GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Recomeçar... Não estamos sozinhos...‏

Recomeçar...

Se o amor fosse bastante em cada coração, todos os males do mundo acabariam. Cada um olharia o outro como se estivesse se olhando no espelho e teria tanta compreensão e compaixão como se estivesse agindo por si mesmo.

As asperezas da vida tornam as pessoas duras, amargas. E o pior é que nem sempre elas querem se livrar dessa carga que as tornam com o andar pesado e a visão do futuro vaga e obscura.

Há pessoas que tem dificuldade em amar. Difícil admitir, pois fomos feitos e criados para amar o próximo sem querer saber o que se esconde por detrás de seu passado e o que vai à sua alma.

Mas as adversidades chegam quando menos esperamos. Elas não se anunciam como as grandes tempestades ou os vulcões, elas aparecem, simplesmente. Pegam-nos de assalto, nos deixam estáticos, sem reação.

E nós que pensávamos que certas coisas só aconteciam com os outros, sem nunca refletir que somos os outros de outros! Estamos sim, debaixo do mesmo céu, sujeitos às mesmas ventanias, aos mesmos vendavais, somos tão vulneráveis quanto quaisquer outros seres humanos.

Mas aprendemos que vida é luta e por isso lutamos. Utilizamos todas as armas colocadas à nossa disposição e com a permissão de Deus.

Deus!!!  Ah, sim... Lembramos-nos dEle com mais freqüência. Todas as pessoas não possuem essa habilidade de cada manhã e cada noite chegar aos pés do Senhor para agradecer pela saúde, pela felicidade, por que tudo vai bem. Mas quando o mundo cai na nossa cabeça é como se descobríssemos essa verdade irrefutável: Deus existe!

 Cada um tem sua história, seus espinhos e sua cruz. Cada um também tem sua beleza, talvez apagada por acontecimentos, envelhecida por esperas que nunca tiveram fim e amargas pelo fel que a vida derrama vez ou outra.

Os altos e baixos da vida existem para todo mundo. Mas é quase sempre, para um e para outro, os baixos que marcam mais, os que definem a trajetória, marcam a vida inteira. E quando olhamos para uma pessoa assim cheia de cicatrizes, como rosas secas e sem perfume, a rejeitamos porque não queremos ficar iguais a ela.

Portanto... Uma auto-análise poderia revelar o quanto de maneira surpreendente nós tornamos iguais a essas pessoas que rejeitamos exatamente por recolhermos no nosso coração os mesmos sentimentos de amargura, desafeto, rejeição.

E com o coração dolorido e cansados, continuamos lutando, fazemos nossa parte, tentamos segurar a vida até que sentimos impotentes e dizemos que nada mais há a fazer.

Seria preciso ter a paciência de Jó para esperarmos com a certeza que dias melhores virão.

Portanto, há ainda, com o sopro de vida, uma última esperança: A oração! Quando achamos que perdemos tudo, podemos ainda dobrar os joelhos para chegarmos à presença de Deus.

É difícil aceitar o sofrimento e a dor, mas a aceitação é o primeiro passo para melhor vivê-los, suportá-los e, quem sabe, vencê-los. Não somos assim tão diferentes dos outros, somos vulneráveis, precisamos reconhecer isso antes de tudo. Somos humanos. Humanos e dependentes de Deus que nos criou.

Muitas vezes é necessário cairmos para que reconheçamos o quanto precisamos de uma mão; é preciso uma doença para aprender o valor da vida, para que saibamos o que significa união, como um balde de água fria na nossa cabeça que nos acorda e nos deixa mais atentos. Olhamos mais à nossa volta, percebemos que nossos sentimentos são mais sólidos e visíveis do que pensávamos, despertamos, talvez, para pessoas que estavam perfeitamente invisíveis aos nossos olhos.

A dor une muito mais que a felicidade, porque as pessoas procuram apoiar e se apoiar. E ela nos abre os olhos para Deus.

Mas nem sempre a solução é a que esperamos ou desejamos. É preciso que, com joelhos no chão e coração aberto possamos estar prontos para receber, não o que merecemos, mas o que precisamos que seja a cura, a vida ou a consolação.

Jesus aceitou a cruz porque sabia que seria vitorioso. E que, hoje, possamos aprender com Ele a aceitar nossos fardos, não como castigos, mas como lições de vida, dessas que vamos descobrindo devagarzinho, que doem, mas que nos levam adiante, sempre vitoriosos, porque sabemos que não carregamos sozinhos.

Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. 

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos.

Olhe para frente!

Ame cada pessoa como se para você ela estivesse acabando de nascer e seu coração não estivesse cheio de pré-julgamentos.

 Ame como se passassem uma borracha sobre seus erros e conseguissem ver através de olhos de amor, apenas o bonito que há dentro da pessoa.

Ame como quem ama aquela flor que atravessou sol e chuva e sobreviveu, apesar de tudo.

Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós.

Pense!... Se você está lendo esta mensagem é porque ainda tem tempo!!!

Não o perca mais!...

Ame como você gostaria de ser amado.

Ame como ama Deus, e como Ele mesmo sabendo dos seus erros, pecados e falhas, te ama incondicionalmente.

Recomece e que Deus te abençoe!

Um grande abraço.

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