“Políticos, líderes mundiais, reúnem-se por dias, produzem discursos, documentos, mas nada muda. O mundo continua como está. Basicamente, precisamos que todos entendam que fazer desse mundo um [lugar] melhor é uma responsabilidade [não só] dos políticos, mas também de todos nós”, defendeu.
A avaliação do ativista tem como base a filosofia difundida pelo avô dele, o líder pacifista indiano Mahatma Gandhi, que defende a mudança a partir das pessoas e não dos governos. Gandhi pregou a paz e a desobediência civil como meio de revolução para alcançar a independência da Índia. Arun, sul-africano de 78 anos, participou hoje, em São Miguel Paulista, zona leste da capital, de uma roda de conversa com jovens e educadores paulistanos. Assim como seu avô, Arun atua em causas humanitárias, especialmente voltadas à educação.
Arun falou, ainda, sobre outros ensinamentos de seu avô por uma cultura pacifista. Ele defendeu, por exemplo, o recurso da penalidade, e não da punição, para reprimir atos criminosos. “Não digo com isso que não devemos ter prisões e que cada um deve fazer o que quiser, mas digo que as prisões podem ser lugares de aprendizagem e reforma daquelas pessoas. Quem cumpre penalidade é reformada e isso sim reduz a violência e gera mudanças.”
O ativista criticou também o consumo exacerbado nas sociedades atuais. “O consumismo é algo ruim. Estamos sempre querendo ter coisas novas e o mercado produz conforme nossas necessidades. Se decidimos que não vamos gastar nossas vidas e recursos somente comprando, seremos mais felizes. Mas se comprarmos cada vez mais caímos em uma armadilha, da qual é muito difícil sair”, avaliou.
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