GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Posto de combustível na Costa Sul de São Sebastião possui etanol mais caro da região

Segundo pesquisa da ANP, etanol atinge maior alta em todo o país desde 2001e ainda pode subir mais este mês

A Agência nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou nesta semana uma pesquisa que revelou que o preço do etanol atingiu as maiores altas em todo país desde 2001, quando as pesquisas começaram a ser realizadas pelo órgão. A pesquisa compreendeu o período da última semana do mês de dezembro. Segundo especialistas, existe a probabilidade de que o etanol suba ainda mais neste mês de janeiro devido à entressafra da cana-de-açúcar.
No Litoral Norte a alta nos preços do etanol também pôde ser verificada no mês de dezembro pelos consumidores nas bombas de combustível desde a semana do natal.
A pesquisa da ANP apontou que das quatro cidades do litoral, o etanol mais caro está em São Sebastião, no bairro de Boiçucanga, onde o litro do combustível sai por R$ 2, 239. Seguido pelo bairro de Maresias, R$ 2,21. Já o litro mais barato fica localizado na região Central da cidade, a R$ 1,93. Segundo alguns frentistas que trabalham na Costa Sul, o preço final do etanol para o consumidor sai mais caro porque os empresários também compram o combustível por um preço mais elevado do que os demais postos, devido ao difícil acesso à Costa Sul de São Sebastião. Assim, os donos dos postos acabam repassando para o cliente o valor mais alto para não terem prejuízos.
No ranking, a segunda cidade mais cara do Litoral Norte é Ubatuba, onde o preço do álcool atingiu a marca de R$ 2,199. Os três postos que dividem a liderança dos mais caros estão localizados nos bairros da Maranduba, Pereque-Açu e Centro. O mais barato também é na região Central de Ubatuba, onde o litro do álcool sai por R$ 1,88. Em Caraguatatuba os preços variam em R$ 0,30, aproximadamente, entre os postos de combustíveis da cidade. O mais caro fica avenida Doutor Arthur Costa Filho, no Centro, e o litro do etanol vai custar ao consumidor R$ 2,139. Na avenida Rio Branco, no Indaiá, o segundo mais caro da cidade, o preço é de R$ 2,090. Ainda em Caraguá, o litro mais barato fica no Jardim Tarumã por R$ 1, 849.
Ilhabela aparece nas pesquisas com uma média equilibrada de preços, na qual os postos apresentaram valores similares de R$ 2,099 e R$ 2,090 por litro de álcool.
Para o aposentado Valter Guerreiro, 65 anos, de Caraguatatuba abastecer seu carro flex com o etanol já deixou ser vantajoso há algum tempo. “Meu automóvel não percorre a mesma distância com o álcool que percorreria se eu tivesse abastecido com a gasolina. Para mim a vantagem sempre foi essa, quando o preço do etanol era muito menos do que o da gasolina. Eu praticamente enchia meu tanque duas vezes com álcool, pelo preço de um tanque de gasolina. Porém, agora, os preços estão praticamente iguais, não compensa. E eu não vou ficar peregrinando pela cidade em busca do álcool mais barato, que muitas vezes eu não saberei nem a procedência, e poderá me trazer mais prejuízos se estragar o meu carro”.
Para Guerreiro a gasolina, hoje em dia, voltou a ter a força que tinha na década de 80, quando o etanol estava apenas engatinhando no país. “Do jeito que está indo, acredito que a vida útil do etanol esteja chegando ao fim”.
O ex-presidente regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro), e empresário do ramo, Dirceu Augusto, afirma que dificilmente o etanol voltará a apresentar os preços baixos que o deixaram tão famoso no cenário nacional, e que impulsionou a criação dos carros bicombustíveis.
“Eu acredito que existam três fatores principais que prejudicaram o preço final do álcool para o consumidor. O primeiro problema está diretamente relacionado com a produção do combustível, pois os produtores de cana-de-açúcar perceberam que é mais vantajoso economicamente produzir açúcar do que etanol. Segundo, há dois anos os produtores vêm enfrentando problemas com a safra. E daí a lei da oferta e da procura começa a imperar em todo o país, mesmo com os esforços do Governo Federal para segurar os preços; O terceiro problema, e não menos importante é o fato de que em 2011 a maioria das usinas de cana foram vendidas para um único grupo internacional, causando uma espécie de monopólio no setor. É uma pena sabermos que um produto exclusivamente brasileiro se transformou em capital estrangeiro”.
Augusto acredita que será difícil que o preço do álcool volte a cair novamente. Para ele, o preço que se apresenta atualmente, será o valor que se fixará no mercado. “O preço agora só cai se algum fator extraordinário aumentar incrivelmente a oferta do produto”.

Vantagem ou desvantagem


Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. Para o consumidor chegar a essa porcentagem basta que multiplique o preço do etanol pelo preço da gasolina. Se a conta ficar abaixo de 0,70, vale a pena escolher o álcool. De acordo com o levantamento da ANP, em todo o estado de São Paulo, o preço do etanol está em 72,21% do preço da gasolina (até 70% o etanol é competitivo).

Enquanto em 2010 os preços dos combustíveis subiram menos do que a inflação média, em 2011 superaram a taxa.
Pelas estimativas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mesmo se não houver falta de etanol, os preços do combustível só devem voltar a baixar em abril, com a entrada da safra. Já para a gasolina, a perspectiva não é ruim, pois não deve ter alta que teve o etanol. No levantamento semanal da Fipe, a relação entre o etanol e a gasolina desacelerou, passando de 72,43% na terceira semana para 71,71% na quarta semana do mês passado.
Já para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a tendência é de que os preços do etanol permaneçam em alta. Pois existem evidências na queda na produção. Podendo até faltar produto no mercado.

Nenhum comentário: