição.
As negociações com a Petrobras fazem parte de um esforço do comitê organizador dos Jogos para fechar as contas para a Paraolimpíada.
Em reunião realizada na semana passada, o governo federal se comprometeu a obter R$ 100 milhões em patrocínios de empresas estatais.
Até agora, foram confirmados R$ 8 milhões da Embratur e R$ 30 milhões da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Já o BNDES avalia uma solicitação de patrocínio de R$ 20 milhões.
Segundo o acordo anunciado na semana passada, a prefeitura do Rio entrará com outros R$ 150 milhões.
A previsão de gastos do comitê organizador para a Olimpíada e para a Paraolimpíada é de R$ 9,1 bilhões.
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