GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Câmara livra 50 mil PMs, guardas e delegados do rodízio de veículos


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou agora pouco, por volta das 19h20, projeto de lei do vereador e coronel da reserva da PM Álvaro Camilo (PSD) que isenta os profissionais da segurança pública (guardas, policiais militares, delegados, carcereiros, etc) do rodízio municipal de veículos, em vigor desde 1997. O projeto foi aprovado em primeira discussão, por votação simbólica, e não teve obstrução. Cerca de 50 mil pessoas devem ser beneficiadas com a isenção.
Na mesma sessão, os vereadores aprovaram, em votação única, a criação da "Frente Parlamentar Cristã em Defesa da Família", que reúne 15 dos 55 parlamentares com reduto eleitoral entre os evangélicos. O bloco pretende atuar em conjunto para defender a extensão do alvará provisório, concedido ao comércio pelo período de 4 anos, aos templos religiosos.
Também foi aprovado o projeto, em nome do vereador Jair Tatto (PT), que cria o Bilhete Único Mensal na capital, uma das promessas de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT). O vereador petista, que está no primeiro mandato, é irmão do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

Ex-presidente Lula escreverá mensalmente para o 'New York Times'


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (23) que fechou contrato para escrever uma coluna mensal à agência de notícias do jornal "The New York Times", uma das principais publicações dos Estados Unidos.
Ontem, nos Estados Unidos, Lula reuniu-se com Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do "New York Times". Eles fecharam o contrato para a coluna mensal do ex-presidente.
Lula deve começar a escrever sua coluna a partir de junho para a agência, que distribui conteúdo com o selo do "NYT". A coluna não será necessariamente publicada no jornal norte-americano.
A coluna não deve ser publicada em veículos de imprensa do Brasil por exigência do próprio Lula, segundo a assessoria de imprensa do ex-presidente. O texto será publicado em português no site do Instituto Lula.
A coluna tratará de política e economia internacional, e de iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo.

Lula com Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do "The New York Times"
Lula durante encontro com Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do "The New York Times"

“Eu, definitivamente, vi o pior e o melhor dos homens”


O depoimento dramático de uma mulher que conta como foi violentada sexualmente e salva durante protesto na Praça Tahrir

No dia 2 de junho de 2012, eu estava na Praça Tahrir, aonde já havia ido várias vezes, para documentar o protesto que ocorria e não alcançava a mídia internacional. Eu não sou egípcia, mas acompanhei uma amiga egípcia durante e após o primeiro turno eleitoral. Eu a filmei em diversos protestos e marchas e por esse motivo estava lá aquele dia. Nós estávamos em um grupo de 5 pessoas, 3 mulheres e 2 homens. Nós nos sentimos seguros e estávamos atravessando a praça em direção à esquina com a rua Muhammed Mahmoud. De repente, ficamos cercados por muitas pessoas e eu percebi um homem nos seguindo. Ele tinha um celular nas mãos que não parava de tocar, mas ele não atendia. Eu o achei estranho e comentei com uma amiga, quando ela virou, ele já tinha saído e nós decidimos sair da área lotada da praça.
Para compreender as nuances e razões do presente depoimento, leia a seguir: Mulheres sofrem com estupros na Praça Tahrir dois anos após revolução egípcia
A melhor maneira foi passar pela cerca de metal e andar na rua. No caminho, eu senti um homem apertando o meu peito. Eu o afastei e continuei a andar. Durante o curto período que fiquei no Cairo, eu passei por assédio sexual muitas vezes e eu sabia que esse era um grande problema. Nós continuamos e de repente, todos os homens ao nosso redor começaram a tocar nosso corpo. Foi como se eles tivessem nos cercado ao mesmo tempo e nos separado uns dos outros.
Isso aconteceu enquanto estávamos passando pela cerca de metal. De lá, eu não vi nenhum dos meus amigos, com exceção de um deles que estava tentando afastar os homens de mim enquanto eles vinham mais e mais.
mulheres estupro protesto egito
Mulheres sofrem com estupros na Praça Tahrir dois anos após revolução egípcia. Padrão nos casos levanta suspeitas de que violência sexual está sendo usada como forma de repressão.
Antes que pudesse perceber, fui jogada contra uma parede, onde uma moto estava estacionada. Eu estava em cima da moto enquanto meu amigo e outros homens tentavam fazer um meio círculo para me proteger. Mas existiam mais homens tentando me machucar do que me proteger e eu fui agarrada por todos os lados e minha calça e camiseta foram arrancadas. Naquele momento, foi como se os homens fossem ainda mais à loucura. Minha calça foi arrancada por muitos homens e eles me estupraram com seus dedos sujos. Eu consegui colocar minha calça de volta e ainda podia ver a cara do meu amigo ainda tentando, com todas as suas forças, tirar pelo menos alguns homens. Eu realmente vi o pior e o melhor dos homens. Meu amigo apanhou e colocou sua vida em risco para tentar me salvar enquanto outros homens estavam lutando para chegar perto de mim com uma única intenção: me machucar o máximo possível.
Por todo o tempo, tentei me proteger, mas eram muitas mãos e muitos animais. Cada vez mais homens vieram se juntar ao assédio e, de repente, eu vi outro rosto que conhecia. Era um amigo norte-americano e tanto ele quanto meu amigo egípcio continuavam me dizendo que tudo ficaria bem, que logo isso tudo iria acabar. Eu não acreditei neles e acho que nem mesmo eles estavam acreditando nisso.
Eu joguei minha câmera para meu amigo norte-americano e disse para ele correr. Eu sabia que ele apenas teria mais problemas ficando. Ele correu com a câmera e neste momento, meu amigo egípcio e eu decidimos escapar. Nós contamos até 3 e eu pulei em seu braços e isso criou um segundo de confusão para os homens que estavam me machucando. Mas, novamente, eles estavam todos em cima de mim. Eu fui jogada em um beco e contra uma parede.
Eu não sabia quem estava querendo me ajudar e quem não estava. A única pessoa que eu confiava era meu amigo. Outros diziam que estavam ajudando, mas, na verdade, estavam tentando ficar no começo da fila para pegar um pedaço do bolo. Outros estavam ajudando de verdade, mas era impossível saber quem eram.
(Vídeo flagra violência sexual coletiva contra mulher na Praça Tahrir. Legenda em Português-Portugal)
Os homens estavam como leões em volta de um pedaço de carne e suas mãos estavam por todo o meu corpo e debaixo das minhas roupas rasgadas. Novamente, minha calça e calcinha foram arrancadas com violência e muitos homens, ao mesmo tempo, me estupraram com seus dedos. De repente, eu fui atirada no chão e os homens me agarraram pelos cabelos, pernas e braços enquanto o estupro continuava. De alguma forma, consegui me levantar e a porta de um corredor se abriu perto de mim e fui empurrada para lá.
No corredor, cerca de 20 homens conseguiram entrar antes da porta se fechar. Eu não vi meu amigo entre eles. Foi a primeira vez que tive a chance de ver os homens por poucos segundos e eles eram de todas as idades. As expressões em seus olhos eram realmente de animais e nenhum um pouco humanas. E a forma como estavam me jogando era como se eu não fosse humana, mas um pedaço de lixo.
Novamente, eu fui cercada por todos os lados no meio do andar. Tinha até um homem deitado no chão, sendo pisado pelos outros, tentando enfiar seus dedos entre as minhas pernas. Isso aconteceu por todos os lados e mais dedos ao mesmo tempo. Eu tinha certeza que eles não iriam parar até eu ficar deitada morta no corredor. Eu, realmente, tentei lutar e proteger meu corpo, mas era impossível. Toda vez que eu tentava chutá-los, mais mãos estavam entre as minhas pernas e todas as vezes que eu tentava bater em alguém ou remover suas mãos, minha camiseta era ainda mais arrancada e meus seios puxados. Por um segundo, eu tive a chance de machucar um homem que estava atrás. Eu pressionei meus dedos, com toda a força que ainda tinha, em um de seus olhos, mas ele apenas continuou a me machucar com os seus dedos.
Dois ou três homens conseguiram me tirar dos outros e me colocar numa cadeira no canto. Agora, eu sei que eles estavam tentando me ajudar, mas eu não sabia disso no momento. Eu estava com tanto medo e não conseguia ver o fim disso. De repente, eu escutei um som alto e eu vi um idoso com um pedaço de madeira nas mãos. Eu o vi batendo em um jovem e eu fui empurrada em um quarto, enquanto alguns homens estavam tentando segurar outros. Finalmente, eu tive a chance de colocar minha calcinha e calça e um homem me deu uma bandeira do Egito para me cobrir. Me disseram para subir as escadas.
O idoso com o pedaço de madeira estava na frente e cerca de quatro ou cinco homens lhe seguiram. Outros ficaram e estavam tentando segurar o resto.
lara logan estuprada egito
Entre as centenas de mulheres que já foram estupradas na Praça Tahrir está Lara Logan, Correspondente da rede de TV americana CBS. A jornalista foi violentada em 2011 (Foto: Lara Logan no Egito / Reprodução)
Subindo as escadas, eu não tinha nenhuma ideia do que aconteceria. A única coisa que eu sabia era o que estava lá embaixo e que não poderia voltar. Eu continuava caindo porque não tinha nenhuma energia mais. As escadas não terminavam nunca e eu continuava caindo e chorando. Eu não confiava em nenhum homem. Um deles continuava dizendo “tudo está bem, os egípcios são bons”. Uma hora eu caí, e um homem atrás de mim tocou em meus seios, eu o empurrei e olhei para seu rosto e ele pediu desculpas e disse que foi um acidente. Não era e eu estava com nojo dele e ainda mais assustada com o que estaria me esperando no fim das escadas. Mas, por sorte, eles estavam me ajudando e eu estava tão aliviada de, finalmente, ver uma mulher quando entramos no apartamento no fim das escadas. Ela era a mulher do homem que me levava pelas escadas e eles não deixaram nenhum dos homens entrar.
A mulher me levou ao banheiro e me deu algumas de suas roupas. Quando eu cheguei no banheiro, não conseguia ficar em pé por nem mais um minuto. Eu caí no chão e comecei a chorar e chorar. Eu não sei por quanto tempo eu fiquei lá, mas, de repente, uma das minhas amigas apareceu na porta. Eu nunca tinha ficado tão feliz de ver alguém que conheço. Ela me abraçou e me ajudou a trocar de roupa e a lavar a sujeira de meu rosto, braços e mãos.
Nós ficamos no apartamento com essas pessoas maravilhosas que nos deram água e Pepsi para beber. Eles também me deram um lenço e sapatos, pois tinha perdido um par durante o ataque. Minha amiga tinha um telefone e conseguiu conversar com nossos outros amigos. Depois de um tempo, me disseram que era seguro deixar o apartamento, mas eu recusei diversas vezes até que me convenceram. Eu estava com tanto medo de aqueles animais estarem me esperando.
O idoso e seu filho nos seguiram até o final do beco e eu estava tão feliz de ver nossos dois amigos nos esperando. Nós andamos muito rápido, cobrindo minha cabeça com o lenço e entramos no carro do meu amigo estacionado parto. Nós fomos até o apartamento onde vivíamos e encontramos o resto de nossos amigos.
Nos dias seguintes, eu pude ver meus bravos amigos e outras mulheres começarem a conversar sobre esse grande problema. Eu fiquei na minha e retornei ao meu país depois de uma semana. Agora, estou recebendo ajuda médica e psicológica para me recuperar do ataque. Minha identidade permanece em segredo pela minha segurança e para poder retornar ao Cairo algum dia.
Eu desejo o melhor para as mulheres do Egito. Sem elas, não haveria nenhuma revolução. Atacá-las agora é apenas arruinar a continuidade da revolução. Eu ouvi algumas pessoas dizendo às mulheres para não contarem suas histórias sobre os assédios, ataques e estupros porque poderiam arruinar a imagem da revolução.
Eu tenho apenas uma coisa para dizer a essas pessoas: ninguém senão vocês estão arruinando a revolução. O que vai sobrar na praça sem as bravas mulheres?
Eu acredito que as mulheres não vão permanecer caladas e não vão desistir, mas é importante que todos os homens no Egito tomem uma posição sobre esse assunto. Diga alto, escreva em um cartaz, vista em uma camiseta. Faça o que for preciso para dizer às mulheres e o mundo que não são todos os homens no Egito que batem, assediam e estupram uma mulher apenas por andar nas ruas, por participar em protestos ou simplesmente, por exigir seus direitos.

Cristiano Ronaldo e Israel: “não troco camisa com assassinos”


Em outra oportunidade, Cristiano Ronaldo já havia leiloado chuteiras com o objetivo de angariar recursos para entidades de educação palestinas e vítimas de bombardeios israelenses

Ao final da partida entre Portugal e Israel pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 em 25 de março, o jogador português Cristiano Ronaldo recusou-se a trocar sua camisa com a de um jogador de Israel. Questionado sobre a recusa, afirmou: “Não troco minha camisa com assassinos”. O jogo terminou empatado em três gols. O fato, que ocorreu há 1 mês, não teve repercussão na mídia brasileira.
cristiano ronaldo camisa israel
Ao contrário dos seus companheiros de seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo deixa gramado sem trocar camisa com israelense (Foto: Nouvelles d’aujourd’hui)
Após o apito final, o camisa sete teria sido procurado por um dos israelenses para a troca de camisa. A razão apresentada ao jogador israelense foi que, no uniforme, existe uma bandeira de Israel bordada. A declaração mais dura, mencionando a palavra “assassinos” teria sido registrada no vestiário após o jogo de sexta-feira (18), quando jornalistas perguntaram ao jogador o motivo de ter recusado a troca de camisas.
A foto apresentada pelo Nouvelles d’aujourd’hui mostra outro jogador português carregando uma camisa da seleção de Israel, sem flagrar a polêmica.
Em março, antes da partida entre as duas seleções, uma guerra virtual havia sido provocada por uma mensagem postada pelo jogador português nas redes sociais. Na ocasião, elepublicou uma foto em uma praia em Telavive com Miguel Veloso, Pepe e Silvio Sá Pereira com a legenda: “Uma bela manhã em Israel com os meus colegas”.
Na ocasião, os críticos foram os simpatizantes da causa palestina, que pediram retratação de Cristiano Ronaldo. A rigor, a cidade em questão é a sede administrativa do governo de Israel (a capital oficialmente é Jerusalém), mas os autores das críticas são pessoas que consideram ilegítima a criação desse Estado, estabelecido pela Organização das Nações Unidas em 1948.
vídeo abaixo não flagra o momento da negativa, mas mostra uma conversa de Ronaldo com um jogador adversário e sua saída sem efetuar a troca, fato estranho para um ídolo mundial como ele.:
Entidades de educação palestinas e vítimas de bombardeios israelenses chegaram a receber os recursos da venda das chuteiras de ouro do atleta português em novembro de 2012. O bem, obtido em 2011 por ter sido eleito o melhor jogador da temporada, era estimado em 1,4 milhão de euros.

Jovem que se jogou de torre era gay e rejeitado por família evangélica


Jovem que se jogou de torre em Porto Velho era gay e era rejeitado pela família evangélica. É possível que o desamparo o tenha levado a cometer o suicídio; rapaz também era HIV positivo

saulo assis lima suicídio gay
Saulo de Assis Lima passou pelo menos nove horas na torre (Foto: Reprodução / Rondônia em Pauta)
“Esse rapaz que se matou, Saulo, foi meu aluno aos 15 anos em 2005. Que saudades, aluno simples, quieto, porém sempre perguntava a mim por que eu era tão grandona. A família dele o expulsou de casa por ser aidético e por ter sido homossexual. Certa vez na estrada de ferro Madeira Mamoré ele me disse que estava cansado de viver e que pedia todos os dias para que Deus o levasse. A família dele, evangélica, não aceitou sua vida e virou as costas para ele. Quem o ajudava era uma amiga que foi embora para outra cidade. Descanse em paz, Saulo”, escreveu no Facebook a professora Victoria Angelo Bacon.
Saulo de Assis Lima, 23 anos, morador do bairro Nacional, na capital, que , na manhã de sexta-feira, 19, subiu numa torre de telefonia e internet no bairro Liberdade e passou parte do dia ameaçando se matar. Ele cumpriu a ameaça à tarde, quando pulou para a morte após se desvencilhar de um dos bombeiros que tentava salvá-lo. O jovem passou pelo menos nove horas na torre. Por volta das 16 horas, se jogou de uma altura de cerca de 70 metros e morreu na hora.

Professora que teria abusado de aluna de 7 anos se defende: “não gosto de negras”


Acusada de abusar de aluna de sete anos, professora diz que não gosta de negras. Esther Irene afirmou que é tão racista a ponto de não ser capaz de encostar em um negro

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Professora admite ser racista para tentar se livrar de acusação de abuso sexual contra aluna de 7 anos (Foto: Huffington Post)
A professora de uma escola de Humble, no Texas, Estados Unidos, fez uma forte declaração para se defender de uma acusação de abuso sexual de uma aluna.
Esther Irene Stokes, de 61 anos, disse que não poderia ter tocado as partes íntimas de uma garota de sete anos cuja mãe alega ter sido abusada na classe porque não gosta de alunos negros.
Segundo o site Huffington Post, a professora da Northwest Preparatory Academy disse ainda que foge dos abraços de alunos negros.
De acordo com o detetive do departamento policial de Humble, J. Blanchard, a aluna disse que estava sozinha na classe com a professora e que Stokes a tocou em partes íntimas por cima da roupa.
Para refutar a acusação, Stokes disse que não toca crianças negras nem nas mãos por conta de suas tendências racistas.
Apesar de a escola onde teria acontecido o abuso dizer que a professora foi demitida, o nome de Stokes continua na lista de profissionais da instituição.
A mãe da garota, Shawntel Reace, disse que vai retirar seus quatro filhos da escola.

Conheça o País que consegue reabilitar 80% dos seus criminosos


A taxa de reincidência de prisioneiros libertados nos Estados Unidos é de 60%. Na Inglaterra, é de 50% (a média europeia é de 55%). A taxa de reincidência na Noruega é de 20%

biblioteca presídio noruega
Biblioteca de presídio na Noruega. Imagem: ForeignPolicy
A ação criminal contra o ativista de extrema-direita Anders Behring Breivik despertou a atenção dos americanos e do mundo para as “prisões de luxo” da Noruega
No princípio, os americanos ficaram horrorizados com a ideia de que o “monstro da Noruega” fosse parar em um estabelecimento correcional, cujas celas são bem melhores do que qualquer dormitório universitário dos Estados Unidos. Uma apresentadora de uma emissora de TV repetiu a zombaria que mais se ouvia no país: “Eu quero ir para a Noruega cometer um crime” (Veja o vídeo). Mas as autoridades norueguesas se explicaram a jornalistas americanos e ingleses. Hoje, os proponentes da reforma do sistema prisional dos EUA, há muito debatida, miram-se no exemplo da Noruega. Em termos de resultados, os obtidos pela Noruega são bem melhores.
A taxa de reincidência de prisioneiros libertados nos Estados Unidos é de 60%. Na Inglaterra, é de 50% (a média europeia é de 55%). A taxa de reincidência na Noruega é de 20% (16% em uma prisão apelidada de “ilha paradisíaca” pelos jornais americanos, que abriga assassinos, estupradores, traficantes e outros criminosos de peso). Os EUA têm 730 prisioneiros por 100 mil habitantes. Essa taxa é bem menor nos países escandinavos: Suécia (70 presos/100 mil habitantes), Noruega (73/100 mil) e Dinamarca (74/100 mil). Mais ao Sul, a europeia Holanda tem uma taxa de 87/100 mil, e uma situação peculiar: o sistema penitenciário do país tem “capacidade ociosa” e celas estão disponíveis para aluguel. A Bélgica já alugou espaço em uma prisão da Holanda para 500 prisioneiros. Ou seja, o melhor espelho para os interessados de qualquer país em melhorar seus próprios sistemas, está na Escandinávia e arredores, não nos Estados Unidos.
A diferença entre os países está nas teorias que sustentam seus sistemas de execução penal. Segundo o projeto de reforma do sistema penal e prisional americano, descritos na Wikipédia, eles se baseiam em três teorias: 1) Teoria da “retribuição, vingança e retaliação”, baseada na filosofia do “olho por olho, dente por dente”; assim, a justiça para um crime de morte é a pena de morte, em sua expressão mais forte; 2) Teoria da dissuasão (deterrence) que é uma retaliação contra o criminoso e uma ameaça a outros, tentados a cometer o mesmo crime; em outras palavras, é uma punição exemplar; por exemplo, uma pessoa pode ser condenada à prisão perpétua por passar segredos a outros países ou a pagar indenização de US$ 675 mil dólares a indústria fonográfica, como aconteceu com um estudante de Boston, por fazer o download e compartilhar 30 músicas – US$ 22.500 por música; 3) Teoria da reabilitação, reforma e correição, em que a ideia é reformar deficiências do indivíduo (não o sistema) para que ele retorne à sociedade como um membro produtivo.
As duas primeiras explicam o sistema penal e o sistema prisional dos Estados Unidos. Existem esforços para implantar e manter programas de reabilitação, mas eles constituem exceção à regra. Na Noruega, a terceira teoria é a regra. Isto é, a reabilitação é obrigatória, não uma opção. Assim, o “monstro da Noruega”, como qualquer outro criminoso violento, poderá pegar a pena máxima de 21 anos, prevista pela legislação penal norueguesa. Se nesse prazo, não se reabilitar inteiramente para o convívio social, serão aplicadas prorrogações sucessivas da pena, de cinco anos, até que sua reintegração à sociedade seja inteiramente comprovada.
“Fundamentalmente, acreditamos que a reabilitação do prisioneiro deve começar no dia em que ele chega à prisão”, explicou a ministra júnior da Justiça da Noruega, Kristin Bergersen, à BBC. “A reabilitação do preso é do maior interesse público, em termos de segurança”, disse. O sistema de execução penal da Noruega exclui a ideia de vingança, que não funciona, e se foca na reabilitação do criminoso, que é estimulado a fazer sua parte através de um sistema progressivo de benefícios — ou privilégios — dentro das instituições penais. O país tem prisões comuns, sem o mau cheiro das prisões americanas, dizem os jornais, e duas “instituições” que seriam lugares para se passar férias, não fosse pela privação da liberdade: a prisão de Halden e a prisão de Bostoy, em uma ilha.

Halden Fengsel

Qualquer projeto de construção de edifícios, na Noruega, reserva pelo menos 1% do orçamento para a arte. A construção da prisão de Halden foi concluída com obras do artista grafiteiro Dolk em um muro do pátio e toilettes, que incluiu mais de R$ 2 milhões no orçamento. As paredes dos corredores do prédio são cobertas por quadros enormes, de flores a ruas de Paris, e azulejos de Marrocos. A prisão foi construída em uma área de floresta, em blocos que “servem de modelo ao chique minimalista”, descreve a BBC. A prisão já ganhou prêmios de “melhor design interior”, com uma decoração que tem mesas de laminado branco, sofás de couro tangerina e cadeiras elegantes espalhadas pelo prédio (Clique aqui para ver as fotos).
dentista presídio noruega
A prisão tem ainda estúdio de gravação de músicas, ampla biblioteca, chalés para os detentos receberem visitas da família, ginásio de esporte, com parede para escalar, campo de futebol e oficinas de trabalho para os presos. Tem trabalho (com uma pequena remuneração), cursos de formação profissional, cursos educacionais (como aulas de inglês para presos estrangeiros, porque os noruegueses em Halden já são todos fluentes). No entanto, a musculação não é um esporte permitido porque, segundo os noruegueses, desperta a agressividade nas pessoas. Promover muitas atividades esportivas, educacionais e de trabalho aos detentos é uma estratégia. “Presos que ficam trancados, sem fazer nada, o dia inteiro, se tornam muito agressivos”, explica o governador da prisão de Halden, Are Hoidal. “Não me lembro da última vez que ocorreu uma briga por aqui”, afirma.
Dizer que o um criminoso já está atrás das grades pode ser uma afirmação falsa. As celas da prisão de Halden não têm grades. Têm amplas janelas, com vistas para a floresta, e bastante luminosidade. As celas individuais são relativamente maiores do que a de muitos hotéis europeus, têm uma boa cama, banheiro com vaso sanitário decente, chuveiro, toalhas brancas grandes e macias e porta. Tem, ainda, televisão de tela plana, mesa, cadeira e armário de pinho, quadro para afixar papéis e fotos, além de geladeiras. Os jornais dizem que, de uma maneira geral, são acomodações bem melhores do que quartos para estudantes universitários nos EUA. E é normal que prisioneiros portem suas próprias chaves. As celas são separadas em blocos: oito celas em cada bloco (os blocos mantêm separados, por exemplo, os estupradores e pedófilos que, também na Noruega, não são perdoados pelos demais detentos).
Cada bloco tem sua cozinha. A comida é fornecida pela prisão, mas é preparada pelos próprios detentos. Eles podem comprar ingredientes na loja da prisão para refeições especiais. Podem comprar, por exemplo, de pasta de wasabi para fazer sushi a carne de primeira (por R$ 119 o quilo), com contribuições de todos que se sentam à mesa — normalmente, grupos de dez. Os livros mais emprestados na biblioteca de Halden são os de culinária. Os presos também podem ir à loja para reabastecer suas geladeiras nas celas com iogurtes e queijos, por exemplo. No restaurante, membros do staff da prisão (incluindo os graduados), sempre desarmados, sentam-se à mesa com os presidiários.
Para cuidar de 245 detentos, os 340 “membros do staff” passaram por dois anos de preparação para o cargo em uma faculdade, no mínimo. E entre eles, há profissionais da saúde e professores. São homens e mulheres, ainda jovens, que percorrem “sorridentes” o campus da prisão de Halden em scooters modernos, de duas rodas, com funções bem definidas, como as de coordenar as atividades e servir de orientadores, motivadores e modelos para os detentos, diz o governador da prisão. Uma das obrigações fundamentais de todos os membros do staff, a começar pelo governador, é mostrar respeito às pessoas que estão ali, em todas as situações. A equipe entende que ao mostrar muito respeito ao detento, ele vai aprender a se respeitar. Quando isso acontecer, ele vai estar preparado para respeitar os outros.
A prisão de Halden foi projetada para incorporar a ideia que os noruegueses têm de execução penal, diz a Time Magazine. A pena é a privação da liberdade. Não é o tratamento cruel, que só torna qualquer pessoa em criminoso mais endurecido, diz o governador de Halden. O objetivo é a reabilitação, não a vingança. Mas, os esforços de reabilitação não são exclusivos do sistema. Os detentos são obrigados a mostrar progressos nos treinamentos de qualificação profissional e de reabilitação, para ter direito a desfrutar das “prisões mais humanas do mundo”. Se, ao contrário, quebrarem as regras ou se recusarem a fazer sua parte nos esforços de reabilitação, podem regredir para prisões tradicionais.
Se a defesa de Breivik, o “monstro da Noruega”, for bem-sucedida e ele pegar uma pena de 21 anos prisão em vez de ser considerado mentalmente insano e ser enviado para um manicômio judiciário, como quer a promotoria ele dificilmente vai aterrissar em Halden ou na ilha de Bastoey. Elas não têm alas de segurança máxima. Ele deve permanecer em um prisão Ila, em Oslo, que já foi, no passado, um campo de concentração nazista, movimento com o qual ele se identifica. E esse é seu destino mais provável, porque o governo da Noruega anunciou nesta quarta-feira (27/6) planos para construir uma ala psiquiátrica nessa prisão, noticiou o Washington Post. Mas, caso venha a ser um candidato à reabilitação social no futuro, poderá terminar na prisão de Halden ou, melhor ainda para ele, na prisão de Bastoy.

Prisão de Bastoy

Para chegar a “paradisíaca” ilha de Bastoy, é preciso fazer uma viagem de uma hora de balsa, que é conduzida quase que exclusivamente por detentos. Os visitantes — não os familiares dos presos que embarcam com a ajuda dos detentos — se perguntam por que eles não aproveitam a oportunidade para fugir, diz uma reportagem da Vice TV, repercutida pela CNN. Não registros de tentativas de fuga de Bastoy, como não há da prisão de Halden. Os detentos dessas prisões estão negociando seu reingresso na sociedade, não o regresso para prisões comuns.
Os detentos vivem, em pequenos grupos, em espécies de chalés espalhados pela ilha, com quartos individuais, cozinha completa, televisão de tela plana e todos os confortos de uma casa pequena. O lugar tem uma grande biblioteca, escola, sala de música, sala de cinema, sala de ginástica, capela, loja, enfermaria, dentista, oficinas para conserto de bicicletas (o meio de transporte dos presos pela ilha) e de outros equipamentos, carpintaria, serviços hidráulicos, estábulo (onde os prisioneiros cuidam dos animais), campo de futebol, quadra de tênis e sauna. Trabalham no estábulo, na oficina, na floresta e nas instalações do prédio principal, praticam esportes, fazem cursos, pescam, nadam na praia exclusiva da “prisão” e tomam banho de sol no verão — para o inverno, há uma máquina de bronzear.
A comida é preparada e servida pelos detentos e todos se sentam às mesas em companhia dos guardas, funcionários administrativos e do governador da prisão. Todos os recém-chegados passam uma semana em uma casa-dormitório com 18 quartos, fazendo um curso intensivo sobre como viver em Bastoy: aprendendo as regras, a cozinhar, a limpar e a conviver com os “colegas” e com a equipe de funcionários.
Todas as manhãs, os detentos se levantam, tomam um café da manhã “reforçado”, preparam um lanche para levar para o trabalho, que começa pontualmente às 8h30. Trabalham até as 14h30 (por cerca de R$ 21 por dia), almoçam a partir das 14h45 e, depois disso, estão “livres” para praticar outras atividades, até às 23h, quando devem se recolher a seus aposentos. Com o trabalho dos detentos, a prisão é autossustentável e tão ecológica quanto possível, diz o governador da prisão de Bastoy, Arne Kvernvik-Nilsen. Os detentos fazem reciclagem, usam energia solar e, a não ser pelos tratores, seus meios de transporte para trabalho, diversão e tudo mais são apenas cavalos e bicicletas. Bastoy é a prisão mais barata da Noruega.
A prisão tem um staff de 70 pessoas (35 dos quais são guardas), para cuidar de 120 detentos. À noite, apenas cinco guardas permanecem no local. O norueguês Gunnar Sorbye trabalha há cinco anos na prisão como chefe da divisão e instrutor dos presos nas artes da carpintaria, serviços hidráulicos e do “faça-você-mesmo”. Sob sua orientação, os presos que gostam do ramo cuidam da manutenção das instalações e se qualificam profissionalmente. O lugar também abriga professores, enfermeiras, padre, dentista e fisioterapeuta. E tem uma creche para cuidar dos filhos dos presos, enquanto eles passam algum tempo a sós com suas mulheres ou namoradas. As visitas são feitas um dia por semana, com três horas para presos sem filhos e todo o dia para os que tem filhos.
Na prisão, existem duas pequenas celas com grades, bem escondidas. Elas são destinadas a presos que quebram a regra cardinal: são proibidas a violência, bebidas alcoólicas e drogas. A última vez que uma delas foi usada foi há dois anos, quando um detento foi encontrado tomando uma bebida alcoólica. Ele foi colocado em uma das celas, até ser removido para uma prisão comum. Mas também já aconteceu o pouco provável: um preso declarou que sentia falta da prisão comum, onde tinha acesso a drogas.
Os prisioneiros provenientes das prisões normais, são os que mais se entusiasmam com prisões como a de Bastoy e Halden, abraçando até com certo ardor a proposta da reabilitação em troca conforto que o sistema oferece. Réus que recebem pena de prisão e são diretamente encaminhados para Bastoy ou Halden, se sentem infelizes, como qualquer preso que chega em qualquer prisão. Como não viveram em uma prisão que trancafia as pessoas 23 horas por dia, tudo o que percebem é que estão trocando a liberdade por uma prisão — mesmo que ela tenha todos esses confortos, diz o governador da prisão.
O sistema de execução penal da Noruega dificilmente será adotado pela Inglaterra (que tem 155 presos por 100 mil habitantes, mais de 87 mil prisioneiros e também não tem recursos para isso, segundo já declaram as autoridades inglesas); nem pelo Brasil (que tem 261 presos por 100 mil habitantes, uma população de mais de 513 mil prisioneiros e não tem dinheiro nem para colocar defensores públicos nas instituições); muito menos pelos Estados Unidos (que tem 730 presos por 100 mil habitantes, uma população de 2,3 milhões de prisioneiros, falta de recursos e uma crença indelével na teoria da vingança). Mas, há uma percentagem de americanos que acreditam em reabilitação. Como escreveu o articulista da Time Magazine: “Acho que devemos parar de criticar a Noruega e nos fazer um grande favor, observando como uma sociedade civilizada lida com seus criminosos, mesmo com monstros’ como Anders Breivik“.

Pragmatismo Político


"Somente a cidadania plena conduz à democracia. Não há outra forma de ser cidadão que não seja através da educação ideológica e política."

Por: Guilherme AAraújo

João Pessoa é a capital onde mais se mata negros no Brasil


João Pessoa lidera homicídios contra negros no Brasil. Índice de assassinato de negros na capital paraibana é quatro vezes maior que a média nacional

João Pessoa é a capital líder em homicídios de negros. A constatação é revelada com destaque em UOL Notícias, que enviou um repórter especial a João Pessoa, Reynaldo Turollo Jr. Ele fala de bairros inimigos, condomínios populares acometidos de insegurança, brigas entre torcidas futebolísticas de um mesmo time, como o Botafogo.
morte negros joão pessoa
João Pessoa lidera índice de homicídios contra negros no Brasil
A reportagem coincide com uma entrevista de página inteira divulgada hoje pelo “Jornal da Paraíba“, em que o secretário de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima, afirma que o governo tem conseguido êxitos no desafio de conter a criminalidade no Estado, embora reconheça que o quadro ainda é bastante preocupante.
O repórter de UOL informa que João Pessoa é uma cidade dividida e que no coração dos conflitos, centrados na periferia, estão grupos que controlam diferentes áreas da cidade, referindo-se diretamente à “Okaida”, denominação inspirada na rede terrorista Al Qaeda. Os “EUA” simbolizam uma organização que é inimiga da “Okaida”, em território pessoense. A disputa é pelo comando do tráfico ou até mesmo dos presídios onde estão recolhidos remanescentes das duas organizações criminosas.
Há registros sobre freqüentes ameaças de morte, além das ocorrências propriamente ditas e de proibição sobre freqüência de espaços de lazer, afetando jovens ligados aos grupos rivais e jovens que não têm qualquer ligação com o crime nem participam das gangues. A briga das torcidas futebolísticas contribui para incentivar a violência.
João Pessoa registrou 518 mortes violentas em 2012, relacionadas ao tráfico e disputa entre grupos, como constata a Polícia Civil. É a capital com a maior taxa de homicídios contra negros no país: 140,7 por 100 mil habitantes, enquanto a taxa nacional é quatro vezes menor: 36. O historiador e militante negro Danilo da Silva afirma que a situação é estarrecedora e queixa-se de falta de providências concretas por parte das autoridades. O governo do Estado alertou que pode haver discrepância de estatísticas entre os dados fornecidos pelo IBGE e pelo SUS.
O secretário Cláudio Lima, na entrevista a Lenilson Guedes para o “Jornal da Paraíba“, ressalta que investimentos muito fortes têm sido realizados pelas autoridades, mas avalia que a questão da violência é muito complexa em todo o território nacional. Alertou para a sofisticação das organizações criminosas e anunciou que planos estratégicos estão sendo elaborados por determinação do governador Ricardo Coutinho para a redução dos elevados percentuais de criminalidade detectados em diferentes regiões da Paraíba, a partir da sua capital.

Joaquim Barbosa – banheiros luxuosos não são para negros


Colunista compreende que é de conotação racista a cobertura da mídia no que envolve os ‘banheiros de luxo’ de Joaquim Barbosa. “O ministro tem a minha solidariedade contra o racismo, base da suposta denúncia dos banheiros de luxo”, afirma

Depois que o dr. Joaquim Barbosa foi sagrado ministro do STF, não escrevi sobre ele. Reconheço seus méritos intelectuais, conquistados com sacrifícios impensáveis. No concernente à moralidade e à ética, ele não deveria estar lá. Os motivos, relatarei abaixo.
Na aventada imoralidade dos banheiros de luxo (“STF gasta R$ 90 mil em reforma para Joaquim Barbosa”, Andreza Matais e Rubens Valente, FSP, 20.4.2012), vou defendê-lo. Entendo que a base do achincalhamento é de cunho racista. A mensagem subliminar é que é interditado a uma pessoa negra atender às suas necessidades fisiológicas em banheiros decentes – negros não devem sair do tempo do penico de latão (para a aristocracia, era de porcelana) -, já que dizem que “negro, quando não caga na entrada, caga na saída”. Dispensa banheiro.
joaquim barbosa banheiros de luxo
Interdição racista: banheiros luxuosos não são para negros. (STF estaria gastando R$ 90 mil para reformar banheiros de Joaquim Barbosa)
O governo federal mantém habitações funcionais. Posso discordar da regalia, mas ela é legal. Cuidar, com dinheiro público, para que não se deteriorem, é dever do governo. Quando a ministra Ellen Grace instalou uma hidromassagem, a mídia tentou dar faniquitos. Ela, tranquilamente, disse: “É claro que vou colocar uma banheira lá. E tem de ser paga com dinheiro público porque ela vai estar num apartamento público”. Assunto encerrado. Era 2005, e a reforma do apartamento custou R$ 133 mil.
O estopim curto do ministro JB, sobre reforma similar e mais barata, sete anos depois, explodiu ao ser perguntado, por Felipe Recondo, do Estadão. Perdendo a compostura, o chamou de “palhaço” e mandou que fosse chafurdar no lixo. O Estadão silenciou, mas a FSP, em 20.4.2013, estampou: “STF gasta R$ 90 mil em reforma para Joaquim Barbosa”.
Para JB? Ora, me compre um bode! O assunto caiu na web, e muita gente insuspeita caiu na armadilha racista. Contraditoriamente, os dois jornais elevaram JB à posição de Deus no julgamento do mensalão, mas ele ter direito de usar banheiros de luxo é inaceitável!
Na indicação de JB ao STF, eu e umas três feministas negras fomos contra nas “listas raciais”. Primeiro, ele bateu na esposa, à época, funcionária do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, inclusive com registro de BO no DF. Lula soube e manteve o nome, argumentando que a ex-esposa enviara carta inocentando-o, com o mesmo teor dito à imprensa, que “apanhou de meia”: “Na verdade, houve uma agressão mútua. Isso aconteceu num dia de ânimos acirrados. Somos amigos até hoje” (Enfim, um negro chega lá, Veja, 14.4.2003).
Lula foi cúmplice, corroborando o dito pelo saudoso poeta negro Arnaldo Xavier: “O único espaço de cumplicidade efetiva existente entre o homem negro e o homem branco é o machismo”. Exigíamos que JB declarasse arrependimento. Ele e Lula não deram a menor pelota pras ziquiziras das feministas!
O segundo motivo: sou testemunha dos ânimos violentos do ministro. Em Santiago do Chile, na Preparatória Latino-americana de Durban (2000), JB, por motivo fútil, partiu pra cima do hoje jurista e ex-secretário de Justiça do Estado de São Paulo Hédio Silva Jr.
Quem foi pro sopapo foi JB, o outro se defendeu. Imaginem como fiquei tentando separá-los! Um espetáculo deprimente visto por várias negras brasileiras. Ali, soube que JB havia batido em sua mulher. Ali, selei a opinião do destempero dele, portanto, achei a sua indicação para o STF inadequada.
Não tenho motivos para louvá-lo, pois compactuar com violência de gênero e índole violenta fere meus princípios, mas ele tem a minha solidariedade contra o racismo, base da suposta denúncia dos banheiros de luxo.

Zeca Pagodinho tem alta após crise de coluna e segue para festa de São Jorge


Zeca Pagodinho passou a noite internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O cantor deu entrada na unidade hospitalar na última segunda-feira (22) com fortes dores na coluna.

Após ser medicado, a equipe de plantão achou melhor deixá-lo em observação por um dia na clínica. O artista, de 54 anos, já está melhor e teve alta no fim da manhã desta terça-feira (23), pouco antes de meio-dia, segundo a assessoria de imprensa do hospital.
Em conversa com o pessoal do Blog do Guilherme Araújo, Jane Barboza, a assessora do cantor, informa que ele já está se sentindo bem e que vai passar o resto do dia em um clube, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em uma festa dedicada ao feriado de São Jorge.

"O médico só pediu pra ele não fazer movimentos bruscos, mas ele vai aproveitar a festa sim, até porque ele é devoto. Não tem restrições". O evento também vai comemorar o lançamento do novo DVD "Vida que Segue", em homenagem aos 30 anos de carreira do artista.

Na manhã desta terça-feira, Zeca usou o seu Facebook oficial para mostrar a sua admiração pelo Santo Guerreiro. Ele postou uma foto em que aparece ao lado de uma imagem.

O DVD comemorativo dos seus 30 anos de carreira chega às lojas nesta terça-feira e teve a participação de Paulinho da Viola, Marisa Monte, Leandro Sapucahy, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Roberto Menescal e Xuxa.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Suspeito de atentado em Boston pode ser condenado à pena de morte


Justiça americana apresenta acusações contra suspeito de atentado em Boston

Dzhokhar Tsarnaev, um dos dois suspeitos de perpetrar os atentados de Boston, segue internado em estado grave e se comunica por escrito com os investigadores, enquanto nesta segunda-feira foi acusado formalmente e pode ser setenciado com a pena de morte.
Tsarnaev, de 19 anos, foi detido na sexta-feira e internado imediatamente no hospital Beth Israel de Boston, onde continua em estado 'grave', segundo o último informe do FBI.
Desde domingo pela noite, o jovem está se comunicando por escrito com os investigadores federais, já que possui lesões na cabeça, pescoço, pernas e uma das mãos produzidas aparentemente durante um tiroteio no qual seu irmão Tamerlan, de 26 anos, morreu.
Os irmãos Tsarnaev, de origem chechena, são suspeitos de colocar as duas bombas que explodiram há uma semana ao lado da linha de chegada da popular maratona de Boston (Massachusetts) e que provocaram 3 mortes e deixaram mais de 200 feridos, segundo o balanço divulgado hoje pelo Departamento de Justiça.
Um magistrado federal foi hoje ao hospital onde Dzhokhar está internado para fazer a acusação formal contra ele.
O secretário de Justiça, Eric Holder, informou em Washington que entre as acusações contra o jovem, está 'o uso de armas de destruição em massa contra pessoas e propriedades'.
Se for declarado culpado, Dzhokhar Tsarnaev pode ser condenado à morte ou à prisão perpétua.
A primeira audiência judicial sobre os atentados foi programada para 30 de maio em um tribunal federal de Boston, enquanto os possíveis motivos continuam sendo uma incógnita para os investigadores.
Um pouco antes da acusação de Dzhokhar, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, anunciou que o acusado não será tratado como 'combatente inimigo' e será julgado perante um tribunal civil.
O porta-voz do presidente Barack Obama argumentou que, quando se trata de cidadãos americanos, como é o caso de Tsarnaev, 'é contra a lei' aplicar esse status de 'combatente inimigo', que implicaria em um processo através da justiça militar.
Carney lembrou que desde os atentados de 11 de setembro de 2001, foi 'utilizado o sistema de justiça federal' para 'condenar e encarcerar centenas de terroristas'.
Enquanto isso, várias cidades do país lideradas por Boston lembraram das vítimas do atentado, às 14h50 local (15h50, horário de Brasília), com um minuto de silêncio.
O governador de Massachusetts, Deval Patrick, tinha pedido aos cidadãos que se unissem ao minuto de silêncio, que coincidiu com o momento exato em que na semana passada duas bombas explodiram.
Obama se uniu ao minuto de silêncio durante um ato privado na Casa Branca, assim como os congressistas no Capitólio.
Cerca de 50 feridos nos atentados seguiam hospitalizados e dois deles se encontram em estado 'crítico'.
Nos atentados morreram Martin Richard, uma criança de oito anos, Krystle Campbell, de 29 anos, e a cidadã chinesa Lu Lingzi, de 23.
Nesta segunda, aconteceu um funeral privado por Campbell em sua cidade natal, Medford, enquanto outro em homenagem à jovem chinesa vai acontecer ainda hoje.
Durante a fuga, os dois irmãos supostamente trocaram tiros e mataram um policial, que será homenageado nesta quarta-feira em um ato que contará com a presença do vice-presidente dos EUA, Joe Biden.
Por outro lado, os investigadores estão tentando perguntar se Tamerlan, falecido na sexta-feira após um tiroteio com as autoridades, tem alguma conexão com um triplo assassinato ocorrido em 2011.
Em um apartamento de Waltham, foram achados mortos em 2011 três homens, quase decapitados e cobertos de maconha.
Um dos falecidos nesse crime ainda não resolvido tinha sido companheiro de quarto e de academia de Tamerlan, que foi entrevistado em 2011 pelo FBI por causa de um pedido da Rússia baseada em informação de que era 'um seguidor do islamismo radical'.

Time Nogueira consegue a virada e Wanderlei explode de raiva TUF Brasil 2 já definiu cinco semifinalistas do programa

Momento exato da finalização de Besouro em Iriê - Divulgação


O sexto episódio do The Ultimate Fighter Brasil 2, exibido na madrugada deste domingo (21), a equipe comandada por Rodrigo Minotauro conseguiu nova vitória com Luiz 'Besouro', que passou por Pedro Iriê, e virou o jogo diante do time de Fabrício Werdum, somando três vitórias contra duas do adversário.
O programa começou com mais um desafio entre os dois times. Uma brincadeira comum entre crianças, a “Queimada”, definiu qual treinador teria o poder de escolher os lutadores do próximo combate. Viscardi Andrade, do time Werdum e desafeto de Minotauro, foi o destaque do jogo, sendo peça importante para que a equipe comandada pelo gaúcho vencesse.
Ao fim da prova, Rodrigo Minotauro não perdeu a oportunidade de cutucar mais uma vez o atleta rival. “Isso não mostra que ele é bom de luta. Mostra que ele ainda é uma criança", disse o experiente peso-pesado.
Tendo o poder de escolher qual seria o novo duelo, Werdum fez aquilo que muitos da casa apoiaram e colocou Luiz ‘Besouro’ (time Nogueira) para enfrentar Pedro Iriê (time Werdum). Os dois foram as primeiras escolhas de cada um dos treinadores.
Todos contra Vitor Belfort
Em mais um episódio que mostrou o clima bastante descontraído entre os participantes do reality show, uma brincadeira em especial chamou a atenção. Lutadores do time Nogueira pegaram um pôster de Vitor Belfort e arrancaram do vestiário deles para colocar no da equipe rival. Além disso, eles inverteram as imagens que lá estavam. A justificativa foi que a fotografia do Fenômeno estaria trazendo azar.
Ao chegarem ao vestiário e notarem que uma foto de Belfort estava lá, os lutadores avisaram Fabrício Werdum, que não gostou: “do Vitor? Que nojo!”, disse o treinador. Sabe-se que Belfort e Wanderlei Silva, integrante do time Werdum, são desafetos. No fim, Luiz Dórea pegou a imagem e a colocou de volta ao lugar de origem.
Em represália, a equipe verde “sequestrou” Eric Albarracin, treinador de wrestling do time Nogueira e considerado o amuleto do grupo. O suposto sequestro virou uma grande farra e serviu para que todos dessem muitas risadas.
Experiência de Besouro e polêmica no time Werdum
Pedro Iriê começou o combate tomando a iniciativa e tentando manter a luta em pé. O paulista chegou até a encaixar alguns golpes no carioca, mas Luiz ‘Besouro’ logo impôs seu ritmo, chamou a luta para o clinche e acertou boas joelhadas.
No meio do primeiro round, Besouro conseguiu a queda e teve a luta facilitada para o seu lado. Utilizando bem os cotovelos, ele não deu chance a Iriê até que o paulista deu as costas e abriu brecha para que o carioca encaixasse um mata-leão a 3m38s do round inicial.
Assim que acabou o combate, um comentário de Daniel ‘Gelo’ gerou polêmica. O lutador afirmou a alguns integrantes de sua equipe que Besouro estava um nível acima dos outros e provocou a ira de Wanderlei Silva. “Isso não se fala. Você está louco?”, esbravejou o ex-campeão do Pride, enquanto amassava uma garrafa de água.

Jon Jones quer superluta para depois de novembro Combate contra Anderson Silva não está descartado

Bones quer bater recordes para depois ter outros desafios na carreira - Divulgação/UFC


Faltando menos de uma semana para colocar seu cinturão dos meio-pesados pela quinta vez em jogo, o americano Jon Jones tem grandes planos para sua carreira. Em conferência de imprensa realizada nesta segunda-feira (22), o campeão falou sobre o que pensa para o futuro e deixou em aberto a realização de superlutas, como os fãs de MMA sonham em ver.
"O que estou perseguindo é, primeiramente, chegar a Tito Ortiz e aí estabelecer o meu recorde de maior número de defesas em uma luta que talvez aconteça em novembro. Depois de lutar em novembro posso me divertir com superlutas e lutas entre os pesados", afirmou Bones.
O recorde a que ele se refere é o de maior número de defesas de cinturão entre os meio-pesados, que hoje pertence a Tito Ortiz, com cinco lutas. Caso vença Chael Sonnen neste sábado, Jones irá igualar o membro do Hall da Fama do UFC. Já com relação às superlutas, Bones poderia estar se referindo a Anderson Silva, que é um dos combates mais pedidos pelos fãs. Quando perguntado sobre isso, o americano preferiu manter o suspense.
"Você ouviu o que eu disse", encerrou o campeão.
Confira o card do UFC 159 - Newark (EUA)
CARD PRINCIPAL
  • Jon Jones x Chael Sonnen
  • Michael Bisping x Alan Belcher
  • Roy Nelson x Cheick Kongo
  • Phil Davis x Vinny Magalhães
  • Jim Miller x Pat Healy
CARD PRELIMINAR
  • Bryan Caraway x Johnny Bedford
  • Gian Villante x Ovince St. Preux
  • Sara McMann x Sheila Gaff
  • Rustam Khabilov x Yancy Medeiros
  • Leonard Garcia x Cody McKenzie
  • Nick Catone x James Head
  • Steven Siler x Kurt Holobaugh

PARABÉNS AOS PROFESSORES DA BAIXADA! Você está em: Baixada Santista

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Professores da rede estadual de São Paulo mantêm greve

Várias escolas ficaram sem aula nesta manhã

Os professores da rede estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira. A decisão foi tomada em assembleia na tarde da última sexta em assembleia no Masp (Museu de Arte de São Paulo). Cerca de 5 mil manifestantes interditaram todas as faixas da avenida Paulista. A paralisação envolve cerca de seis mil professores da Baixada Santista e pode deixar até 126 mil alunos da região sem aulas nos próximos dias.
Os professores reivindicam reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012, o cumprimento da jornada extraclasse, o fim da remoção e da designação de professores das escolas de tempo integral, entre outras demandas. A manifestação é organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).