O habeas corpus concedido ao goleiro Bruno, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi motivo suficiente para a mãe da atriz Eliza Samudio, Sônia de Fátima Marcelo da Silva de Moura, recorrer contra a soltura do atleta, na última sexta-feira (3).
A liberdade de Bruno, afirmou Sônia, seria colocar em risco a segurança dela e do filho do jogador com Eliza, além de sua própria integridade física.
No recurso solicitado pela mãe da vítima, na condição de assistente de acusação, que atua ao lado do Ministério Público, Sônia afirmou que a condenação de Bruno não é relacionada apenas ao crime cometido contra Eliza, mas, também, a agredir a sua filha enquanto estava grávida.
“O paciente [goleiro Bruno] não só oferece risco, como também já manifestou seu interesse que colocar as mãos na vítima Bruno Samudio de Souza [filho do goleiro com Eliza] e, teme a embargante [Sônia] que possa ocorrer com seu neto e consigo mesma, o que aconteceu com sua filha, ser morta”, diz o recurso.
A mãe de Eliza ainda disse, no recurso, que Bruno é uma “pessoa fria, violenta e dissimulada” e que sua personalidade é “desvirtuada” e “foge dos padrões mínimos de normalidade”.
Caso
Condenado a 22 anos e três meses pelo sequestro, cárcere privado e assassinato da ex-amante, Eliza Samudio, Bruno deixou na sexta-feira a Associação de Proteção de Assistência ao Condenado (Apac), em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte. O ex-jogador do Flamengo foi solto por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello. Bruno, até o momento, cumpriu seis anos e sete meses da pena.