Veja o que esta acontecendo neste momento no senado e os discurso dos senadores:
Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defende que seja respeitada o critério de proporcionalidade, mas sugere que seja apresentado um nome de consenso entre os senadores.
Senador Francisco Dornelles (PP-RJ): “A eleição da Mesa deve obedecer um critério. Ao partido de maior bancada, cabe indicar o presidente dessa Casa”. Senador afirma que o PP defende o respeito à regra e por isso apoia a candidatura de Renan.
Senador Fernando Collor (PTB-AL) atacou a representação da denúncia pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel e o definiu como “chantagista” e “prevaricador”. “Não pode aceitar denúncia inepta e partindo de quem está partindo. Este senhor é prevaricador, chantagista e, portanto, sem autoridade moral para colocar um senador em situação de constrangimento.” “Que o senador Renan tenha sucesso. A sua eleição é uma reafirmação da República. Não temos que temer trovoadas”, finalizou.
Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) faz uma série de críticas ao Senado e questiona o caráter de proporcionalidade para escolha do novo presidente. Fez discurso inflamado em defesa da República e acusou o que definiu como uso particular da política.
Senador Lobão Filho (PMDB-MA) questiona o fato de a procuradoria apresentar a denúncia contra Renan cinco dias antes da eleição sobre um processo de 2007. "O PMDB exerce seu legítimo direito de escolha [de indicar o candidato à presidência]. Nosso partido fez a escolha correta. O PMDB não está usurpando o direito de ninguém."
Senador Pedro Simon (PMDB-RS), antes de fazer sua fala, dá uma ‘bronca’ nos colegas por não ficarem em silêncio durante o discurso dos senadores. "O senador Renan é uma pessoa que tem credibilidade e tem respeito. Simon comenta as denúncias contra Renan e a possibilidade de o STF acatar a ação contra ele e se repetir o episódio de 2007, quando Renan acabou renunciando à presidência da Casa. "Nesse momento, voltar a esse debate com relação ao senador Renan. Eu não tenho intimidade com ele, mas se tivesse eu diria: ‘Não te mete nessa, Renan’. É importante deixar o Senado tranquilo. Acho que seria um gesto mais bonito na sua biografia. Estou falando da situação que está colocada e a situação é criarmos uma crise." O senador estourou muito o seu tempo de fala e teve o microfone cortado inúmeras vezes.
Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), a exemplo de outros peemedebistas, lembra o critério de proporcionalidade, que rege a votação e a escolha do presidente. “Defendemos a tradição da proporcionalidade. (…) O novo presidente, senador Renan Calheiros, enfrentará enormes desafios e tem capacidade para isso.”
Senador Alvaro Dias (PSDB-PR): “Acima dos interesses pessoais, que podem ser legítimos, sobrepõe-se o interesse da Nação. Temos a exata noção do desgaste que aqui nos submetemos [diante da opinião pública]. (…) O que é pior, nós oferecemos razão para o achincalhe permanente. Essa era hora de determinar novo rumo. O PSDB, meu partido, me faz ser porta-voz da decisão consumada ontem [quinta], de que nosso candidato é o senador Pedro Taques. (…) O PSDB confia plenamente na capacidade do senador, competente para verbalizar nossas aspirações.”
Senador Antônio Valadares (PSB-SE) afirma que há uma “desproporcionalidade” no fato de Câmara e Senado ficar sob o comando de um mesmo partido, o PMDB. Por essa razão, declara voto ao candidato Pedro Taques.
Senador Sérgio Souza (PMDB-PR): “Nós temos, sim, um candidato à presidente do Senado. Sabemos do que fala a mídia, sabemos que o senhor não foge à responsabilidade. Sabemos que existe um processo que se iniciou há poucos dias no STF e sei que o senhor não foge à responsabilidade. São fatos de 2007 e que dizem muito mais respeito à vida particular do senador do que à vida pública.”
Senador João Capiberibe (PSB-AP): “Hoje temos a chance de definir se continuaremos desejando o mais do mesmo ou oxigenar (o Senado). (…) O Senado está desmoralizado. É refém do Executivo e vê o Judiciário consertar os nossos erros.” O senador lembra que Renan é réu em processo no STF. “A decisão está em nossas mãos.”
Senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF): “Permanecer indiferente ao clamor da sociedade em nada ajudará essa Casa. Em cada parte, o povo passou a exigir mais transparência no trato da coisa pública. Prova incontestável foi a vitória da aprovação da Lei da Ficha Limpa. (…) Nós do PSB vamos votar no senador Pedro Taques porque nesse momento representa as aspirações da sociedade brasileira.”
“Gostaríamos, nesse momento, ao indicar o senador Renan Calheiros, queremos que essa casa obedeça o princípio da proporcionalidade para que nada possa interferir na justa e meritória eleição da Mesa”, disse o senador Vital do Rêgo.
Senador Vital do Rêgo (PMDB-PI) rasga elogios ao presidente José Sarney, que deixará o cargo nesta sexta-feira. Afirma que Sarney abriu “novo tempo” na Casa. “Trouxe modernidade, transparência. Uma gestão marcada pela acessibilidade”, diz ao comentar o acesso aos meios de informação do Senado.
O plenário da Casa está cheio e o peemedebista Renan Calheiros, favorito para suceder Sarney, está distribuindo abraços aos colegas. O outro candidato, Pedro Taques (PDT-MT), está mais contido, mas também distribui cumprimentos.
Senador Cristovam Buarque (PDT-DF): “Nossa Casa não está melhor do que estava há dois anos atrás. E olha que há dois anos a situação já não era das melhores. O Senado precisa se renovar. Nós acreditamos, do PDT, que o nome para levar essa Casa a uma renovação é o nome do senador Pedro Taques
Senadora Lídice da Mata (PSB-BA): “Não podemos compartilhar com a ideia de que a eleição possa se dar sem amplo debate e qual a pauta o Senado deve ter para o ano de 2013. Achamos que a sociedade espera de nós que possamos oferecer uma candidatura clara e transparente. (…) Tomamos a decisão de apoiar a candidatura de Pedro Taques.”
A ação da Procuradoria acusa Renan Calheiros de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
Favorito para voltar daqui a pouco ao comando do Senado, o líder do PMDB, Renan Calheiros, disse à Agência Estado que não comentará o teor da denúncia criminal do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra ele, que foi divulgado nesta madrugada pela Revista Época. "Estou confiante. Eu não vi (a reportagem)".
Cerca de 20 senadores inscreveram-se para fazer uso da palavra antes da votação. Cada um terá 5 minutos e os candidatos terão 20 minutos.
Lideranças do PMDB e do PDT, de acordo com o rito, apresentam os nomes dos candidatos:Renan Calheiros (PMDB-AL) e Pedro Taques (PDT-MT).
Antes de iniciar a sessão, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) faz um minuto de silêncio pelas vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS). Em seguida, Sarney declara aberta a reunião para eleição do novo presidente da Casa, para o mandato do biênio 2013 – 2014.