Estão livres todas as 170 pessoas que eram mantidas reféns no hotel Radisson Blu em Bamako (Mali) e ao menos 27 morreram no ataque, de acordo com a agência Reuters.
A agência cita informações preliminares de agentes de paz da ONU no local. Eles disseram que viram ao menos 12 corpos no porão e outros 15 no segundo andar do hotel. A informação foi revelada à Reuters em condição de anonimato. Os agentes da ONU estariam ajudando as autoridades do Mali a revistar o local.
O ministro de Segurança do Mali, coronel Salif Traoré, afirmou à agência France Presse (AFP) e ao canal francês BFMTV que não há mais reféns.
"Eles não têm mais reféns em suas mãos e as forças [de segurança] os estão rastreando", disse Traoré à emissora de TV. Traoré já havia informado à AFP que ao menos 18 corpos foram recuperados no hotel.
Em sua conta no Twitter, o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, divulgou a seguinte mensagem: "O presidente IBK saúda o profissionalismo das forças de defesa e segurança do Mali e agradece os países amigos por sua assistência".
Um grupo armado com número ainda desconhecido de integrantes invadiu o hotel na manhã desta sexta-feira (20); dois dos agressores estariam mortos. Eles fizeram reféns 140 hóspedes e 30 funcionários, de acordo com a administração do Radisson Blu. Há pelo menos quatro horas a administração não divulga um novo comunicado sobre a situação em Bamako.
Para liberar o prédio, forças especiais do governo invadiram andar por andar, informaram a emissora estatal de TV do Mali e uma fonte de segurança à Reuters.
Um grupo jihadista ligado a Al Qaeda teria assumido a responsabilidade pelo sequestro, mas a agência não pôde confirmar a autenticidade desta informação.
Em um primeiro momento, foi divulgado que três pessoas tinham morrido no ataque. As vítimas seriam um francês e dois malineses.
Entre os libertados do sequestro estão cidadãos de pelo menos as seguintes nacionalidades:
- 20 indianos
- 12 franceses
- 7 argelinos
- 6 norte-americanos
- 6 turcos
- 6 chineses
- 2 alemães
- 1 guineense
O Radisson Blu é um conhecido local para estrangeiros se hospedando na capital do Mali, que tem cerca de dois milhões de habitantes.
A companhia aérea Air France divulgou uma nota confirmando que 12 integrantes de sua equipe de tripulação estavam entre os removidos do local e eram mantidos em segurança.
"Por medida de precaução, os voos da Air France de e para Bamako nesta sexta-feira foram cancelados", afirmou a empresa.
Apoio da França
O governo da França considera que a situação é um "ataque terrorista" e divulgou um número telefônico de urgência: .
De acordo com um porta-voz da Guarda Nacional, cerca de 40 homens do GIGN (Grupo de Intervenção da Guarda Nacional, de elite) e uma dezena de especialistas do instituto de buscas criminais foram enviados hoje ao Mali.
A embaixada dos Estados Unidos no Mali lançou pelo menos quatro mensagens de segurança, pedindo que os cidadãos norte-americanos no país façam contato com suas famílias e se mantenham abrigados em locais seguros.
A orientação a eles é que acompanhem o andamento das operações pela imprensa local e sigam as instruções das autoridades do Mali. (com jornais e agências internacionais)
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