O pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, usou boa parte da sua entrevista à Rádio Amazonas na manhã desta quarta-feira, 12, para criticar a presidente Dilma Rousseff. Além de questionar a eficiência da atual gestão, o ex-governador pernambucano afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL) "mandam" no governo petista.
"O Brasil quando olha para Brasília e vê Renan Calheiros, José Sarney e Fernando Collor mandando no governo da Dilma, a gente não imagina que esse governo vá chegar na vida dos mais pobres", disse ao fazer referência a representantes de partidos da base aliada. Campos votou também a dizer que o Brasil, com Dilma, "parou de melhorar e começou a piorar" e o dinheiro dos impostos "não é cuidado com respeito" pela atual administração.
Depois de afirmar que a corrupção é o que mais o deixa indignado na política brasileira, o ex-governador defendeu que a revolta dos brasileiros seja usada para romper a polarização de PT e PSDB. "Há 20 anos o PT e PSDB comandam o País e toda vez que vão comandar estão sendo cercados pelas mesmas forças atrasadas que acabam constrangendo o Brasil com as práticas políticas mais atrasadas e menos republicanas", criticou.
Ibope. Campos comemorou o resultado da pesquisa Ibope divulgada nessa terça e destacou a melhora no seu desempenho quando candidatura é associada a Marina. "Acho que todas as pesquisas estão confirmando o nosso crescimento. Confirmando que quando a sociedade toma conhecimento que eu e Marina fizemos uma aliança e formamos uma chapa, eu como presidente e ela como vice, a gente vai para o segundo turno. Porque a sociedade brasileira deseja fazer a mudança."
PSB e Rede. Em meio a divergências com sua pré-candidata a vice, a ex-ministra Marina Silva, Campos afirmou ser "ilusão" conseguir repetir em todos os Estados a chapa presidencial. Ele repetiu que considera natural que PSB e Rede tenham posicionamentos diferentes na definição de alianças, mas que isso não interfere na manutenção da chapa com Marina.
"Nunca houve uma candidatura a presidente que conseguisse montar nos 27 Estados o mesmo palanque. Eu não teria ilusão que a gente iria conseguir isso. É natural que em um Estado ou outro a gente tenha o PSB tomando uma posição e a Rede outro", afirmou.
Na última semana, Marina manifestou publicamente seu descontentamento com a decisão do PSB de São Paulo de apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A ex-ministra defende o lançamento de candidaturas próprias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário