O técnico Vanderlei Luxemburgo acertou rescisão na China para levar 11,5 milhões de euros (R$ 46 milhões), após deixar o Tianjin Songjiang. Mesmo assim, ainda não conseguiu quitar uma dívida com o cassino Wynn, em Las Vegas (EUA).
O advogado brasileiro Antonio Celso de Dominicis Neves, ingressou com nova petição cobrando as duas últimas parcelas de um acordo feito em dezembro de 2015. No total, restam quase R$ 130 mil a serem pagos por Luxa.
"Tendo em vista que já se exauriu o prazo para o pagamento das duas parcelas restabntes pelo executado, e tendo em vista que até a presente data não consta dos autos os comprovantes dos devidos pagamentos, é a presente para requerer a determinação da intimação do executado para que comprove nos autos os pagamentos tempestivos das parcelas, sob pena de multa", diz o cassino, por meio do advogado, em petição juntada à 34ª Vara Cível do Foro Central João Mendes, da Justiça de São Paulo.
O documento foi assinado no último dia 14 de junho, portanto é recente.
Catta Preta, que é advogado de Luxemburgo há anos.
"Pode ser que sim (não tenha quitado as parcelas), pois o Vanderlei estava na China, e a pessoa que estava encarregada de fazer pode não ter feito o pagamento. Mas ainda não recebemos nenhuma intimação. Se não foi feito ainda o pagamento, vai ser", respondeu o advogado.
A briga foi divulgada em julho do ano passado. Na ocasião, os americanos cobravam R$ 430 mil do treinador por uma dívida feita no local na noite de fevereiro de 2014.
À época, o treinador - que estava desempregado - deixou um cheque promissório no valor de 300 mil dólares, a ser pago até o dia 29 de maio do mesmo ano. Mas Luxemburgo só quitou 161 mil dólares e ficou devendo o restante. Então, foi acionado na Justiça pelo cassino.
Após 633 dias desde que assumiu uma dívida de 300 mil dólares no cassino Wynn Las Vegas (EUA), especializado em noitadas de pôquer, o técnico Vanderlei Luxemburgo, enfim, entrou em acordo para quitar a quantia devida em dezembro do ano passado.
Foi quando o técnico comprovou o pagamento de 30% do valor devido - que já estava em exatos R$ 514.636,16, com os honorários e juros legais de 1% ao mês.
Assim, Luxemburgo depositou R$ 154.390,84 e ficou de pagar o restante em seis parcelas de R$ 60.040,89, que terão acrescidas correção monetária e juros moratórios. Mas, conforme alega o cassino, ainda restam dois pagamentos em aberto que não foram quitados nas datas devidas.
O Wynn é um dos mais caros e luxuosos cassinos da região e fornece noitadas de pôquer com premiações na casa dos US$ 25 mil.
Luxemburgo receberia, após ser demitido da China, multa de 10 milhões de euros (R$ 40 milhões) e já havia sido pago a ele seis meses de salário. No entanto, agora, não vai receber mais esse valor, mas terá salário até o fim do ano. No total, serão 11,5 milhões de euros (R$ 46 milhões).