GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Brasil já vive a crise climática global Ano de 104 já é marcado com extremo de temperaturas e precipitações

Calor extremo e seca no Sudeste brasileiro. Nevascas e frio intenso na costa leste dos Estados Unidos. Ondas de calor no Alasca e na China em pleno inverno. Enchentes na Inglaterra. Temperaturas escaldantes e incêndios florestais por toda a Austrália. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo; e não é por acaso, segundo os meteorologistas.
"Todos esses eventos estão conectados dentro de um sistema climático global", disse ao Estado a pesquisadora Maria Assunção da Silva Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo. Um sistema que, segundo ela - e a esmagadora maioria dos cientistas - está sendo alterado pelo acúmulo de gases do efeito estufa lançados na atmosfera pelo homem nos últimos 150 anos.
Treze dos 14 anos mais quentes já registrados pelo homem ocorreram nos últimos 14 anos, com a exceção de 1998. O ano passado foi o sexto mais quente. E o clima de 2014 parece ter começado fora dos trilhos também, com eventos extremos de temperatura e precipitação - para mais ou para menos - espalhados por todos os continentes.
O foco dessas perturbações atuais, segundo Assunção, está do outro lado do mundo. Mais especificamente no norte da Austrália e no sul da Indonésia, onde está chovendo muito, e na região central do Oceano Pacífico, onde está chovendo pouco.
Isso altera os padrões das correntes de jato (ventos fortes de altitude) nos dois hemisférios; o que altera os padrões de chuva típicos desta época, tornando o tempo extremamente estável e persistente em regiões de latitudes mais altas. O clima parece que "estacionou" nessas regiões, intensificando todos os efeitos. Um cenário que demonstra claramente como as mudanças climáticas são um problema global, que afetará todos os países, independentemente de sua posição geográfica ou situação econômica, dizem os especialistas.
Os modelos globais de previsão climática variam bastante entre si, mas todos preveem um aumento na ocorrência de eventos climáticos extremos nas próximas décadas, por causa do aquecimento global. "Os extremos vão ficar mais intensos e ocorrer com mais frequência", resume Assunção.
Ligação. O que está acontecendo agora, portanto, é exatamente o que os cientistas do clima preveem que começará a ocorrer com mais frequência daqui para a frente. Estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre o aquecimento global e um evento climático qualquer, porém, é extremamente difícil.
"Sempre que há algum fenômeno extremo em curso as pessoas perguntam se isso tem a ver com o aquecimento global, mas essa é uma pergunta muito difícil de responder", explica o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A resposta, segundo ele, depende de um análise estatística do comportamento do clima ao longo de várias décadas, para ter certeza de que se trata de uma mudança sistemática e não apenas de flutuação pontual. "Mesmo dez anos é pouco tempo", avalia Seluchi, com a ressalva de que não é possível esperar por essa certeza para começar a agir, pois já será tarde demais para reverter o processo. O economista Nicholas Stern coloca os fatos de forma contundente. "A mudança climática está aqui, agora", diz o título de um artigo escrito por ele, manchete do jornal britânico The Guardian, anteontem, com uma foto do Rio Tâmisa transbordando sobre Londres.

Comandante de UPP se fere em novo tiroteio na Rocinha

O comandante das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, coronel Frederico Caldas, ficou ferido durante novo tiroteio ocorrido no fim da manhã deste domingo, 16, na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul.
De acordo com o comando das UPPs, Caldas "caiu e bateu a cabeça quando tentava se abrigar". A corporação afirma que o coronel "se feriu por conta da queda, e não por estilhaço ou por disparo de arma de fogo".
Um jornal comunitário da Rocinha chegou a divulgar no Facebook, por volta de 12h40, que Caldas e a comandante da UPP local, major Priscila de Oliveira, tinham sido baleados quando se preparavam para dar uma entrevista. A Assessoria de Imprensa das UPPs negou a informação. Caldas foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar e ainda não há informações sobre o estado de saúde do coronel. Priscila não está ferida, segundo a PM.
Policiais dos batalhões de Choque e de Operações Especiais (Bope) fazem incursões no morro em busca de traficantes. Em tiroteio ocorrido na madrugada, pelo menos dois homens ainda não identificados ficaram feridos e um suspeito foi preso. Bases da UPP foram atacadas. Um carro da PM também foi metralhado.

Alckmin reforçará combate às drogas perto da Paulista Além da assistência ambulatorial aos dependentes, governador ressaltou ação policial contra traficantes

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta manhã de domingo, 17, que vai reforçar o combate ao tráfico de drogas na região da Avenida Paulista em resposta à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que mostrou a situação de feira livre no comércio de entorpecentes na Rua Peixoto Gomide. A reportagem flagrou vendedores oferecendo em voz alta maconha, comprimidos de ecstasy, cartelas coloridas de LSD e gotas de GHB - anestésico também usado como estimulante sexual.
"O Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) já foi acionado, terá uma ação grande e vigorosa nesta região, como fazemos em todas as regiões do Estado", afirmou o governador. Alckmin disse ainda que a conduta do governo estadual é sempre apoiar os dependentes químicos. "Dependência química é doença e precisa de tratamento", disse.
A atuação do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) foi citada como exemplo. "O Centro está funcionando 24 horas por dia, no Bom Retiro, e recebe quem precisar para tratamento ambulatorial, internação e comunidade terapêutica." Segundo Alckmin, o Centro conta com 1,3 mil leitos hospitalares voltados a dependentes químicos.
Além da assistência ambulatorial aos dependentes, Alckmin ressaltou a importância da ação policial contra os traficantes. "O tráfico de drogas é crime e precisa ser combatido. É o que a polícia faz, que é prender criminosos", disse.
O governador participou hoje, na capital paulista, do início das obras de construção de 804 moradias de um empreendimento no bairro do Jaraguá.

Conclusão da vida

Após anos de vida eu chego a seguinte conclusão: 

Gente falsa não fala, insinua. 
Não conversa, fera intriga. 
Não elogia, adula. 
Não deseja, cobiça. 
Não colabora, interfere. 
Não participa, se infiltra. 
Não sorri, mostra os dentes. 
Não caminha, rasteja pela sabotando a felicidade alheia e sobre de seus restos.

Datafolha diz que carioca aprova manifestações, mas não apoia os black blocs Pesquisa também questionou a ação da polícia nos protestos

Pesquisa realizada pelo Datafolha após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão quando cobria a passeata, mostra que a maioria dos cariocas aprova manifestações, mas reprova as práticas de vandalismo ou uso de máscaras. De acordo com a pesquisa, 56% dos moradores do Rio concordam com os protestos, 40% são contrários e 4% são indiferentes ou não respondem.
A maior parte dos entrevistados (95%) se dizem contrários ao vandalismo, que na pesquisa incluia a ação dos black blocs. Além disso, os cariocas foram questionados sobre a participação de partidos nas manifestações, na qual 84% disseram reparar a participação nas manifestações. As mais citadas forma PSOL (7%), PT (7%) e PSTU (5%).
Na ocasião, a polícia também foi avaliada. Apenas 8% dizem considerar a PM "muito eficiente", 49% a consideram "pouco eficiente", e 40% "nada eficiente". O Datafolha ouviu 645 moradores do Rio com 16 anos ou mais entre os dias 13 e 14. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

'Coringa' volta a atacar, mas é 'rendido' pela própria mãe Repreendido na rua, ativista desiste de entrevista, mas faz novas denúncias

Nos quadrinhos, o malvado Coringa só temia o Batman. Na vida real, para Cleyton Carlos Silbernagel, 24 anos, ativista que se fantasiava como o vilão em manifestações no Rio, bastou uma bronca da mãe para que desistisse de conversar pessoalmente com O DIA. “Cleyton, o que está fazendo? Não vai dar entrevista nenhuma!”, ralhou, antes de surgir em uma bicicleta rosa e levar o filho de volta para casa. Pouco antes, ele postou no Facebook a foto da mãe expulsando uma equipe de reportagem de sua casa.
Mais cedo, pela internet, e longe do olhar materno, Coringa, que diz ser amigo de Caio Silva de Souza, apontado como responsável por acender o rojão que matou o cinegrafista da Band Santiago Andrade, voltou a disparar contra líderes de vários partidos e outros manifestantes. Em entrevista ao DIA, garantiu que parlamentares do Psol deram dinheiro a manifestantes subordinados à militante Elisa Quadros, a Sininho, em encontros secretos promovidos na Aldeia Maracanã e na Uerj.
A mãe de Cleyton o abordou na rua, quando ele daria nova entrevista ao DIA. Antes, havia expulsado de casa uma equipe de reportagem

Coringa afirmou que o deputado federal Anthony Garotinho (PR) pagou R$ 1.200 para que bombeiros e ‘manifestantes profissionais’ acampassem em frente à casa do governador Sérgio Cabral. “Pessoas ligadas ao PR me ofereceram R$ 400 para aderir a manifestações”, disse.
Segundo ele, o filho da deputada estadual Janira Rocha (Psol), João Pedro, seria um dos líderes do movimento ‘Anonymous’ e teria incentivado Caio a praticar ações violentas em manifestações, além de equipar radicais em protestos.
Em entrevista, os vereadores do Psol Renato Cinco e Jefferson Moura negaram as reuniões secretas e disseram que atos violentos não fazem parte de seus históricos de luta. O presidente estadual do partido, Rogério Alimandro, fez coro com os parlamentares. “Somos socialistas. Não nos reunimos e incentivamos manifestantes anarquistas. Estudamos uma ação jurídica”, afirmou.
Janira negou que o filho se envolva com grupos extremistas. Anthony Garotinho não quis falar com a reportagem.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Isso é uma vergonha

Acabei de ver um marronzinho de dentro de uma pick up escolhendo o carro em que ia aplicar multa no Centro de Caraguá... Isso é uma vergonha... O que é para educar esta sendo para penalizar... Isso é uma industria de arrecadação... Eu parei o meu carro do outro lado da rua para esperar uma pessoa e fiquei observando como estes agentes de trânsitos estão trabalhando. Atenção senhor secretario de transito, passou da hora do senhor tomar as medidas legais para coibir esta arbitrariedade em Caraguatatuba.

Chuvas não ajudam e índice do Sistema Cantareira diminui Segundo dados no site da Sabesp, volume de água armazenado caiu para 18,6%

As chuvas dos últimos dias ainda não tiveram efeito positivo sobre as reservas de água do Sistema Cantareira. Segundo dados disponíveis no site da Sabesp, neste sábado, 15, o índice que mede o volume armazenado do sistema que abastece quase metade da Grande São Paulo diminuiu para 18,6% da capacidade, ante 18,7% de sexta-feira.
No entanto, a pluviometria do dia aumentou de 10,6 milímetros (mm) para 18,9 milímetros. No mês até hoje, o indicador avançou de 12,6 mm para 31,6 mm. A média histórica de chuvas para o mês é de 202,6 mm.
O cálculo considera a manutenção das vazões de afluência dos rios e da captação de água da Sabesp e dos municípios do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), entidade que representa as demais empresas e cidades que também utilizam o Sistema Cantareira para abastecimento de água. O total do volume de chuvas necessário soma 1.000 milímetros, praticamente o dobro do que costuma chover entre fevereiro e março.
O desempenho se repete no sistema Alto Tietê, que abastece a Zona Leste e alguns municípios da Grande São Paulo. O nível de armazenamento diminuiu de 40,4% para 40,2%, ao mesmo tempo que a pluviometria do dia avançou de 5,9 mm para 10,7 mm, acumulando no mês um total de 6,4 mm. A média histórica de chuvas para o mês nesse sistema é de 194,3 mm.
O sistema que apresenta hoje, conforme a Sabesp, as melhores condições é o Sistema Rio Claro, que abastece bairros da Zona Leste da capital paulista, assim como parte dos municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André. O nível de armazenamento subiu de 89,8% para 94,1%. A pluviometria do dia avançou de 11 mm para 84,2 mm e no mês até hoje, a pluviometria está em 143 mm. A média histórica de chuvas para o mês nesse sistema é de 244 mm.

Discurso contra gastos esconde fragilidade política

O habitual conflito entre o Executivo e o Legislativo ganhou um componente adicional com os crescentes sinais de fragilidade econômica do País. Trata-se do discurso cada vez mais utilizado pelo governo de que sua base aliada deve evitar aprovar projetos que aumentem os gastos públicos. Ou, como se convencionou chamar, a "pauta-bomba" de medidas com impacto fiscal.
Amparado em argumentos econômicos, o discurso mostra a dificuldade do governo em negociar com uma base aliada tão ampla e fragmentada em partidos de diferentes matizes. A tática visa, ainda, reverberar um compromisso com a austeridade fiscal quando críticos no mercado financeiro e no setor produtivo questionam a forma como a União cumpre a meta de economia do setor público. O governo nega descontrole fiscal.
Ocorre que boa parte do aumento de gastos começou no Executivo. Só no ano passado, o Palácio do Planalto submeteu ao Congresso medidas provisórias que representam R$ 96,4 bilhões em gastos ou renúncia de receita, ao mesmo tempo que vetou benefícios aprovados por deputados e senadores, como o fim da multa adicional de 10% do FGTS. A título de comparação, a economia para pagar juros da dívida, o superávit primário, ficou em R$ 75 bilhões, uma diferença de mais de R$ 20 bilhões.
A surpresa do governo com a conta das usinas térmicas e a renúncia de impostos maior, na realidade, do que o previsto inicialmente, acabou limitando a margem de manobra da equipe econômica. Essa é uma das explicações para o esforço do governo no fim do ano passado para evitar novas leis impondo gastos aos cofres públicos. A "pauta-bomba" do Legislativo implicaria despesas adicionais de R$ 60 bilhões, um dinheiro de que o País não dispõe.
A crise de confiança na economia tem origem nos gastos. O Congresso ajudou aprovando as medidas provisórias.

Mercadante assume Casa Civil para fazer ponte com campanha de Dilma Ministro da Educação, petista será anunciado para um dos cargos mais importantes do governo só em fevereiro, mas nesta segunda já despachava em gabinete do Palácio do Planalto

Mercadante assume Casa Civil para fazer ponte com campanha de Dilma

A presidente Dilma Rousseff começou ontem a desenhar a reforma ministerial do último ano de seu governo, escolhendo "intocáveis" para postos-chave, que não serão substituídos caso ela venha a ser reeleita em outubro. Nessa lista estão o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), que será o novo titular da Casa Civil e fará a ponte com a campanha petista, e o empresário Josué Gomes da Silva (PMDB), prestes a assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Dez ministros devem deixar os cargos para concorrer às eleições. Na reforma, Dilma tenta uma equação que agregue apoio para conquistar o segundo mandato e desemperrar o que está parado na gestão. O anúncio das trocas na Esplanada será em fevereiro.
Mercadante despachou informalmente ontem no gabinete da Casa Civil, no Palácio do Planalto, já que a atual titular, Gleisi Hoffmann, está em férias. Também petista, Gleisi deixará o cargo para disputar o governo do Paraná. Na vaga de Mercadante entrará o atual secretário executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim.
Depois de despachar no gabinete da Casa Civil, Mercadante foi ao Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, para uma reunião de cinco horas da qual participaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma. A reforma ministerial foi um dos temas principais.
Pessoal. A presidente adotou como critério para as futuras trocas não apenas a ampliação do arco de alianças partidárias para a campanha da reeleição, mas também indicações de sua cota pessoal. Na prática, ela quer pôr em cargos estratégicos vários "gerentes" para tocar as principais áreas e mostrar serviço.
Após a disputa vitoriosa de 2010, Dilma compôs a equipe com nomes apadrinhados por Lula. Mas, dois anos depois da "faxina" que derrubou sete ministros suspeitos de corrupção, ela quer impor um estilo próprio ao governo. Tem, no entanto, enfrentado dificuldades, já que o PMDB do vice, Michel Temer, não se conforma em não ter o seu espaço ampliado, das atuais cinco para seis pastas.
O atual secretário da Saúde de São Bernardo do Campo, Arthur Chioro (PT), será ministro da Saúde. Chioro substituirá Alexandre Padilha, que deixará a pasta para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT. Filho do vice-presidente José Alencar, Josué deverá assumir em fevereiro o Ministério do Desenvolvimento, hoje dirigido por Fernando Pimentel (PT), que deixará a pasta para concorrer ao governo de Minas Gerais.
Recém-filiado ao PMDB, Josué preside a Coteminas e Dilma avalia que a experiência dele é fundamental para aproximar os empresários do governo. Representantes da indústria criticam a gestão Dilma e vários deles já se reuniram com Lula para expor as queixas ao que chamam de "centralismo" da presidente.
O encontro de ontem de Dilma com Lula também serviu para fazer um balanço sobre a montagem dos palanques estaduais. Dirigentes do PMDB já decidiram conversar com Lula, a partir da próxima semana, para expor as preocupações. Até agora, só há acordo entre PT e PMDB para três palanques: Distrito Federal, Pará e Amazonas.
O PMDB não deve ganhar o Ministério da Integração Nacional, que já foi controlado pelo PSB do governador Eduardo Campos, provável adversário de Dilma na eleição, mas pode ser "compensado" com outra pasta. Apesar dos protestos do PMDB, que quer emplacar o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) na Integração, Dilma vai oferecer ao partido a Secretaria de Portos.
No "xadrez" planejado pela presidente, o PMDB ganha Portos, mas perde o Ministério do Turismo, que deve ir para Benito Gama, presidente do PTB. A Integração fica sob comando do novo aliado PROS, do governador do Ceará, Cid Gomes, e o Ministério da Ciência e Tecnologia, hoje com o PT, pode ir para o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deve permanecer na equipe. Dilma conversou ontem com o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), que deixará o cargo para disputar o governo do Rio. Segundo a assessoria de Crivella, Dilma aceitou o pedido do ministro de ficar na pasta até abril, último prazo para candidatos às eleições deixarem os cargos. Dilma teria assegurado a Crivella que a Pesca continua com o PRB. O PT quer "puxar" o ministro para vice na chapa liderada pelo senador Lindbergh Farias na disputa fluminense, mas ele resiste.
Além de Lula, Dilma e Mercadante, participaram da reunião o ex-ministro Franklin Martins – que será coordenador de comunicação da campanha presidencial – e Giles Azevedo, chefe de gabinete do governo. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), também é cotado para integrar a equipe da campanha de Dilma.

Dilma oferece Desenvolvimento ao PSD Após recusa de Josué Gomes, presidente propôs ao ex-prefeito Kassab que Guilherme Afif, titular da Micro e Pequena Empresa, assuma a pasta

A presidente Dilma Rousseff decidiu nesta quarta-feira, 5, deixar o PMDB "de molho" na discussão da reforma ministerial e chamou dirigentes de outros partidos para definir as trocas do primeiro escalão, que pretende concluir até o carnaval. Dilma conversou com o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e ofereceu ao PSD o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Desde que o filho do ex-vice-presidente José Alencar, o empresário Josué Gomes da Silva (PMDB), recusou o convite para ocupar a pasta, Dilma tem tido dificuldades em encontrar um substituto do meio empresarial que aceitasse o desafio e que pudesse a auxiliar a melhorar sua difícil relação com o setor. Após avaliar alguns nomes, decidiu investir mesmo em um político: planeja transferir para essa função o ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, que é filiado ao PSD.
Kassab saiu calado do encontro com a presidente, no Palácio da Alvorada. Antes da reunião, disse a amigos que o PSD só ampliaria sua participação no governo em eventual segundo mandato de Dilma.
Presidente nacional do PSD e pré-candidato ao governo paulista, Kassab foi o primeiro a anunciar apoio à reeleição de Dilma, ainda no ano passado. Depois disso, no entanto, ele e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), entraram em rota de colisão por causa da investigação da máfia dos fiscais.
Na tentativa de garantir a adesão do PSD à campanha, Dilma e a cúpula do PT tentam negociar com Kassab um pacote: a transferência de Afif para o Ministério do Desenvolvimento e o apoio à reeleição do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. O governador é do PSD.
O Ministério do Desenvolvimento é considerado estratégico por Dilma, já que ela precisa se aproximar do empresariado na campanha. Alvo de críticas por parte de industriais e banqueiros, a presidente queria inicialmente pôr no ministério um empresário com perfil de articulador político. A pasta é ocupada atualmente por Fernando Pimentel (PT), que deixará o cargo para concorrer ao governo de Minas.
No ano passado, Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convenceram Josué Gomes , filho do ex-vice-presidente José Alencar - morto em 2011 - a se filiar ao PMDB. Queriam que ele virasse ministro, no lugar de Pimentel. Josué, porém, disse preferir ser eleito pelo voto. Ele deve concorrer a vice na chapa de Pimentel.
Em um dia de intensa movimentação no Alvorada, Dilma resolveu esperar que o PMDB decida sua rebelião interna (leia ao lado) para só depois conversar novamente com o vice-presidente Michel Temer sobre reforma ministerial.
Na tarde de ontem, Dilma também se reuniu com a ministra-chefe da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, cotada para substituir Maria do Rosário na pasta dos Direitos Humanos.

Entre o possível e o provável

O Planalto dispõe de uma pesquisa encomendada para consumo interno que registra um crescimento da presidente Dilma Rousseff tão discreto quanto a comemoração que gerou. Pelos números, a aprovação da presidente subiu para a casa dos 48%, o que se festeja menos pelo porcentual e mais por não ter havido queda.
O suspense entre as más notícias que marcaram as últimas semanas, e o resultado da pesquisa, transcende o mero exercício comparativo com a oposição. A variação do índice de aprovação é que condiciona a candidatura de Lula, ainda em 2014, situando-a entre o possível e o provável.
Nesse contexto se registra uma versão das aparências que enganam, com o PMDB no papel do pior vilão para Dilma, pela pressão por mais espaço no governo. Na verdade, porém, o PT representa hoje maior risco para a presidente, pela ameaça permanente de promover a volta de Lula.
O início real da campanha encontra Dilma com um índice ainda vulnerável para a reeleição, impondo-lhe um comportamento mais concessivo ao PT, do que é retrato a reforma ministerial, hostil ao PMDB e a perfis da equipe de governo não alinhados com o núcleo duro da campanha, casos da ex-ministra Helena Chagas e do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, entre outros.
Dilma está hoje em exercício diário de resistência à influência do PT nas decisões de governo, vulnerável à prioridade da campanha. Lula entra nesse cenário como o candidato de 2018 que, no meio do caminho, pode antecipar seu projeto, se as circunstâncias o "forçarem".
Precisará, porém, de um pretexto muito sólido para não caracterizar sua intervenção como um golpe do criador na criatura. Dilma não facilitará o desejo do PT, pois considera que o momento de uma eventual mudança passou, desde que obteve de Lula a declaração pública de que é a candidata.
O momento em que se poderá testar o limite da imposição da vontade do PT à presidente será o desfecho das negociações com o PMDB, que exige o sexto ministério. Dilma já deu todos os sinais de que não quer ceder, mas certamente torce o nariz para aplacar o PT, pois dificilmente poderá resistir ao assédio peemedebista.
Com o PMDB, o engajamento na campanha já está comprometido. O partido . recuou sua convenção nacional como forma de materializar a hostilidade e vaza números que revelam um racha em relação à preservação da aliança.
Por eles, 294 convencionais não estariam com Dilma - 202 contra a aliança e 92 indecisos. Não é suficiente para revogá-la, mas serve para demonstrar à presidente que ela precisa trabalhar pela unidade do partido, em seu favor. Ou seja, se quiser tê-lo suando a camisa na rua.

'Votar por cargos é ruim', afirma deputado petista Recém-nomeado líder do partido, Vicentinho ataca PMDB, que ameaça fazer oposição ao governo por não ter novo ministério

Líder do PT na Câmara, o deputado Vicentinho (PT-SP) critica a ameaça do PMDB de votar contra o governo por não ter sido atendido na reforma ministerial. "Votar por cargos é muito ruim." Ele assumiu a liderança do PT neste mês e, neste ano eleitoral, sua missão será controlar os ânimos da bancada evitando críticas ao governo Dilma Rousseff.
Como o senhor avalia a reação do PMDB ameaçando derrotar projetos do governo?
Espero que o PMDB vote contra o governo quando se tratar de projetos concretos contra o povo, mas ameaçar não votar com o governo por causa de cargos é muito ruim. O PMDB já é um partido contemplado com vários ministérios.
Acha que eles estão esquecendo que são governo, como o senhor diz?
Eu estou lembrando. O PMDB tem muitos deputados sérios.
Concordou com o gesto do deputado André Vargas de afronta ao ministro Joaquim Barbosa?
O gesto é muito comum. Genoino fez, Dirceu fez, Mandela fez, estou até preocupado que queiram tirar os títulos do Corinthians por causa do Sócrates. Ele mesmo declarou que foi meio de brincadeira..
O senhor também é crítico de Joaquim Barbosa?
Me frustra o jeito odioso como ele se comporta. Ele age com ódio, é incompreensível. Ele não aceita uma crítica, um jornalista foi humilhado. É uma postura que nós criticamos.
Como líder, o senhor vai visitar os presos do mensalão?
Irei na hora em que tiver necessidade e que for permitido. Quando você tem um filho, ele é preso, não vai visitar ele? Eles são companheiros nossos.
O senhor fez alguma doação nas campanhas dos condenados?
Não cheguei a fazer por pura falta de oportunidade.
Vai fazer para o José Dirceu, que está aberta?
Quero ajudar, vou ajudar. Por isso também minha profunda crítica à irresponsabilidade das declarações do Gilmar Mendes (ministro do STF que levantou suspeita de lavagem de dinheiro nas doações). O Gilmar quando fala eu já desconto.
O senhor defende o "volta Lula" para 2018?
O Lula, graças a Deus, está com muita saúde. A presidente Dilma vai cumprir esse mandato, se Deus quiser vamos reelegê-la. 2018 é outra história.
Eduardo Campos poderia ser o candidato do PT nessa eleição? É viável uma conciliação para 2018?
Poderia ser nosso candidato em 2018, mas puxou a corda demais. Não sei qual será a gravidade dos debates na campanha. Vamos supor que tenha 2.º turno com o PSDB, o Eduardo pode vir com a gente. Então não se pode nunca fechar as portas.

Pimentel afirma que poderá levar réu para sua campanha

O ex-ministro Fernando Pimentel afirmou ontem que tem "confiança" em seu assessor no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, José Afonso Bicalho, réu no processo do chamado mensalão mineiro que tramita na Justiça mineira. O petista, cuja pré-candidatura ao governo de Minas foi lançada em evento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou a possibilidade de Bicalho ajudar na coordenação da campanha. A notícia de que ele era assessor do ministério que Pimentel deixou nesta semana foi revelada ontem pelo jornal O Globo.
Bicalho era presidente do extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) em 1998, quando, segundo o Ministério Público, foram desviados recursos de estatais mineiras para financiar a campanha pela reeleição do então governador e hoje deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou declarações finais ao Supremo Tribunal Federal no processo que tem como réu o tucano, para quem pediu 22 anos de prisão.
"Ele foi meu secretário na prefeitura, foi secretário do prefeito Marcio Lacerda até ele romper com o PT, foi meu assessor no ministério. Continua como assessor do ministro Mauro Borges. Acredito que vá continuar", afirmou Pimentel. "O fato de estar sendo processado não quer dizer nada, não foi condenado. Tenho convicção da inocência dele. Vamos esperar o resultado da Justiça" completou.
Além de Bicalho, o senador Clésio Andrade, também réu do mensalão mineiro, poderá participar das eleições em Minas: o PMDB já o lançou como pré-candidato ao governo.
De saída. Outro réu do mensalão mineiro, o jornalista Eduardo Guedes, anunciou que rompeu o contrato que tinha com o PSDB nacional, comandado pelo senador Aécio Neves, para não causar constrangimentos ao pré-candidato da legenda à Presidência da República. Guedes tinha contrato com os tucanos desde 2009, quando o partido era comandado por Sérgio Guerra. / M. P.

Gilmar Mendes pede doações de petistas para pagar desvios Em carta a Suplicy, ministro do Supremo diz que apoiadores dos condenados deveriam ajudar a devolver o dinheiro do mensalão

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes afirmou ontem, em carta enviada ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que a arrecadação de doações para ajudar condenados no mensalão a pagar multas fixadas pela Corte "sabota" e "ridiculariza" o cumprimento das penas. Mendes também sugeriu que os petistas façam uma vaquinha para devolver "pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos" pelo esquema do mensalão.
"A falta de transparência na arrecadação desses valores torna ainda mais questionável procedimento que, em última análise, sabota e ridiculariza o cumprimento da pena - que a Constituição estabelece como individual e intransferível - pelo próprio apenado, fazendo aumentar a sensação de impunidade que tanto prejudica a paz social no País", disse o ministro na carta.
Num ofício anterior, Suplicy havia cobrado explicações do ministro sobre declarações que levantaram dúvidas sobre o processo de arrecadação de doações. "E se for um fenômeno de lavagem?", havia perguntado Mendes dias antes. Na quinta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, interpelou judicialmente o ministro para que ele explique as declarações. "Não sou contrário à solidariedade a apenados. Ao contrário, tenho certeza de que Vossa Excelência liderará o ressarcimento ao erário público das vultosas cifras desviadas - esse, sim, deveria ser imediatamente providenciado", afirmou Mendes, em tom irônico, na carta. "Quem sabe o ex-tesoureiro Delúbio Soares, com a competência arrecadatória que demonstrou - R$ 600.000,00 em um único dia, verdadeiro e inédito prodígio! -, possa emprestar tal expertise à recuperação de pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos", acrescentou o ministro, referindo-se ao desempenho da vaquinha do ex-tesoureiro do PT.
O vice-presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, disse ontem que não iria comentar a arrecadação petista para quitar as multas do mensalão. "Eu tenho opinião sobre isso, mas não posso falar porque essa matéria pode vir a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal", disse ele após proferir aula magna em São Paulo.
Sem citar o nome de Gilmar Mendes, Falcão voltou a atacar o Supremo ontem. "Somos obrigados a assistir ao absurdo de ver membros da mais alta corte do País que prejulgam insultando, como fez agora um deles com o PT e com o senador Suplicy", disse em evento do PT em Belo Horizonte. "Uma corte não é um partido político, não é uma torcida organizada. Se ela começa a se transformar nisso, pode vir até a se instalar no Brasil um outro tipo de terrorismo, o terrorismo de Estado."
Resultados. Na arrecadação de doações, Delúbio conseguiu mais de R$ 1 milhão. O ex-deputado José Genoino recebeu mais de R$ 700 mil. Nesta semana foi lançada campanha para ajudar o ex-ministro José Dirceu a pagar a multa de quase R$ 1 milhão.
Na carta, Mendes fez referência a um artigo da Constituição segundo o qual "nenhuma pena passará da pessoa do condenado". "A pena de multa é intransferível e restrita aos condenados", disse o ministro. Ainda segundo o magistrado, a falta de transparência na arrecadação torna ainda mais questionável o procedimento.
Mendes disse que é urgente que se tornem públicos todos os dados relativos às doações que favoreceram os condenados pelo STF para que sejam submetidos a análises pela Receita Federal e pelo Ministério Público. Integrantes do Ministério Público, inclusive o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda analisam pedidos para que as doações aos condenados sejam investigadas.
Mendes, indicado para o cargo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foi alvo de críticas indiretas do ex-presidente Lula na semana passada. "O que não podemos aceitar é que ele (Mendes) continue usando a tribuna do STF para fazer política", disse ontem o coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho, que organiza as vaquinhas dos condenados.