A comissão que estudou alterações nas regras internas do Palmeiras concluiu a minuta do novo estatuto do clube, que ainda pode ser alterada antes de ser votada pelos sócios. Uma das principais novidades é a exigência de ficha limpa para os candidatos à presidência e ao Conselho Deliberativo.
Se o artigo for aprovado, quem tiver uma condenação em última instância não poderá se candidatar, assim como os associados que já foram punidos gravemente pelo próprio clube.
“Nossa intenção é que fique claro para o sócio que não há nada que desabone a conduta dos candidatos”, disse ao blog Roberto Fleury de Souza Bertagni, integrante do grupo encarregado de fazer as propostas.
Outra mudança importante é a alteração do mandato do presidente de dois para três anos. Continuaria sendo permitida apenas uma reeleição. Segundo Bertagni, esse artigo inclui uma cláusula que impede o presidente em exercício no momento da alteração de tentar se candidatar mais duas vezes pelo novo regulamento.
Já o desejo do sócio-torcedor de ter direito a voto não foi atendido nessa versão preliminar.
O COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), por sua vez, terá seu poder diminuído, se o artigo que diz respeito a ele for aprovado. O órgão “foi dispensado de opinar sobre matérias meramente administrativas de responsabilidade da diretoria''. Ou seja, perderá força para controlar gastos com contratações que considere fora da realidade do clube, como já fez em gestões anteriores.
Agora, as mudanças serão discutidas em reuniões com grupos de conselheiros. Emendas que alterem a minuta podem ser apresentadas. Para o novo estatuto ser colocado em prática precisará ser votado pelo Conselho Deliberativo e depois pelos sócios. Não há previsão de quando o processo será concluído.
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