GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 12 de março de 2012

CNJ pretende acelerar processo de expulsão de estrangeiro preso

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pretende tornar mais rápido o processo de expulsão de estrangeiros presos no País, com a criação de um sistema informatizado, integrando as polícias, os juízes e o Ministério da Justiça. A ideia foi apresentada na sexta-feira, em seminário realizado na Escola Paulista da Magistratura. As prisões brasileiras têm atualmente 3,2 mil pessoas detidas que são de fora do País, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Em reportagem publicada ontem, o Estado mostrou que aumentou em 39,9% o número de estrangeiros presos no Estado de São Paulo entre dezembro de 2008 e janeiro deste ano. Quase dois terços do total de pessoas de outros países presas no Brasil estão em presídios localizados em cidades paulistas.
O crescimento é impulsionado principalmente pela prisão de europeus. Em São Paulo, eram 264 em 2008 e, em 29 de fevereiro deste ano, já somavam 476, um crescimento de 80%. A crise econômica na Europa é apontada por especialistas como um dos motivos desse aumento. Desempregados, eles se tornariam alvo fácil do tráfico internacional de drogas, trabalhando como 'mulas'.
Banco de dados. A proposta prevê que o CNJ centralize todas as informações sobre estrangeiros detidos no País. O primeiro registro no banco de dados seria feito pelo delegado responsável pela prisão. O juízes dariam sequência com a atualização do processo penal, assim que recebessem a denúncia. Os magistrados apontariam uma eventual condenação ou progressão de regime.
Segundo os conselheiros do CNJ e delegados das Polícias Civil e Federal, um dos principais empecilhos para se levar adiante os processos de expulsão de estrangeiros é a dificuldade na comunicação, tanto em relação aos consulados quanto à localização de familiares dos presos.

'É uma página virada', sustentaram ministros

Dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sustentaram, em entrevistas recentes ao Estado, que a definição sobre a Leia da Anistia, em 2010, encerrou a possibilidade de punir militares que cometeram crimes durante a ditadura. Um deles, Luiz Fux, afirmou que a Lei 'foi uma virada de página'. Para Gilmar Mendes, o modelo de anistia estabelecido pelo Brasil e julgado pelo STF faz parte do processo constituinte.
Eles não trataram especificamente do MPF, mas indicaram que as teses dos procuradores devem encontrar resistências no Supremo. Os agentes do Ministério Público entendem que os chamados desaparecimentos forçados - com sequestro e ocultação de cadáver - ocorridos na ditadura militar e até hoje não esclarecidos devem ser tratados como crimes permanentes.
A decisão do STF já esgotou a questão, resumiu Fux. 'A mim me parece que o Supremo deu um equacionamento adequado no debate ao dizer que esse modelo de anistia fez parte do processo constituinte', disse Gilmar Mendes. E acrescentou: 'A emenda que convoca o processo constituinte e que dá legitimidade à Constituição de 1988 estabeleceu esse modelo de anistia.'
Apesar desse entendimento, partilhado por outros ministros, o STF voltará ao debate da questão. Isso ocorrerá no julgamento de um embargo de declaração apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) relacionado à decisão anterior.
O presidente da entidade, Ophir Cavalcante, questiona desta vez o entendimento de que, pela lei, estariam prescritos todos os crimes cometidos por agentes do Estado.
O acórdão do julgamento teria, de acordo com a OAB, firmado que 'eventual persecução criminal está fadada ao insucesso em decorrência da aplicação da prescrição'. A tentativa de processar agentes seria estéril por conta disso.
No embargo, a OAB se alinha com o MPF, ao argumentar: 'Inexistindo data da morte, não há incidência do fenômeno prescritivo.' O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu parecer contrário, por entender que não houve contradições no julgamento. O relator, Luiz Fux, deve analisar o caso em breve.

Dados grávidos

Nos EUA, um pai ficou indignado ao encontrar, na sua caixa de correio, cupons de desconto para roupas de bebê enviados por uma cadeia de varejo em nome de sua filha menor de idade. Acusou a loja de tentar induzir a garota a ser mãe precocemente. Mas, após confrontar a adolescente, descobriu que a filha já estava grávida. Só ele não sabia.
Os estatísticos da loja de departamentos Target não tiveram acesso a nenhum teste de gravidez. Apenas inferiram que aquela consumidora iria dar à luz cruzando informações de compras: a mudança no seu padrão de consumo era consistente com o de outras grávidas. Foram tão precisos quanto um exame de ultrassom.
A história - quase boa demais para ser verdade - ilustra reportagem do The New York Times intitulada Como companhias aprendem os seus segredos. A rigor, não é dos segredos de uma pessoa, mas dos hábitos da multidão, que as empresas estão atrás. Juntando os seus aos meus, descobrem os nossos. Tudo para determinar padrões e prever comportamentos. No conjunto, somos muito mais parecidos uns com os outros do que gostamos de admitir.
Na reportagem, analistas da Target revelaram, orgulhosos, como são capazes de prever, com pequena margem de erro, a data do parto ou o sexo da criança. Tudo com base no consumo de loção de pele, na quantidade de tufos de algodão comprados e na cor do tapete encomendado para o quarto do bebê. Esses itens fazem parte de uma cesta de 25 produtos que compõem o 'índice de predição de gravidez' criado pela loja. Não é piada, é dinheiro.
Você pode achar que ninguém está prestando muita atenção em como usa seu cartão de crédito, no que faz com seu mouse e com seu celular ou por onde você anda com seu carro, mas isso não muda o fato de que há gente cuja missão profissional é colecionar, organizar e analisar dados sobre você. É íntimo, mas não é pessoal: é universal.
Código numérico. No mundo do chamado 'Big Data', o nome importa menos que o CPF, que o endereço eletrônico ou que o número do cartão de crédito. Importante é juntar dados sobre a maior massa possível de consumidores, contribuintes, motoristas e internautas. Não para espioná-los - em princípio -, mas para transformar cada um deles num código numérico unificado. Afinal, há menos algarismos do que letras, o que agiliza a computação.
Há cada vez melhores aplicativos para reconciliar bilhões de dados de diferentes origens com o objetivo de determinar que o dono do CPF 'tal' é também a pessoa por trás daquele e-mail, deste cartão de crédito, de certo endereço I.P. e - por que não? - de um determinado título de eleitor.
Na caça ao seu voto, políticos fazem 'microtargeting'. O site Pro Publica relatou como um casal norte-americano recebeu ao mesmo tempo, enquanto ambos assistiam à TV no sofá, duas mensagens diferentes do comitê de campanha de Barack Obama em seus celulares. Com palavras e argumentos diversos, elas pediam a mesma coisa: dinheiro. O site descobriu pelo menos seis versões diferentes da mesma mensagem disparadas para os celulares de possíveis apoiadores do presidente dos EUA.
A diferenciação da forma se deve a diferentes estratégias elaboradas pelos marqueteiros de Obama para diferentes perfis de eleitor. A meta é evocar o tema que mais interessa a cada um, no momento certo e do jeito que, imaginam, tornará o apelo mais sedutor - do mesmo jeito que a Target manda cupons de desconto de roupas de bebê para adolescentes grávidas.
Enquanto isso, a Casa Branca tenta regular a fome de dados das empresas. Propôs a lei de direitos de privacidade do consumidor. O texto prevê transparência por parte das empresas, controle individual dos consumidores sobre suas informações e limites ao uso dos dados. Mas, como os e-mails de campanha demonstram, o próprio Obama pratica microtargeting.
No Brasil, a técnica foi usada em campanhas de presidente e governador, em 2010. Apesar da carência de dados - quando comparadas às bases de dados dos EUA, onde o marqueteiro conhece centenas de características de cada eleitor -, estrategistas de Marina Silva e Sergio Cabral, por exemplo, conseguiram 'fatiar' o eleitorado e desenvolver um tipo de campanha para cada segmento, de acordo com seus interesses e prioridades.
É algo que está fazendo falta ao governo federal. Não só para avaliar políticas públicas com eficiência, mas para mirar com precisão os interesses de cada parlamentar da chamada base aliada. Sem esse controle fino, o Planalto corre o risco de, como o pai daquela adolescente grávida, ser o último a saber das estripulias de seus afilhados no Congresso.

Iniciativa deve auxiliar atuação da Comissões da Verdade paulista

O debate provocado pela intensificação das ações do MPF, para responsabilizar agentes do Estados envolvidos com crimes permanentes, também atinge a Comissão da Verdade, aprovada no ano passado pelo Congresso.
Embora o governo sustente a premissa de que terá caráter histórico, de reconciliação e esclarecimento de fatos ocorridos no regime militar, setores mais próximos de familiares de mortos e desaparecidos sustentam que ela pode funcionar como um braço auxiliar das autoridades na área jurídica.
Em São Paulo, o presidente da versão estadual da comissão da verdade, instalada há poucos dias na Assembleia Legislativa, deputado Adriano Diogo, disse que pode haver sinergia entre os dois campos. 'Nosso objetivo é reunir o máximo de documentos e provas, com o apoio das famílias de perseguidos político', observou. 'Esse material pode ser utilizado pelos procuradores em seus trabalhos.'
O professor de direito constitucional Pedro Estevam Serrano, da PUC-SP, também vê possibilidades de sinergia. 'Se a comissão apontar casos em que o agente público provocou danos ao Estado, é dever do procurador mover ações', afirmou.
Todas as questões envolvidas em polêmicas. Apesar de ministros do STF defenderem que não há espaço para punir militares que cometeram crimes durante a ditadura, dois julgamentos promovidos pela Corte, em 2009 e 2011, deixaram dúvidas sobre essa questão.
Em dois processos de extradição, o STF confirmou o entendimento de que são crimes permanentes os sequestros praticados durante a ditadura Argentina, cujas vítimas até hoje não apareceram - vivas ou mortas. Esse é o argumento defendido pelos procuradores do MPF.
Em 2009, o STF autorizou a extradição do major uruguaio Manuel Juan Cordeiro Piacentini para a Argentina. O militar é acusado de ter participado da Operação Condor, arquitetada nos anos 70 para reprimir a oposição a regimes militares da América do Sul. Os advogados de Piacentini argumentavam que as vítimas foram mortas. Os crimes, portanto, estavam prescritos. A tese foi rejeitada.
Primeiro ministro a votar pela extradição, o ministro Ricardo Lewandowski julgou que o sequestro tem caráter permanente até que a vítima seja entregue. A tese acabou sendo confirmada pelo plenário.
No ano passado, nova extradição foi concedida e novamente o plenário rejeitou a tese de que os crimes estariam prescritos. Ao julgar o caso do major argentino Norberto Raul Tozzo, envolvido na tortura e morte de 22 presos políticos de seu país em 1976, no episódio conhecido como Massacre de Margarita Belén, os ministros confirmaram o pedido de extradição.

Chalita reduz papel do PMDB na Prefeitura

O deputado federal e pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, manterá o tom crítico à gestão Gilberto Kassab (PSD) durante sua campanha nas eleições - independentemente da saída ou da permanência dos secretários municipais que a legenda indicou e mantém na administração kassabista. Chalita minimizou ontem a importância das pastas comandadas pelos peemedebistas.
O pré-candidato afirmou, depois de encontro com lideranças comunitárias em uma igreja evangélica no Jardim Antártica, zona norte da cidade, que avisou a Bebetto Haddad (Esportes, Lazer e Recreação) e Uebe Rezeck (Participação e Parceria) que criticará a gestão da qual fazem parte. Ele disse também que ambos sabem que não haverá ataques pessoais a Kassab.
'Não tenho essas preocupações. Nem a permanência nem a saída deles prejudica a campanha', afirmou Chalita.
Como o Estado informou ontem, Bebetto e Rezeck preferem continuar nos cargos até o fim do ano, a despeito dos apelos do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), para que abandonem Kassab - dando 'conforto' e apoio para Chalita.
'Eu não pedi para eles saírem. Não participei dessa conversa', disse Chalita. 'Mas refleti com eles: 'Acho que hoje a gestão do prefeito Kassab não é a gestão que São Paulo merece. E vou dizer isso na campanha. Quero que vocês saibam, vocês são do PMDB, mas fiquem à vontade'.'
Para o pré-candidato, as duas secretarias comandadas pelo PMDB não têm a mesma relevância das demais 27 (número que considera um excesso e promete reduzir). Chalita afirma que, mesmo ao atacar um governo apoiado pelo partido desde as eleições de 2008, não acabará por atingir os correligionários.
'O Kassab tem vinte e tantos secretários. (O PMDB) tem duas secretarias que não tem uma importância tão grande. Não são secretários muito atuantes na relação com o próprio prefeito. Não é pelo fato de criticar a administração toda que estou criticando o PMDB', minimizou.
Apoio. Chalita garantiu que o PMDB estadual e o nacional estão unidos em torno da pré-candidatura dele, que também é presidente municipal da sigla. O partido conseguiu a adesão do PSC.
Assessores de Chalita e a coordenação municipal da legenda agendaram mais 50 encontros 'PMDB ouve os bairros' com líderes de comunidades, para identificar demandas dos moradores e fortalecer a candidatura, sem a ajuda de 'máquinas'.

Cerca de 55% dos postos de combustível já têm estoque normalizado

Pelo menos 55% dos cerca de 2.000 postos de combustível da Região Metropolitana de São Paulo já têm estoques de combustível suficientes para operar normalmente, segundo disse na tarde desta sexta-feira (9) o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia.
'O consumidor já pode abastecer com calma. Não é preciso mais encher o tanque no primeiro postos que encontrar. Alguns postos ainda estão sem gasolina ou sem etanol, mas não é preciso mais rodar por vários bairros para achar um posto com produto para vender', disse Gouveia.
Os centros de distribuição de combustível estão liberando cargas acima da média para restabelecer os estoques de todos dos postos. No entanto, a previsão é que apenas na próxima segunda-feira (12) 100% deles terão tanto gasolina quanto etanol. Isso porque, historicamente, o consumo de combustível é maior nos fins de semana, segundo o Sincopetro.

Denúncia por abuso sexual contra pastor e missionária é aceita pela Justiça

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o pastor de igreja evangélica Reginaldo Sena dos Santos, de 59 anos, e a 'missionária' Maria de Fátima Costa da Silva, de 58 anos, por abuso sexual de meninas em Volta Redonda, no Rio.
Segundo o MP, a dupla é acusada de abuso sexual contra sete meninas naquele município, entre 2006 e o início de fevereiro deste ano. Santos foi preso em flagrante e foi decretada a prisão preventiva de Maria de Fátima.
Santos aproveitava de sua condição de pastor, e a pretexto de lecionar aulas de música e religião para crianças e adolescentes do sexo feminino, no interior de sua residência, praticou atos libidinosos com cinco meninas, atualmente com idades entre 9 e 15 anos, mediante grave ameaça, contando com a auxílio da missionária Maria de Fátima.
Segundo o MP, os abusos sexuais foram descobertos após denúncia anônima informando que o pastor oferecia em troca doces, dinheiro, material escolar, entre outros bens.

Dilma troca ministro do Desenvolvimento Agrário: sai Afonso Florence, entra Pepe Vargas

Depois de passar o dia costurando acertos políticos em sua base partidária, que está rebelada, a presidente Dilma Rousseff decidiu substituir o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, pelo deputado federal, também petista, Pepe Vargas. Gaúcho, muito ligado a Dilma, Pepe substitui um ministro que estava sofrendo desgastes e críticas dos movimentos sociais. Sua saída, portanto, já era cogitada internamento no governo. O Planalto, no entanto, justifica sua saída como para ?cuidar de projetos políticos pessoais?. Florence poderá disputar as eleições de novembro.
Nota oficial, assinada pela Secretaria de Imprensa, diz que Florence deixa o cargo ?depois de prestar importante colaboração ao governo e ao país?. No momento, ele retorna à Câmara dos Deputados.

Recuo do Supremo Tribunal Federal põe Ficha Limpa sob ameaça

Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter sido obrigado a recuar em uma decisão que poderia tornar inconstitucionais todas as medidas provisórias aprovadas nos últimos 11 anos, a corte terá nas mãos outra definição de potencial devastador.
Há três anos, sustentado por uma liminar do tribunal, o Congresso tem driblado a regra constitucional que proíbe a votação de projetos quando MPs trancam a pauta. Nessa brecha foram aprovadas leis como a Ficha Limpa e a política do salário mínimo.
O processo sobre a validade do procedimento usado está pronto para a pauta do plenário do STF e uma decisão contrária poderia derrubar de uma vez só algumas das principais mudanças aprovadas no parlamento no período. Os deputados se valeram da brecha para aprovar 16 mudanças na Constituição, 12 projetos de lei complementar, 108 projetos de lei e 252 de decreto legislativo. Entre os projetos de lei, inclusive, estão 34 de iniciativa do poder Judiciário.
A 'desobediência' do Congresso em relação ao trancamento de pauta teve início com uma interpretação de Michel Temer, então presidente da Câmara, em março de 2009. No mesmo mês essa brecha foi questionada pelo DEM. Em liminar, o ministro Celso de Mello considerou legal a nova interpretação. Em dezembro de 2009 o assunto foi colocado na pauta do plenário do STF, mas um pedido de vistas impediu a decisão. Agora, cabe ao presidente Cezar Peluso marcar o julgamento.
Decisão. A visibilidade dessa decisão está ampliada depois de uma controversa posição tomada pelo Supremo na semana passada. Na última quarta-feira, durante um julgamento sobre a criação do Instituto Chico Mendes, o STF decidiu declarar inconstitucional a medida provisória que não tivesse sido aprovada por uma comissão mista de deputados e senadores antes de ser analisada pelo plenário das duas casas.
Ocorre, porém, que desde 2001, quando a exigência de análise por essa comissão foi incluída na Constituição, nenhuma das centenas de MPs editadas cumpriu esse trâmite. Diante de um questionamento da Advocacia Geral da União (AGU), o STF recuou e declarou que somente as próximas medidas precisarão passar por esse rito.

Sem Lula, campanha de Haddad patina

A candidatura de Fernando Haddad (PT) a prefeito de São Paulo, que navegava em águas tranquilas até o início deste mês, sofreu um revés com a saída de cena de seu principal comandante, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e agora padece de problemas externos e também internos, como a ausência de partidos coligados e a disputa dentro do próprio PT pelos cargos de comando na campanha.
O cenário era bem diferente no final de janeiro, quando o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sinalizava a Lula sua disposição de integrar a nau petista na eleição municipal. Na costura traçada, traria junto a fragata socialista do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), diversos setores evangélicos e o apoio de outras siglas que integram a administração paulistana, além da própria força da máquina municipal. Parecia, então, que uma esquadra navegaria em mar tranquilo até outubro.
A movimentação do prefeito, porém, provocou uma reação forte do tucanato. Aliados do governador Geraldo Alckmin passaram a procurar o ex-governador José Serra para convencê-lo a entrar na disputa. O argumento principal: se Kassab fechasse aliança com o PT, os petistas ficariam em condições muito favoráveis de vencer a eleição municipal, e o PSDB corria o risco de ser aniquilado em 2014.
Serra resolveu concorrer, e os ventos que sopravam na popa do barco do pré-candidato Fernando Haddad (PT) passaram a ventar na direção contrária.
Disputa interna. Lula, o principal articulador político do pré-candidato, caiu doente novamente, abatido por uma pneumonia (leia texto abaixo), o que colocou a política de alianças e a organização da coordenação de campanha em banho-maria em um momento em que a Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária no PT em âmbito nacional, pressiona por mais espaço.
O câncer de Lula até agora impede que o ex-presidente repita com Haddad a tática levada a cabo com Dilma em 2010.
Sem cacife político próprio, Haddad aguarda a convalescença de Lula para resolver as pendências e acalmar os ânimos no partido. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, é um dos mais bombardeados por aliados, que o veem como 'sectário' e o acusam de agir exclusivamente em prol dos interesses petistas, e não da coalizão nacional.
Irritados com a demora de Dilma em resolver suas voltas ao ministério, PR e PDT dificultam a vida de Haddad. O primeiro ameaça lançar candidato a prefeito o deputado Tiririca. O segundo insiste na pré-candidatura do deputado Paulinho da Força, e ainda ventila que estaria mais próximo dos tucanos do que dos petistas caso a candidatura própria não prospere.
Por sua vez, o PC do B, que apoia o PT na capital paulista desde 1988, ameaça fechar aliança com deputado Gabriel Chalita (PMDB). De resto, o PT ainda aguarda a entrada da senadora Marta Suplicy (PT-SP) na campanha em São Paulo.
O presidente municipal do PT, Antonio Donato, um dos coordenadores da pré-campanha, afirma que, embora a conjuntura seja desfavorável a Haddad, as questões estratégicas estão a favor do PT. 'Sempre soubemos da dificuldade da campanha no inicio, basicamente porque ele é desconhecido. Mas o potencial continua alto. O prestigio do Lula e da presidente Dilma são bastante altos e o desastre da administração Kassab continua. É um momento mais difícil, mas do ponto de vista estratégico estamos confiantes.'

Freixo escolhe Marcelo Yuka para vice em chapa no Rio


Freixo escolhe Marcelo Yuka para vice em chapa no Rio
"Músico ficou tetraplégico após ser baleado em assalto no Rio"

RIO - Pré-candidato do PSOL à Prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado estadual Marcelo Freixo escolheu o músico Marcelo Yuka, do mesmo partido, como companheiro de chapa. A pré-candidatura de Yuka a vice-prefeito deverá ser aprovada pelo PSOL até o fim do mês.
Há doze anos, Yuka, na época baterista da banda O Rappa, foi baleado durante um assalto na Tijuca (zona norte), onde mora, e ficou paraplégico. Em 2009, no mesmo bairro, foi atacado por assaltantes que tentaram roubar seu carro.
Freixo descarta alianças no primeiro turno e pretende fazer campanha em parceria com a sociedade civil, aproximando-se de rádios comunitárias e movimentos sociais. 'O Yuka representa muito bem tudo isso', afirmou o deputado neste domingo, 11. 'As alianças só pensam em tempo de TV.'
Além de Freixo e Yuka, está fechada a chapa com Rodrigo Maia (DEM) candidato a prefeito e Clarissa Garotinho (PR), a vice. Eles são filhos de dois experientes políticos fluminenses, o ex-prefeito Cesar Maia e o ex-governador Anthony Garotinho, que fizeram uma aliança depois de mais de uma década de confronto político.
Outro pré-candidato nas eleições cariocas é o deputado Otávio Leite (PSDB), que ainda não definiu o vice. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) tentará a reeleição com o vereador Adilson Pires (PT) candidato a vice.

Príncipe Harry encerra visita ao Brasil em jogo de pólo

Após dois dias no Rio de Janeiro, o príncipe Harry encerrou sua visita ao Brasil e sua viagem à América Latina neste domingo, 11, quando participou de um jogo de pólo beneficente na cidade de Montemor, perto de Campinas. Harry veio ao País como garoto-propaganda de uma campanha que promove a Grã-Bretanha e os laços entre Brasília e Londres.
Mesmo com direito a entrada de carruagem no maior estilo britânico e a algumas fãs esperançosas de avistá-lo (e impedidas de entrar no haras onde a partida foi realizado), Harry mostrou-se tímido, embora já habituado ao clima brasileiro. Em pouco tempo, já estava vestido e montando seu cavalo.
Embora pouco difundido no Brasil, o pólo é a modalidade oficial da família real britânica. William e Charles, irmão e pai de Harry, também são adeptos do esporte. Por isso, antes da partida, os jornalistas britânicos presentes comentavam o histórico do jovem príncipe sobre cavalos. 'Ele é um jogador que está na média, um pouco melhor que o príncipe William. Algumas vezes até acerta a bola', brincaram alguns repórteres.
Arthur Edwards, fotógrafo que cobre a família real há mais de 30 anos para o tabloide The Sun, disse que 'em uma escala de 0 a 10, Harry leva a nota 2', enquanto Charles é um pouco mais habilidoso - nota 4. Mas ele exaltou a personalidade do príncipe dentro de campo. 'Ele dá tudo de si, não tem medo de nada. Ele vai preferir que a outra equipe não alivie, é o jeito britânico', completou.
Susto
Apesar das avaliações medianas dos repórteres britânicos, Harry liderou as investidas do seu time, que leva o nome de sua fundação beneficente, a Sentebale, e venceu a St. Regis por 6 a 3. O príncipe britânico marcou apenas um gol, mas foi o destaque da partida não apenas por ser uma ilustre visita.
Ainda no início do jogo, o cavalo do paquistanês Bash Kazi se chocou com um conjunto da Sentebale e o atleta caiu. Harry, o mais próximo no momento do lance, prontamente desceu de seu cavalo e foi atender o adversário. Um verdadeiro gentleman com Kazi, que não se machucou, mas foi substituído.
'O chão estava escorregadio, não conseguimos para os cavalos e eu caí, mas não me machuquei. O melhor é que fui atendido pelo príncipe Harry, é um cavalheiro', disse o paquistanês, que elogiou a atuação do britânico. 'Para quem não joga há seis meses, ele fez uma partida excelente'.
O empresário Rico Mansur, que havia vencido o time de Harry há dois anos em Nova York, também pontuou a boa atuação do príncipe. 'No começo impusemos o ritmo e depois diminuímos um pouco, mas foi legal, divertidíssimo. Essa foi a revanche dele (o príncipe), ele foi muito bem para quem não joga com uma grande frequência', disse. Mansur havia dito antes da partida que 'jogo é jogo' e que não ia facilitar para a equipe do príncipe, mas foi o derrotado deste ano.

Estado de saúde de Lula é ótimo, diz médico

O médico Roberto Kalil Filho disse, há pouco, que o estado de saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ótimo e que dentro de semanas ele poderá retomar sua rotina normal de trabalho. O médico do ex-presidente disse que ele vai continuar o tratamento com antibióticos, para o combate à pneumonia que teve, por mais uma semana. 'O estado dele é muito bom e seu humor está ótimo', frisou Kalil Filho, após Lula ter tido alta médica nesta tarde do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde esteve internado na última semana.
Kalil Filho, que disse ter concedido a entrevista à imprensa à pedido do ex-presidente Lula, que deixou o hospital sem falar com os jornalistas, informou ainda que até o final deste mês o petista irá retornar ao hospital para novos exames que irão detectar se o tratamento de combate a um câncer na laringe poderá ser encerrado.
De acordo com o médico, como os tratamentos de quimioterapia e radioterapia já terminaram, a aparência de Lula melhorou e ele está se alimentando sem restrições. Além disso, informou Kalil, a voz do ex-presidente também já está bem melhor.

sábado, 10 de março de 2012

Veja casos de quem está enquadrado na ficha limpa Na relação abaixo, exemplos de políticos que deverão ser considerados inelegíveis este ano com base no que está previsto na Lei da Ficha Limpa

Leonardo Prudente,o "deputado da meia" do Distrito Federal, é um dos políticos que deverão ficar inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa




Benício Tavares (PMDB-DF)
Teve o mandato de deputado distrital cassado pelo TRE-DF por abuso de poder econômico e captação ilícita de votos. A decisão do tribunal regional foi confirmada pelo TSE em novembro do ano passado. Segundo os ministros da corte, o caso dele se enquadra na Ficha Limpa porque as irregularidades ocorreram em agosto de 2010, ou seja, após a edição da lei. Com isso, Benício fica inelegível por oito anos a contar do início de seu mandato. De acordo com a denúncia, o peemedebista coagiu funcionários de sua empresa, condicionando a manutenção do emprego à votação em sua candidatura. O TSE negou, em janeiro, recurso dele para continuar no cargo até o julgamento de uma apelação dele ao plenário.
Bernardo Carli (PSDB-PR)
O deputado estadual de 25 anos foi condenado à perda do mandato, em outubro passado, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por crime eleitoral. De acordo com a denúncia, o parlamentar não declarou em sua prestação de contas o pagamento a 36 cabos eleitorais em Guarapuava, cidade administrada por seu pai, o prefeito Fernando Carli. Segundo a acusação, o trabalho foi informado como “voluntário”. A defesa do tucano recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde conseguiu a suspensão da decisão graças a uma liminar do ministro Marco Aurélio. Com a liminar, ele segue no cargo. Mas falta a análise do mérito da decisão do TRE-PR. Caso o TSE mantenha a condenação, poderá ficar inelegível com base na Ficha Limpa, que prevê inelegibilidade por oito anos a contar do término do mandato, previsto, no caso, para janeiro de 2015. Bernardo é irmão do ex-deputado estadual Fernando Carli Filho, que renunciou ao mandato após causar um acidente que resultou na morte de dois jovens em Curitiba. Carli Filho será julgado em júri popular.
Carlão de Oliveira (RO)
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia é alvo de uma série de processos decorrentes da Operação Dominó, que desbaratou em 2006 uma quadrilha acusada de desviar R$ 70 milhões dos cofres públicos. O ex-deputado estadual já foi condenado em primeira instância por crimes de fraude em licitações, corrupção passiva, formação de quadrilha, peculato, advocacia administrativa e improbidade. Também tem condenação em órgão colegiado. Em abril de 2010, por exemplo, o Tribunal de Justiça manteve a condenação de Carlão a 10 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de fraude à licitação e peculato (desvio de verba pública). O ex-deputado recorre em liberdade. Em tese, pela Ficha Limpa, fica inelegível por oito anos após o cumprimento da pena.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Dono da maior votação ao Senado pela Paraíba, o tucano teve o registro de candidatura indeferido por conta de uma condenação sofrida no TSE por abuso de poder econômico e político. A denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontou, na época, que Cunha Lima teria distribuído cheques para cidadãos de seu estado, por meio de um programa assistencial mantido pela Fundação Ação Comunitária (FAC), instituição ligada ao governo do estado. No julgamento realizado na época, os advogados do tucano argumentaram que ele não poderia ser cassado por causa do programa social. Ele foi enquadrado na alínea D da lei, que prevê oito anos de inelegibilidade para quem for condenado pela Justiça Eleitoral em processos de abuso de poder. De acordo com a ficha limpa, ele está inelegível até 2014. Cunha Lima, no entanto, permanece no Senado, já que as regras de inelegibilidade não valeram para a eleição passada.
O primeiro barrado pela ficha limpa no Senado
Cássio Taniguchi (DEM-PR)
O ex-deputado federal e ex-prefeito de Curitiba foi condenado por crime de responsabilidade pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento realizado em maio. Apesar de não ter de cumprir os seis meses de prisão a que foi sentenciado por mau uso de dinheiro público, porque o STF considerou o caso prescrito, ele está na mira da Ficha Limpa por causa da condenação. Em tese, fica oito anos inelegível.
Coriolano Sales (PSDB-BA)
O ex-deputado renunciou ao mandato em 15 de agosto de 2006, para escapar da representação movida pelo PV com base no relatório da CPI dos Sanguessugas (veja a representação). Coriolano foi acusado de receber propina em troca de emenda ao orçamento para a compra de ambulâncias pela empresa Planam. O mandato dele iria até 31 de janeiro de 2007. Pela Lei da Ficha Limpa, está inelegível até 31 de janeiro de 2015.
Expedito Júnior (PSDB-RO)
O ex-senador teve o mandato cassado em 2006 por compra de voto e abuso de poder econômico pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Graças a liminares, Expedito permaneceu no cargo por mais três anos, mesmo período pelo qual foi condenado à perda dos direitos políticos. Pela Lei da Ficha Limpa, condenados por órgão colegiado por crimes eleitorais ficam inelegíveis por oito anos a contar da eleição, no caso, 2006. Em tese, está inelegível até 1º de outubro de 2014.
Joaquim Roriz (PSC-DF)
Então senador, Roriz renunciou em 2007 depois que foi acusado de negociar uma partilha irregular de R$ 2,2 milhões com o presidente do Banco Regional de Brasília (BRB). Por conta da denúncia, o Psol entrou à época com representação contra Roriz, e ele preferiu desistir do mandato a enfrentar o processo de cassação. Por conta dessa renúncia, Roriz fica inelegível até 203.
Turma da renúncia já enquadrada pela ficha limpa

João Pizzolatti (PP-SC)
O deputado só assumiu o mandato em julho de 2011 após o STF decidir que a Lei da Ficha Limpa não era válida para as eleições de 2010. Pizzolatti teve seu registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral, naquele ano, por ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em 2007, por improbidade administrativa. A Justiça catarinense considerou irregulares contratos de licitação firmados entre a empresa em que ele e seu irmão eram sócios e a prefeitura de Pomerode (SC). Pizzolatti alega, em defesa apresentada no TSE, que era apenas sócio-cotista da empresa. Argumenta, ainda, que, além de não deixar clara a intenção de cometer um ato ilícito, a condenação não individualizou sua conduta. Os advogados dele argumentam ainda que o TJ-SC determinou que os efeitos da suspensão dos direitos políticos do deputado somente poderiam vigorar a partir do trânsito em julgado do processo (quando não há mais possibilidade de recurso). A decisão previa cassação dos direitos políticos por nove anos, ressarcimento dos danos aos cofres públicos e pagamento de multas. Pela Lei da Ficha Limpa, em tese, fica inelegível por oito anos a contar do término da pena (nove anos), em 2016. Ou seja, até 2025. Pizzolatti ainda recorre da condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
José Borba (PP-PR)
Ex-líder do PMDB na Câmara, o atual prefeito de Jandaia do Sul, no Paraná, renunciou em 2005 ao mandato de deputado federal para evitar a cassação. Ele era acusado de ser um dos beneficiários do mensalão. Foi eleito prefeito em 2008, mas pode ficar impedido de disputar eleições até 2015.
José Carlos Gratz (PSL-ES)
O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo foi o primeiro candidato a questionar no STF a validade da Lei da Ficha Limpa em 2010. Ele teve sua candidatura ao Senado barrada naquele ano por causa de uma condenação por improbidade administrativa. A Justiça viu irregularidades na contratação de um seguro predial pela Assembleia, na época presidida por ele. Pela decisão, transitada em julgado (ou seja, não cabe mais recurso), Gratz está inelegível por oito anos. Pela Lei da Ficha Limpa, pode ficar mais oito anos sem poder se candidatar. O ex-deputado ficou igual período sem direitos políticos por ter tido o mandato cassado pela Justiça eleitoral.
Júnior Brunelli (sem partido, ex-PSC-DF)
Ex-deputado distrital, foi acusado de participar do esquema de corrupção montado no governo de José Roberto Arruda. Pastor evangélico, Brunelli foi flagrado recebendo dinheiro e orando pela saúde do pivô e delator do esquema, Durval Barbosa. Conhecido como o “deputado da oração da propina”, renunciou para evitar um processo que poderia levar à cassação de seu mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Como havia uma representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) contra ele na Câmara Legislativa, pelas regras da Ficha Limpa, Brunelli pode ficar inelegível até o final de 2018.
Kaká Mendonça (PTB-RO)
Um dos acusados na Operação Dominó, o ex-deputado estadual foi condenado, em novembro de 2008, pelo Tribunal de Justiça de Rondônia a 8 anos e quatro meses de prisão por corrupção e formação de quadrilha. Em tese, pela Lei da Ficha Limpa, fica inelegível por oito anos após o cumprimento da pena. Ele assumiu como suplente o mandato em janeiro, no lugar de Valter Araújo, deputado foragido da Justiça, alvo da Operação Termópilas.
Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM-DF)
Então presidente da Câmara Legislativa do DF, Prudente renunciou ao mandato em fevereiro de 2010 após ser acusado de receber dinheiro do esquema do mensalão do ex-governador José Roberto Arruda. Flagrado em vídeo enfiando dinheiro nas meias, ganhou o apelido de “deputado da meia”. A renúncia ocorreu logo após a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) entrar com uma representação na Câmara Legislativa contra ele e outros dois distritais. Por isso, em tese, ele está inelegível por oito anos a contar de janeiro de 2011, quando terminaria seu mandato.
Luiz Estevão (PMDB-DF)
Primeiro senador cassado pelos próprios colegas em 2000, o empresário ficou inelegível por oito anos. Em outubro de 2010, o STJ confirmou decisão que o condenou a 31 anos de prisão pelos crimes de peculato, estelionato, corrupção ativa, uso de documentos falsos e formação de quadrilha ou bando. O ex-senador ainda recorre em liberdade. Estevão é acusado de participar de um esquema que desviou mais de R$ 160 milhões dos cofres públicos na construção do Fórum Trabalhista em São Paulo, entre 1992 e 1998. O caso também envolveu, entre outras pessoas, o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto e resultou na cassação do mandato de Estevão. Pela Lei da Ficha Limpa, em tese, só poderá se candidatar oito anos após o término dessa pena. Em 2011, o STJ também condenou Estevão à três anos e meio de prisão por falsidade ideológica. Segundo a denúncia, ele fraudou documentos para liberar bens tornados indisponíveis pelo Poder Judiciário. Também cabe recurso.
Magda Mofatto (PTB-GO)
Suplente de deputada no exercício do mandato, Magda teve o mandato de prefeita de Caldas Novas (GO) cassado pela Justiça Eleitoral em 2007 por crimes eleitorais e abuso de poder econômico na eleição de 2004. A ex-prefeita recorreu da condenação, sem sucesso, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou a decisão do TRE-GO. Pela Lei da Ficha Limpa, está inelegível até o próximo dia 3 de outubro, quando se completam oito anos de sua eleição à prefeitura. Em tese, a petebista não pode disputar as eleições municipais deste ano, mesmo estando apta a exercer o mandato na Câmara. Magda teve sua candidatura a deputada contestada pelo Ministério Público Eleitoral em 2010. Seus votos só foram validados após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que a Ficha Limpa não valeu para as eleições de 2010. Ela assumiu o mandato na condição de suplente em 13 de julho de 2011.
Marcelino Fraga (PMDB-ES)
O ex-deputado renunciou ao mandato em 21 de agosto de 2006, para escapar da representação movida pelo PV com base no relatório da CPI dos Sanguessugas (veja a representação). Marcelino foi acusado de receber propina em troca de emenda ao orçamento para a compra de ambulâncias pela empresa Planam. O mandato dele iria até 31 de janeiro de 2007. Pela Lei da Ficha Limpa, está inelegível até 31 de janeiro de 2015. Com a candidatura contestada, Fraga obteve 10.417 votos na eleição para deputado estadual em 2010.
Marcelo Miranda (PMDB-TO)
Em 2009, o então governador do Tocantins foi cassado por abuso de poder político. Miranda foi acusado de criar cargos públicos de maneira irregular e de doar 14 mil cheques-moradia durante a campanha de 2006. Marcelo Miranda obteve a segunda maior votação para o Senado em 2010. Mas sua eleição foi barrada pelo TSE, que determinou a posse, no lugar do peemedebista, do terceiro colocado, Vicentinho Alves (PR-TO). Pela Lei da Ficha Limpa, em tese, fica inelegível até 2014.
Marcos Donadon (PMDB-RO)
Presidente da Assembleia Legislativa em 1995, foi condenado a 17 anos e 10 meses de reclusão e pagamento de multa pelo Tribunal de Justiça de Rondônia. O deputado estadual se mantém no cargo enquanto aguarda análise de seu recurso na Justiça, mas, pelas regras da Ficha Limpa, ficará inelegível por oito anos após o cumprimento da pena a que foi condenado. Ele é acusado de participar de um esquema que desviou R$ 8,4 milhões, em valores atualizados, da Assembleia Legislativa por meio de uma empresa de fachada.
Maria de Lourdes Abadia (PSDB-DF)
A ex-deputada federal e ex-governadora do DF foi condenada em definitivo por captação ilícita de sufrágio (compra de votos) nas eleições de 2006, quando tentou, sem sucesso, a reeleição para o governo local. Como não cabe mais recurso à condenação, pela Lei da Ficha Limpa, em tese, ela está inelegível até 2016. Abadia foi candidata ao Senado em 2010 e teve problemas com a Justiça eleitoral por causa dessa condenação.
Mário Calixto Filho (RO)
O ex-suplente de senador foi condenado a 11 anos e 8 meses de reclusão e pagamento de multa pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, em 2011, por formação de quadrilha e outros crimes. Calixto, que chegou a exercer mandato no Senado, é acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa de Rondônia, mesmo caso que envolveu os irmãos Donadon. O ex-senador responde a mais de 100 processos na Justiça e chegou a ser preso em 2008. É considerado foragido da Justiça. Pela Lei da Ficha, fica inelegível por oito anos a contar da conclusão da pena a que foi condenado pelo TJ-RO.
Marlon Donadon (PRB-RO)
Condenado por abuso do poder político e econômico, em decisão transitada em julgado, pela Justiça Eleitoral de Rondônia por atos relacionados às eleições municipais de 2008. Como não cabe mais recurso, pela Lei da Ficha Limpa, o ex-prefeito de Vilhena (RO) fica inelegível por oito anos. Por causa da condenação transitada em julgado, ele teve sua candidatura a deputado estadual indeferida em 2010.
Moreira Mendes (PSD-RO)
O Tribunal de Justiça de Rondônia negou recurso ao deputado federal em dezembro do ano passado por uma condenação por improbidade administrativa. O deputado foi condenado à perda do mandato, acusado de participar de um esquema de desvio de verbas da Assembleia Legislativa entre 1993 e 1994. O caso ficou conhecido como “escândalo das passagens”. Ele se mantém no mandato porque ainda cabe recurso, mas, pelas regras da Ficha Limpa, pode ficar inelegível por oito anos. Entre os condenados no mesmo caso, está o então presidente da Assembleia Legislativa, Silvernani Santos.
Natan Donadon (PMDB-RO)
Foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2010, acusado de desviar dinheiro da Assembleia Legislativa de Rondônia por meio de uma licitação fraudada em 1995. Aguarda recurso no STF, mas ficará inelegível para as próximas eleições. Diretor-financeiro da Assembleia Legislativa em 1995, ele assinou cheques em nome da instituição repassando cerca de R$ 8,4 milhões, em valores atualizados, para uma empresa de fachada. A empresa recebeu os pagamentos mesmo sem ter apresentado notas fiscais ou prestado qualquer serviço, de acordo com a acusação. A Assembleia era presidida, na ocasião, pelo ainda hoje deputado estadual Marcos Donadon (PMDB), irmão do de Natan e também condenado pelos mesmos crimes em instância inferior.
Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM-DF)
Com a prisão do então governador do Distrito Federal José Roberto Arruda em fevereiro de 2010, Paulo Octávio assumiu interinamente a chefia do Executivo local. Logo depois, a seção brasiliense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) entrou com um processo por crime de responsabilidade na Câmara Legislativa. Após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aceitar o pedido de impeachment, Paulo Octávio renunciou ao cargo em 23 de fevereiro. Assim, Paulo Octávio está inelegível até 2018.
Pedro Passos (PMDB-DF)
O ex-deputado distrital renunciou ao mandato em agosto de 2007 para escapar de um processo de cassação. Ele é acusado de envolvimento em um esquema de fraudes em licitações desbaratado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal, mas foi solto graças a habeas corpus concedido pelo STF. Em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça, Passos foi flagrado conversando com um funcionário da construtora baiana Gautama, pivô do esquema.
Severino Cavalcanti (PP-PE)
Então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE) renunciou ao mandato de deputado por conta da denúncia do empresário Sebastião Augusto Buani, dono do restaurante Fiorella. Buani disse que pagava um “mensalinho” de R$ 10 mil, para Severino em 2002 e 2003, quando ele ocupava a primeira-secretaria da Casa.  Na ocasião, um grupo de partidos entrou com representação contra ele, que então era presidente da Câmara, no Conselho de Ética.
Segundo a Lei da Ficha Limpa, quem renunciou para não ser cassado está inelegível por um período de oito anos após o final do mandato do qual abriu mão. O mandato de Severino ia até 31 de janeiro de 2007. Assim, ele está inelegível até 2015.
Silvernani Santos (RO)
O Tribunal de Justiça de Rondônia negou recurso ao ex-deputado estadual em dezembro do ano passado por uma condenação por improbidade administrativa. Silvernani foi condenado à perda do mandato, acusado de participar de um esquema de desvio de verbas da Assembleia Legislativa entre 1993 e 1994. O caso ficou conhecido como “escândalo das passagens”. Ele se mantém no mandato porque ainda cabe recurso, mas, pelas regras da Ficha Limpa, pode ficar inelegível por oito anos. Entre os condenados, está o deputado federal Moreira Mendes (PSD-RO).
Tatico (PTB-GO)
Em 27 de setembro de 2010, seis dias antes das eleições, Tatico ficou conhecido nacionalmente por ser o primeiro parlamentar condenado à prisão pelo Supremo. A pena foi de sete anos de prisão em regime semiaberto – quando o apenado pode sair da cadeia para trabalhar durante o dia. O ex-deputado foi condenado por apropriação indébita previdenciária e sonegação de contribuição previdenciária. Ele recorre da decisão em liberdade. Mas, em tese, está inelegível, pela Lei da Ficha Limpa, por oito anos após o cumprimento da sentença.
Zé Gerardo (PMDB-CE)
Em maio de 2010, Gerardo tornou-se o primeiro parlamentar condenado pelo STF após a Constituição de 1988. Acusado de ter cometido crime de responsabilidade quando era prefeito do município de Caucaia (CE), o peemedebista foi condenado a dois anos e dois meses de prisão em regime aberto, mais multa. Porém, os ministros resolveram alterar parte de pena para prestação de serviços. Os ministros entenderam que Gerardo não respeitou um convênio firmado com o Ministério do Meio Ambiente em 1997, quando era prefeito de Caucaia (CE). Zé Gerardo recebeu R$ 500 mil do órgão federal para a construção de um açude na cidade, mas utilizou os recursos em 16 passagens molhadas, uma espécie de ponte que, na época de cheia do rio, fica submersa pela água. Pela Lei da Ficha Limpa, em tese, fica inelegível por oito anos.

PTB quer exigir ficha limpa também do eleitor O partido quer tirar dos eleitores com condenação na justiça o direito de votar. Pode ser um tiro no pé: afinal, Roberto Jefferson é réu no mensalão. A informação é de Leandro Mazzini, na Coluna Esplanada



Tiro no pé? Réu no mensalão, Roberto Jefferson defende regra de ficha limpa que pode acabar se voltando contra ele - José Cruz/
PTB de Jefferson quer ficha limpa para eleitor
Partido presidido pelo ex-deputado Roberto Jefferson, réu no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o PTB deve discutir em breve a implantação da 'ficha limpa' para seus filiados, ideia dele, e também até para o eleitor, proposta do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), procurador da Câmara. Pela ideia, ninguém que tivesse condenação na Justiça por órgão colegiado poderia filiar-se ao partido. E a proposta de Marquezelli iria mais além: não poderia nem votar. As propostas serão levadas à executiva nacional. Jefferson, porém, quer cautela. "Vamos fazer primeiro a ficha limpa interna, e depois discutir a outra, quando Marquezelli apresentar", diz o presidente do partido.
Cela & urna
Marquezelli justifica a proposta que cercaria o eleitor: ele acha injusto, por exemplo, que os detentos votem nas prisões, respaldados por lei, e cobrem ficha limpa dos políticos.
Telhado de vidro
Ainda na mira da Justiça, Jefferson não se mostra preocupado em dar um tiro no próprio pé: se vier a ser condenado no STF, ele terá, então, de abrir mão da presidência, e do próprio PTB.
Berger no GDF
Swedenberger Barbosa, o Berger, homem de confiança do ex-presidente Lula, entrará no governo do Distrito Federal pelas mãos do governador Agnelo Queiroz (PT). Assumirá o Gabinete Civil, criado para ele, e será homem forte de Agnelo na gestão.
MP no Inca
O MP Federal instaurou Inquérito Civil Público para investigar suspeitas de mau atendimento a pacientes de cuidados paliativos do Instituto Nacional do Câncer. Há denúncias de maus tratos, privação de alimentação e falta de cuidados necessários.
Outro lado
O INCA informa que a unidade de cuidados paliativos é referência nacional, treinando 100 profissionais por ano na área. "A unidade atende quase 12 mil pacientes por ano, de forma humanizada", e recebeu em 2008 Certificação Internacional de Acreditação.
Plateia feminina
As mulheres se interessam mais por arte. O Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, concluiu que elas respondem por 60% do público nos espetáculos.
Cena de cinema
O senador Magno Malta (PR-ES) discursava na quinta quando, ao citar o colega Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), soltou: "Você até que parece o Harry Potter mesmo!".
Brasil no MIT
Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Columbia University (NY) e professor do Ibmec, faz palestra hoje no conceituado Massachusetts Institute of Technology, na XV MIT Latin America Conference. O MIT é berço das mais avançadas tecnologias.
Alô, Conar
A NET faz propaganda enganosa na TV sobre os 10 Mega de velocidade de sua internet. O máximo que se chega é 8 Mega, reclamam clientes de Brasília. Na maioria dos casos, fica em 5 Mega. E o pacote não tem o valor reduzido, apesar da prova.
Atrasadão
Depois de três adiamentos, deve ocorrer na quarta-feira o julgamento do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO) no STF. Ele é acusado de peculato pelo MP de Rondônia quando ocupou a direção financeira da Assembleia Legislativa.
Piada da Cozinha
De um deputado, ironizando o caso Demóstenes-Carlinhos Cachoeira, sobre a cozinha milionária dada pelo bicheiro ao senador, e o apoio maciço dos colegas ao demo no Senado: "Todo mundo tem um pé na cozinha".

Radar Esplanada
Anda sorridente o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), principalmente depois que o ministro Paulo Passos, dos Transportes, saiu de reunião com a presidente Dilma.
Brasiilll
Ontem à tarde, em seu Twitter, Roberto Jefferson andou irônico: "Esse país tá igual aquele ditado: se cobrir vira circo, se cercar vira hospício".
Ponto Final
O Brasil tornou-se o país líder em adesão às redes sociais na internet.