O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) foi surpreendido por um oficial de Justiça por volta das 06:30horas desta quinta-feira em seu apartamento funcional na quadra 302, Asa Norte de Brasília.
Ele recebeu a notícia do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ainda de calção e tênis porque se preparava para uma caminhada matinal.
Investigado na Operação Lava Jato, desceu para atender ao chamado e logo ficou nervoso.
Maranhão saiu para a caminhada com o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) e ligou para o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos mais experientes da atual Legislatura, em busca de conselhos.
"Ele disse que queria ouvir minha opinião e eu disse 'vá para a Câmara imediatamente'", conta Heráclito, que foi até a residência do presidente da Câmara em exercício.
Parlamentares que conversam com Maranhão disseram que ele estava "atônito" pela manhã.
Maranhão seguiu para a Câmara, onde chegou por volta das 10h30.
Cercado de seguranças, dirigiu-se ao gabinete ainda decorado com fotos e pertences de Eduardo Cunha, sentou-se na poltrona e passou a receber deputados. (Felipe Frazão, de Brasília)
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