A candidatura de Fernando Haddad (PT) a prefeito de São Paulo, que navegava em águas tranquilas até o início deste mês, sofreu um revés com a saída de cena de seu principal comandante, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e agora padece de problemas externos e também internos, como a ausência de partidos coligados e a disputa dentro do próprio PT pelos cargos de comando na campanha.
O cenário era bem diferente no final de janeiro, quando o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sinalizava a Lula sua disposição de integrar a nau petista na eleição municipal. Na costura traçada, traria junto a fragata socialista do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), diversos setores evangélicos e o apoio de outras siglas que integram a administração paulistana, além da própria força da máquina municipal. Parecia, então, que uma esquadra navegaria em mar tranquilo até outubro.
A movimentação do prefeito, porém, provocou uma reação forte do tucanato. Aliados do governador Geraldo Alckmin passaram a procurar o ex-governador José Serra para convencê-lo a entrar na disputa. O argumento principal: se Kassab fechasse aliança com o PT, os petistas ficariam em condições muito favoráveis de vencer a eleição municipal, e o PSDB corria o risco de ser aniquilado em 2014.
Serra resolveu concorrer, e os ventos que sopravam na popa do barco do pré-candidato Fernando Haddad (PT) passaram a ventar na direção contrária.
Disputa interna. Lula, o principal articulador político do pré-candidato, caiu doente novamente, abatido por uma pneumonia (leia texto abaixo), o que colocou a política de alianças e a organização da coordenação de campanha em banho-maria em um momento em que a Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária no PT em âmbito nacional, pressiona por mais espaço.
O câncer de Lula até agora impede que o ex-presidente repita com Haddad a tática levada a cabo com Dilma em 2010.
Sem cacife político próprio, Haddad aguarda a convalescença de Lula para resolver as pendências e acalmar os ânimos no partido. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, é um dos mais bombardeados por aliados, que o veem como 'sectário' e o acusam de agir exclusivamente em prol dos interesses petistas, e não da coalizão nacional.
Irritados com a demora de Dilma em resolver suas voltas ao ministério, PR e PDT dificultam a vida de Haddad. O primeiro ameaça lançar candidato a prefeito o deputado Tiririca. O segundo insiste na pré-candidatura do deputado Paulinho da Força, e ainda ventila que estaria mais próximo dos tucanos do que dos petistas caso a candidatura própria não prospere.
Por sua vez, o PC do B, que apoia o PT na capital paulista desde 1988, ameaça fechar aliança com deputado Gabriel Chalita (PMDB). De resto, o PT ainda aguarda a entrada da senadora Marta Suplicy (PT-SP) na campanha em São Paulo.
O presidente municipal do PT, Antonio Donato, um dos coordenadores da pré-campanha, afirma que, embora a conjuntura seja desfavorável a Haddad, as questões estratégicas estão a favor do PT. 'Sempre soubemos da dificuldade da campanha no inicio, basicamente porque ele é desconhecido. Mas o potencial continua alto. O prestigio do Lula e da presidente Dilma são bastante altos e o desastre da administração Kassab continua. É um momento mais difícil, mas do ponto de vista estratégico estamos confiantes.'
O cenário era bem diferente no final de janeiro, quando o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sinalizava a Lula sua disposição de integrar a nau petista na eleição municipal. Na costura traçada, traria junto a fragata socialista do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), diversos setores evangélicos e o apoio de outras siglas que integram a administração paulistana, além da própria força da máquina municipal. Parecia, então, que uma esquadra navegaria em mar tranquilo até outubro.
A movimentação do prefeito, porém, provocou uma reação forte do tucanato. Aliados do governador Geraldo Alckmin passaram a procurar o ex-governador José Serra para convencê-lo a entrar na disputa. O argumento principal: se Kassab fechasse aliança com o PT, os petistas ficariam em condições muito favoráveis de vencer a eleição municipal, e o PSDB corria o risco de ser aniquilado em 2014.
Serra resolveu concorrer, e os ventos que sopravam na popa do barco do pré-candidato Fernando Haddad (PT) passaram a ventar na direção contrária.
Disputa interna. Lula, o principal articulador político do pré-candidato, caiu doente novamente, abatido por uma pneumonia (leia texto abaixo), o que colocou a política de alianças e a organização da coordenação de campanha em banho-maria em um momento em que a Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária no PT em âmbito nacional, pressiona por mais espaço.
O câncer de Lula até agora impede que o ex-presidente repita com Haddad a tática levada a cabo com Dilma em 2010.
Sem cacife político próprio, Haddad aguarda a convalescença de Lula para resolver as pendências e acalmar os ânimos no partido. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, é um dos mais bombardeados por aliados, que o veem como 'sectário' e o acusam de agir exclusivamente em prol dos interesses petistas, e não da coalizão nacional.
Irritados com a demora de Dilma em resolver suas voltas ao ministério, PR e PDT dificultam a vida de Haddad. O primeiro ameaça lançar candidato a prefeito o deputado Tiririca. O segundo insiste na pré-candidatura do deputado Paulinho da Força, e ainda ventila que estaria mais próximo dos tucanos do que dos petistas caso a candidatura própria não prospere.
Por sua vez, o PC do B, que apoia o PT na capital paulista desde 1988, ameaça fechar aliança com deputado Gabriel Chalita (PMDB). De resto, o PT ainda aguarda a entrada da senadora Marta Suplicy (PT-SP) na campanha em São Paulo.
O presidente municipal do PT, Antonio Donato, um dos coordenadores da pré-campanha, afirma que, embora a conjuntura seja desfavorável a Haddad, as questões estratégicas estão a favor do PT. 'Sempre soubemos da dificuldade da campanha no inicio, basicamente porque ele é desconhecido. Mas o potencial continua alto. O prestigio do Lula e da presidente Dilma são bastante altos e o desastre da administração Kassab continua. É um momento mais difícil, mas do ponto de vista estratégico estamos confiantes.'
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