A pouco mais de três meses para as eleições municipais, o Rio de Janeiro tem dez pré-candidatos à sucessão do prefeito Eduardo Paes. Isso não significa, no entanto, que todos terão as candidaturas confirmadas, já que as convenções partidárias para a formação das chapas só podem ser realizadas a partir de 20 de julho.
Entre os maiores partidos, o PT, que tem Adilson Pires como vice-prefeito, não anunciou, até esta sexta-feira (17), se terá candidato próprio ou se apoiará o candidato de outra legenda.
Dos dez nomes lançados até então, nove são de políticos com mandato ativo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ou no Congresso Nacional - são dois senadores, quatro deputados federais e três deputados esdaduais. Outra possível pré-candidatura de uma parlamentar, a deputada federal pelo PR Clarissa Garotinho, ainda não foi anunciada.
No PMDB, partido de Paes, o nome para a disputa da prefeitura é o do deputado federal Pedro Paulo Carvalho, que esteve à frente de secretarias nos dois mandatos do atual prefeito, primeiro na Casa Civil e depois na secretaria executiva de Coordenação do Governo - cargo que não existia na estrutura do governo municipal e foi criado em 2015, justamente para dar mais visibilidade ao agora pré-candidato.
A insistência de Eduardo Paes em fazer de Pedro Paulo candidato à sua sucessão levou Carlos Osório a deixar o PMDB e se filiar ao PSDB, onde se lançou pré-candidato. Deputado estadual, Osório era secretário estadual de Transportes até fevereiro deste ano. Antes, ocupou os cargos de secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos e de Transportes na gestão do atual prefeito.
Derrotado na corrida municipal em 2012, o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL é talvez o pré-candidato mais certo do pleito deste ano, tendo anunciado que estaria novamente na disputa pela Prefeitura do Rio logo após a reeleição de Eduardo Paes.
Embalado pelos mais de 4,6 milhões de votos que o levaram ao Senado em 2014, o ex-jogador de futebol Romário nunca escondeu a pretensão de ser prefeito do Rio e usou seu capital eleitoral para assumir o comando de seu partido, o PSB, no Rio, e pavimentar sua candidatura. O Baixinho chegou a anunciar no Twitter que sua pré-candidatura será confirmada pelo partido na segunda-feira (20).
Também senador pelo Rio, Marcelo Crivella é outro pré-candidato que se lançou na disputa bem mais cedo que os demais concorrentes. Seu nome foi apresentado durante reunião da Executiva Nacional do PRB em maio de 2015. Crivella disputou o governo do estado em 2014 e foi ao segundo turno, quando acabou derrotado por Luiz Fernando Pezão.
Mais novo entre os partidos que estarão na eleição, a Rede tem como pré-candidato o deputado federal Alessandro Molon, que já disputou a Prefeitura do Rio em 2008, pelo PT, partido no qual começou sua carreira política e do qual se desfiliou em 2015. Outra legenda novata, o partido Novo já anunciou que pretende disputar a sucessão de Paes e indicou o nome da professora e consultora empresarial Carmen Migueles como pré-candidata.
Também deputada federal, Jandira Feghali deverá ser a candidata do PC do B à prefeitura. A parlamentar exerce seu sexto mandato no Congresso Nacional e foi a secretária municipal de Cultura de Eduardo Paes entre 2009 e 2010, quando deixou o cargo para concorrer à Câmara Federal.
Deputado estadual em seu terceiro mandato, Flávio Bolsonaro pretende concorrer à prefeitura peloPSC, ao qual se filiou este ano. Flávio é filho do polêmico deputado federal Jair Bolsonaro e se identifica como candidato da direita.
Outro parlamentar que pretende trocar Brasília pelo comando da Prefeitura do Rio é Índio da Costa, que atualmente está no PSD, onde exerce o segundo mandato como deputado federal.