Claro, qualquer um que não faz parte do staff de Dilma cabe-lhe apenas especulações”
Amargo. Essa pode ser a discrição de muitos remédios que se fazem necessário para reverter um quadro não saudável, ou mesmo instável. Assim pode-se descrever o recente aumento na conta de luz – amargo.
Todavia, o ministro da Fazenda Joaquim Levy já havia sinalizado desde o seu primeiro discurso o aumento de tributos como ação na tentativa de reverter atual situação financeira do país.
A medida não tem carisma e nem apelo popular, mas aponta certa segurança ao mercado financeiro e transmite a mensagem de que agora a equipe econômica do Governo Federal sabe o que esta fazendo (na intenção de atrair os olhares de investidores internacionais).
Inflação, crescimento a 0% e sucessivos escândalos da Petrobras forçaram a presidentA reeleita Dilma Rousseff alterar a rota de seus planos. A própria escolha do nome de Levy para a Fazenda demonstra isso. O nome do atual ministro estava entre os planos do outro postulante à presidência da República – Aécio Neves. Outro fato que comprova que o discurso de Dilma e sua prática nem sempre estão alinhadas é o corte de verba na Educação dias após de ter revelado o lema de sua atual gestão – Brasil, pátria educadora.
Contudo, a sabedoria popular demonstra razão quando afirma: “melhor prevenir do que remediar”. Há muito a economia do país já demonstrava sintomas de que as coisas não iam bem, mas ao invés de ações preventivas a população lida hoje com atos para remediar este quadro clínico. E é amargo.
Claro, qualquer um que não faz parte do staff de Dilma cabe-lhe apenas especulações. Mas é minimamente plausível o pensamento que medidas populares, com o foco em programas sociais ornavam em uma primeira gestão. Já na reeleição é preciso colocar as coisas nos eixos, se o atual grupo político espera permanecer no comando da nação. A política é algo que requer habilidade. Isso porque a dificuldade para se chegar no poder é real, mas não maior que o objetivo de se permanecer no poder.
Hoje, o brasileiro vê a conta de luz mais cara, mas já observando um horizonte de aumento no combustível, aluguel, entre outros. Outra expressão popular comenta que certas situações é preciso “pagar pra ver”. E os brasileiros não terão outro jeito... Nessa aposta neste segundo mandato de Dilma, a população se agarra no terceiro e último ditado popular deste editorial: “a esperança é a última que morre”.
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