Ela já tinha disputado três Olimpíadas e construído uma família quando virou prostituta em Las Vegas. Com a sexualidade exacerbada por um tratamento, Suzy Favor Hamilton decidiu ter uma vida dupla. A tentativa de suicídio se tornou uma opção clara quando tal história se tornou pública. Tudo isso estará no livro da atleta norte-americana que hoje leva uma vida tranquila e com constante acompanhamento.
Tetracampeã nacional de atletismo, Suzy Hamilton participou dos Jogos Olímpicos nos 800m e nos 1.500m em três edições, de 1992 a 2000. Na última delas, foi finalista dos 1.500m. Já nessa época, um transtorno bipolar e uma obsessão faziam de Suzy uma pessoa mais competitiva que o normal.
Ao se aposentar das pistas, a atleta também apresentou um quadro de depressão e intensificou seu tratamento para tais transtornos. No entanto, doses exageradas de medicamentos, segundo ela, aumentaram sua sexualidade e seu desejo a níveis muito elevados.
Foi quando ela começou a trabalhar como prostituta em um hotel de Las Vegas. Usando o codinome Kelly Lundy, cobrava US$ 600 por hora. A vida seguiu assim até 2012, quando um site publicou a história. A repercussão do caso fez Suzy considerar diversas vezes o suicídio. "Eu me senti atraída pela prostituição porque me dava mecanismos de sobrevivência quando eu vivia momentos muito difíceis", justificou na oportunidade.
"Hoje, graças ao tratamento, Kelly entrou no mundo das sombras, enquanto Suzy está construindo uma vida melhor, dia após dia", diz trecho do livro Fast Girl, que conta a história da ex-atleta e será lançado no próximo dia 14.
Suzy afirma que seu marido não só sabia da atividade como prostituta, como foi decisivo para o início do tratamento adequado. Atualmente com 47 anos, a norte-americana espera que sua experiência ajude outras pessoas. "Compartilhando sua história, Suzy está determinada a levantar a questão, conscientizar e inspirar quem tenha desafios pela frente", adianta o livro.
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