GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis

Esta postagem foi baseada no artigo: Projeto “a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”: comparação de duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil.

O Projeto “A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis” existe no Distrito Federal desde 2001, com o objetivo de promover a alimentação saudável no ambiente escolar, testando metodologias e estratégias que possibilitem sua reprodutibilidade em outros locais e contextos, envolvendo escolas públicas e privadas de Ensino Infantil e Fundamental. O Projeto é vinculado ao Observatório de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), o qual tem a promoção da alimentação saudável como uma de suas linhas de investigação.

A pesquisa que estamos abordando teve como objetivo analisar e comparar o conhecimento sobre nutrição de professores e alunos participantes do Projeto “A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”, submetidos a duas estratégias de educação nutricional.

Intervenção nutricional A: as ações educativas com a comunidade escolar foram desenvolvidas pela equipe do projeto, por meio de palestras educativas realizadas nas escolas. Assim, todas as turmas de Ensino Infantil e Fundamental das escolas participantes foram mobilizadas pelas atividades de educação nutricional.

Intervenção nutricional B: as ações educativas com a comunidade escolar foram desenvolvidas por professores que freqüentaram oficinas temáticas de capacitação. Uma vez que apenas os professores que se interessaram em se inscrever nas oficinas foram capacitados, o processo de educação nutricional tendeu a se concentrar apenas nas turmas dos professores participantes.

A intervenção A foi aplicada em 4 escolas (1 particular e 3 públicas) totalizando 180 alunos e 19 professores. A intervenção B também foi aplicada em 4 escolas, totalizando 129 alunos e 16 professores. Foram avaliados os alunos e professores de Ensino Infantil e Fundamental nos dois tipos de intervenção.

Foram elaborados dois instrumentos quantitativos para avaliação do conhecimento sobre nutrição das crianças, tendo sido os mesmo construídos em um formato preferencial de figuras e jogos, mais atrativo visualmente e de maior facilidade de compreensão para esta faixa etária. O primeiro foi sobre a pirâmide dos alimentos e o segundo sobre a higiene das mãos antes da realização das refeições.

Para avaliação dos conhecimentos dos professores foi elaborado um questionário do tipo verdadeiro ou falso sobre assuntos abordados nas palestras educativas realizadas pela equipe do projeto nas escolas (intervenção nutricional A) e nas oficinas de capacitação (intervenção nutricional B).

O elevado percentual de acertos observado no instrumento de avaliação dos professores reforça a importância da transmissão de conhecimentos sobre nutrição para os mesmos. Entende-se que o professor é considerado o elemento principal no processo de educação nutricional dos alunos, por se encontrar em posição estratégica e em contato diário com os mesmos.

Observou-se que tanto a realização de oficinas de capacitação sobre educação nutricional para professores, como a realização direta de palestras e outras atividades pedagógicas para a comunidade escolar pelo nutricionista, são processos igualmente úteis de intervenção nutricional no âmbito escolar.

Sugere-se que o nutricionista seja o responsável pela intermediação entre os saberes, na
medida em que assume a condição de multiplicador de conteúdos e temas em alimentação e nutrição e, por isso, possui um papel determinante no processo de implantação de hábitos alimentares saudáveis na escola.

Entende-se também que o setor público precisa assumir a responsabilidade de fomentar mudanças organizacionais, em termos de políticas públicas coletivas, de forma a favorecer escolhas saudáveis no campo individual. A construção de políticas públicas resultantes de diálogos equânimes entre o Estado, a sociedade, e o mercado parece ser o caminho para a construção de um modo de viver que permita melhores condições de saúde para a população. Assim, são pressupostos da promoção da alimentação saudável, a ampliação e o fomento de estratégias educativas capazes de permitir estas escolhas, como as apresentadas neste estudo.


YOKOTA, et al. Projeto “a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”: comparação de duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil. Revista de Nutrição, Campinas, SP, 2010.

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