Os padres de Caraguatatuba participaram de uma reunião com o prefeito Antonio Carlos da Silva para tratar, entre diversos assuntos, da readequação da imagem de Santo Antonio, inaugurada no final de 2008, no alto do morro que leva o nome do santo, no bairro Sumaré, região central da cidade, nessa sexta-feira.
Antonio Carlos recebeu esta semana, na Igreja Matriz, um abaixo-assinado contendo 5 mil assinaturas da comunidade católica – que circulou por diversos pontos da cidade – que já havia sido encaminhado para a prefeitura há cerca de um ano, pedindo a readequação da imagem, que não possui as características da iconografia antonina, ou seja, foge ao padrão da fé católica.
A ideia, que conta com o apoio da Diocese de Caraguatatuba, é contratar um novo artista para fazer alterações no rosto, semblante e vestimenta na imagem feita pelo artista plástico Irineu Migliorini, tornando-a uma réplica fiel da antiga imagem do santo, com idade estimada em 200 anos, que se encontra na Igreja Matriz. “A igreja vai ajudar na escolha de um artista consagrado para que não sejam cometidos erros”, comenta o prefeito.
Um grupo formado por universitários, moradores e fieis da igreja católica já vem se mobilizando pela readequação dessa imagem de Santo Antonio desde junho do ano passado, na época da festa em homenagem ao padroeiro da cidade.
As melhorias da imagem serão de inteira responsabilidade da prefeitura. “Não me manifestei até agora porque podiam dizer que é politicagem da minha parte, mas estou sendo cobrado pela população. Estamos vendo que há uma unanimidade com relação à insatisfação com essa imagem”, explica Antonio Carlos.
Estátua
A imagem de Santo Antonio – que tem 15m de altura e é o maior monumento do Litoral Norte – foi inaugurada no dia do santo, 13 de junho, em homenagem ao padroeiro de Caraguatatuba, em 2008.
Construída com argamassa, a estátua consumiu 400 sacos de cimento e foi projetada para resistir a temporais e ventanias. Sua iluminação é de fibra ótica, com quatro cores sincronizadas. Para garantir a energia, o monumento conta com um campo gerador, com funcionamento programado. A obra consumiu recursos de R$ 124 mil, custeados pelo município e chegou a ser embargada pelo Ibama, sob a alegação de falta de licenciamento. Através de ação judicial impetrada na Justiça Federal, a prefeitura conseguiu uma liminar para concluir a obra.
Irineu Migliorini, o escultor, tem em seu currículo obras em diversas cidades brasileiras, entre elas, a imagem de Frei Galvão, em Guaratinguetá e a Estátua da Liberdade de Joinvile (SC).
Aguilar
“Acho que estão fazendo politicagem usando o nome de um santo que não tem nada a ver com isso”, ataca o ex-prefeito José Pereira de Aguilar. “Ninguém veio me cobrar nada na época em que eu era prefeito. Por que não vieram reclamar para mim? Acho isso muito estranho”, continua. “Fui o único prefeito na história de Caraguá que conseguiu fazer a urbanização do Morro Santo Antonio. Aquele é o melhor ponto turístico de todo o Litoral Norte e eu levei o padroeiro para lá. Acho que alguém está com inveja de uma obra tão bonita que consegui fazer e que a cidade tem muitas outras prioridades a serem olhadas no momento, isso sim”, dispara.
Devoção e História
Em Caraguatatuba, a devoção por Santo Antonio remonta às origens do município, no início do século XVII, quando o primeiro povoado se formou no território hoje abrangido pela cidade, às margens do Rio Juqueriquerê.
Em 1959, durante as comemorações do centenário da emancipação político-administrativa de Caraguatatuba, uma estátua de Santo Antonio foi construída no alto do Morro do Evangelho Velho, sendo a mesma depredada ao longo da década de 1990, quando foi retirada.
Morro Santo Antonio
Com 340 metros de altitude, o morro descortina vista formada por toda a orla de Caraguatatuba, parte de São Sebastião e a face continental de Ilhabela. É ponto de encontro das turmas da asa-delta e do parapente, que lá encontram três rampas para vôo livre.
O morro só tem uma via de acesso, que é a estrada Dr Ivan Ferreira Fonseca, é muito íngreme e tem curvas muito fechadas. A pé, a caminhada pode levar de 30 a 50 minutos.
Santo Antonio
Santo mais popular do país, conhecido como o padroeiro dos pobres, casamenteiro por excelência, nasceu em Lisboa a 15 de agosto de 1195, numa família de muitos bens. Era batizado Fernando de Bulhões. Jovem, ainda, aos 15 anos de idade entrou para o convento agostiniano, em Lisboa, e bem depois em Coimbra, onde se ordenou.
Trocou o nome para Antonio, em 1220, ingressando na Ordem Franciscana, para pregar aos sarracenos, no Marrocos. Precisou deixar o país um ano depois, devido a uma moléstia, indo para a Itália, sendo indicado professor de teologia por São Francisco de Assis. Bolonha, Toulouse, Montpellier e Pádua o conheceram como mestre, transformando-se num orador sacro de renome no sul da França, assim como na Itália.
Os seus sermões eram tidos como célebres em Provença, Languedoc e Paris, onde suas palavras faziam eco, atingindo feitos de muito prodígio, contribuindo para o a sua fama de grande santidade.
Em virtude da saúde abalada recolheu-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu muitos sermões especialmente para domingos e dias santificados, posteriormente publicados entre 1895 e 1913.
Na Ordem Franciscana Antonio liderou grupo insurgente contra os abrandamentos da regra do superior Elias e após uma crise de hidropisia (acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidade do corpo), morreu a caminho de Pádua, a 13 de junho de 1231, sendo canonizado a 13 de maio de 1232, menos de um ano após a sua morte, pelo Papa Gregório IX.
O papa Pio XII declarou-o doutor da Igreja, em 1946, justamente por causa de seus brilhantes textos doutrinários, como Santo Antonio de Pádua ou de Lisboa. Muito difundida a sua veneração nos países latinos, notadamente no Brasil e em Portugal.
Também, para o encontro de objetos perdidos, vale uma reza a Santo Antonio. Padroeiro dos pobres, sobre o seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.
Antonio Carlos recebeu esta semana, na Igreja Matriz, um abaixo-assinado contendo 5 mil assinaturas da comunidade católica – que circulou por diversos pontos da cidade – que já havia sido encaminhado para a prefeitura há cerca de um ano, pedindo a readequação da imagem, que não possui as características da iconografia antonina, ou seja, foge ao padrão da fé católica.
A ideia, que conta com o apoio da Diocese de Caraguatatuba, é contratar um novo artista para fazer alterações no rosto, semblante e vestimenta na imagem feita pelo artista plástico Irineu Migliorini, tornando-a uma réplica fiel da antiga imagem do santo, com idade estimada em 200 anos, que se encontra na Igreja Matriz. “A igreja vai ajudar na escolha de um artista consagrado para que não sejam cometidos erros”, comenta o prefeito.
Um grupo formado por universitários, moradores e fieis da igreja católica já vem se mobilizando pela readequação dessa imagem de Santo Antonio desde junho do ano passado, na época da festa em homenagem ao padroeiro da cidade.
As melhorias da imagem serão de inteira responsabilidade da prefeitura. “Não me manifestei até agora porque podiam dizer que é politicagem da minha parte, mas estou sendo cobrado pela população. Estamos vendo que há uma unanimidade com relação à insatisfação com essa imagem”, explica Antonio Carlos.
Estátua
A imagem de Santo Antonio – que tem 15m de altura e é o maior monumento do Litoral Norte – foi inaugurada no dia do santo, 13 de junho, em homenagem ao padroeiro de Caraguatatuba, em 2008.
Construída com argamassa, a estátua consumiu 400 sacos de cimento e foi projetada para resistir a temporais e ventanias. Sua iluminação é de fibra ótica, com quatro cores sincronizadas. Para garantir a energia, o monumento conta com um campo gerador, com funcionamento programado. A obra consumiu recursos de R$ 124 mil, custeados pelo município e chegou a ser embargada pelo Ibama, sob a alegação de falta de licenciamento. Através de ação judicial impetrada na Justiça Federal, a prefeitura conseguiu uma liminar para concluir a obra.
Irineu Migliorini, o escultor, tem em seu currículo obras em diversas cidades brasileiras, entre elas, a imagem de Frei Galvão, em Guaratinguetá e a Estátua da Liberdade de Joinvile (SC).
Aguilar
“Acho que estão fazendo politicagem usando o nome de um santo que não tem nada a ver com isso”, ataca o ex-prefeito José Pereira de Aguilar. “Ninguém veio me cobrar nada na época em que eu era prefeito. Por que não vieram reclamar para mim? Acho isso muito estranho”, continua. “Fui o único prefeito na história de Caraguá que conseguiu fazer a urbanização do Morro Santo Antonio. Aquele é o melhor ponto turístico de todo o Litoral Norte e eu levei o padroeiro para lá. Acho que alguém está com inveja de uma obra tão bonita que consegui fazer e que a cidade tem muitas outras prioridades a serem olhadas no momento, isso sim”, dispara.
Devoção e História
Em Caraguatatuba, a devoção por Santo Antonio remonta às origens do município, no início do século XVII, quando o primeiro povoado se formou no território hoje abrangido pela cidade, às margens do Rio Juqueriquerê.
Em 1959, durante as comemorações do centenário da emancipação político-administrativa de Caraguatatuba, uma estátua de Santo Antonio foi construída no alto do Morro do Evangelho Velho, sendo a mesma depredada ao longo da década de 1990, quando foi retirada.
Morro Santo Antonio
Com 340 metros de altitude, o morro descortina vista formada por toda a orla de Caraguatatuba, parte de São Sebastião e a face continental de Ilhabela. É ponto de encontro das turmas da asa-delta e do parapente, que lá encontram três rampas para vôo livre.
O morro só tem uma via de acesso, que é a estrada Dr Ivan Ferreira Fonseca, é muito íngreme e tem curvas muito fechadas. A pé, a caminhada pode levar de 30 a 50 minutos.
Santo Antonio
Santo mais popular do país, conhecido como o padroeiro dos pobres, casamenteiro por excelência, nasceu em Lisboa a 15 de agosto de 1195, numa família de muitos bens. Era batizado Fernando de Bulhões. Jovem, ainda, aos 15 anos de idade entrou para o convento agostiniano, em Lisboa, e bem depois em Coimbra, onde se ordenou.
Trocou o nome para Antonio, em 1220, ingressando na Ordem Franciscana, para pregar aos sarracenos, no Marrocos. Precisou deixar o país um ano depois, devido a uma moléstia, indo para a Itália, sendo indicado professor de teologia por São Francisco de Assis. Bolonha, Toulouse, Montpellier e Pádua o conheceram como mestre, transformando-se num orador sacro de renome no sul da França, assim como na Itália.
Os seus sermões eram tidos como célebres em Provença, Languedoc e Paris, onde suas palavras faziam eco, atingindo feitos de muito prodígio, contribuindo para o a sua fama de grande santidade.
Em virtude da saúde abalada recolheu-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu muitos sermões especialmente para domingos e dias santificados, posteriormente publicados entre 1895 e 1913.
Na Ordem Franciscana Antonio liderou grupo insurgente contra os abrandamentos da regra do superior Elias e após uma crise de hidropisia (acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidade do corpo), morreu a caminho de Pádua, a 13 de junho de 1231, sendo canonizado a 13 de maio de 1232, menos de um ano após a sua morte, pelo Papa Gregório IX.
O papa Pio XII declarou-o doutor da Igreja, em 1946, justamente por causa de seus brilhantes textos doutrinários, como Santo Antonio de Pádua ou de Lisboa. Muito difundida a sua veneração nos países latinos, notadamente no Brasil e em Portugal.
Também, para o encontro de objetos perdidos, vale uma reza a Santo Antonio. Padroeiro dos pobres, sobre o seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.
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