Pouco depois de completar 62 anos, comemorados na última terça-feira, a advogada gaúcha Heloísa Borba Gonçalves, conhecida como Viúva Negra por ter enterrado três maridos e dois namorados entre 1971 e 1992, comemora mais de três décadas de impunidade bem longe do alcance da Justiça brasileira.
Ela foi condenada a 18 anos de prisão em agosto do ano passado, pelo 1º Tribunal do Júri do Rio, por ter mandado matar o ex-marido, o coronel Jorge Ribeiro, assassinado a marretadas no seu escritório em Copacabana, em julho de 1992. O seu paradeiro foi localizado pela Polícia Federal. Ela mora no estado da Flórida, nos Estados Unidos, perto de dois filhos e dos netos.
Mas prender uma mulher que ergueu um patrimônio avaliado em cerca de R$ 40 milhões, entre casamentos, funerais e golpes, não é tão simples assim.
Casada com o peruano Vicente Lopes Huaman, ela possui cidadania norte-americana, o que dificulta o processo de extradição. Agora, prender a Viúva Negra se tornou assunto diplomático. O caso está sendo tratado pelo Ministério da Justiça.
O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece R$ 11 mil por informações sobre o paradeiro dela — o valor mais alto pago por um criminoso no Rio. Ela também aparece no site da Interpol como Heloísa Duque Soares Ribeiro, um dos diversos nomes que adquiriu depois de quatro casamentos, entre 13 de maio de 1983 e 8 de maio de 1990.
Heloísa também foi condenada a 4 anos e seis meses pela 19ª Vara Criminal do Rio, por bigamia e falsidade ideológica. Ela possui uma extensa ficha criminal, que começou a ser escrita na década de 70, quando foi presa por aplicar golpes no antigo INPS em pelo menos quatro estados.
Intimada para audiência de conciliação
Um fato inusitado envolvendo a advogada gaúcha Heloísa Borba Gonçalves e a Justiça do Rio surgiu nos últimos dias. Em fevereiro deste ano, ela foi chamada para comparecer numa audiência de conciliação num processo contra uma agência bancária. É que a advogada entrou com uma ação contra o banco para pedir indenização por causa do fechamento de uma conta, no ano passado. A juíza Erica Batista de Castro, da 6ª Vara Cível, marcou audiência para 24 de julho deste ano.
Ela também está sendo investigada pela 12ª DP (Copacabana) por sequestro, cárcere privado e estelionato por ter retirado a idosa Linda Saad de uma casa de repouso na Zona Sul do Rio sem a autorização da família em janeiro de 2005. Em novembro daquele ano, a idosa faleceu, deixando os seus bens para uma filha de Heloísa.
Linda era irmã de um dos seus ex-maridos mais ricos, o comerciante libanês Nicolau Saad. Ela o conheceu em 1987, se apresentando como juíza aposentada. No fim de 1989, disse a Nicolau que tinha engravidado. O caçula dos seis filhos da Viúva Negra teve duas datas de nascimento. A criança foi registrada com o sobrenome Saad no dia 25 de julho de 1990. Três dias depois, Heloísa fez outro registro, colocando o coronel Jorge Ribeiro, morto em 1992, como pai.
Maridos mortos em série
O primeiro marido de Heloísa que foi assassinado foi o securitário Irineu Duque Soares, morto a tiros em 1983, no meio da rua, em Magé. Depois, ela se casou com Roberto de Souza Lopes, com quem ficou de 1985 a 1990. Nesse meio tempo, também subiu ao altar com o coronel Jorge Ribeiro, em 15 de julho de 1989, tornando-se bígama. O militar foi assassinado a marretadas, em Copacabana, em 1992. Em 1993, a suspeita mantinha um relacionamento com Hagih Muradi, de 84 anos. Ele foi vítima de um atentado em que foi morto.
Ela foi condenada a 18 anos de prisão em agosto do ano passado, pelo 1º Tribunal do Júri do Rio, por ter mandado matar o ex-marido, o coronel Jorge Ribeiro, assassinado a marretadas no seu escritório em Copacabana, em julho de 1992. O seu paradeiro foi localizado pela Polícia Federal. Ela mora no estado da Flórida, nos Estados Unidos, perto de dois filhos e dos netos.
Mas prender uma mulher que ergueu um patrimônio avaliado em cerca de R$ 40 milhões, entre casamentos, funerais e golpes, não é tão simples assim.
Casada com o peruano Vicente Lopes Huaman, ela possui cidadania norte-americana, o que dificulta o processo de extradição. Agora, prender a Viúva Negra se tornou assunto diplomático. O caso está sendo tratado pelo Ministério da Justiça.
O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece R$ 11 mil por informações sobre o paradeiro dela — o valor mais alto pago por um criminoso no Rio. Ela também aparece no site da Interpol como Heloísa Duque Soares Ribeiro, um dos diversos nomes que adquiriu depois de quatro casamentos, entre 13 de maio de 1983 e 8 de maio de 1990.
Heloísa também foi condenada a 4 anos e seis meses pela 19ª Vara Criminal do Rio, por bigamia e falsidade ideológica. Ela possui uma extensa ficha criminal, que começou a ser escrita na década de 70, quando foi presa por aplicar golpes no antigo INPS em pelo menos quatro estados.
Intimada para audiência de conciliação
Um fato inusitado envolvendo a advogada gaúcha Heloísa Borba Gonçalves e a Justiça do Rio surgiu nos últimos dias. Em fevereiro deste ano, ela foi chamada para comparecer numa audiência de conciliação num processo contra uma agência bancária. É que a advogada entrou com uma ação contra o banco para pedir indenização por causa do fechamento de uma conta, no ano passado. A juíza Erica Batista de Castro, da 6ª Vara Cível, marcou audiência para 24 de julho deste ano.
Ela também está sendo investigada pela 12ª DP (Copacabana) por sequestro, cárcere privado e estelionato por ter retirado a idosa Linda Saad de uma casa de repouso na Zona Sul do Rio sem a autorização da família em janeiro de 2005. Em novembro daquele ano, a idosa faleceu, deixando os seus bens para uma filha de Heloísa.
Linda era irmã de um dos seus ex-maridos mais ricos, o comerciante libanês Nicolau Saad. Ela o conheceu em 1987, se apresentando como juíza aposentada. No fim de 1989, disse a Nicolau que tinha engravidado. O caçula dos seis filhos da Viúva Negra teve duas datas de nascimento. A criança foi registrada com o sobrenome Saad no dia 25 de julho de 1990. Três dias depois, Heloísa fez outro registro, colocando o coronel Jorge Ribeiro, morto em 1992, como pai.
Maridos mortos em série
O primeiro marido de Heloísa que foi assassinado foi o securitário Irineu Duque Soares, morto a tiros em 1983, no meio da rua, em Magé. Depois, ela se casou com Roberto de Souza Lopes, com quem ficou de 1985 a 1990. Nesse meio tempo, também subiu ao altar com o coronel Jorge Ribeiro, em 15 de julho de 1989, tornando-se bígama. O militar foi assassinado a marretadas, em Copacabana, em 1992. Em 1993, a suspeita mantinha um relacionamento com Hagih Muradi, de 84 anos. Ele foi vítima de um atentado em que foi morto.
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