O cerco contra as motos em São Paulo foi apertado. Estatísticas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)mostram que o número desses veículos apreendidos na capital aumentou cinco vezes, superando, pela primeira vez, o de carros rebocados. Foram 34.513 em 2011, ante 6.468 no ano anterior. A explicação do órgão de trânsito para o movimento é a intensificação das blitze da Polícia Militar com foco nas motocicletas.
Os bloqueios, iniciados há quase um ano, têm acontecido diariamente, e são feitos pelo Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) e por batalhões espalhados pela cidade. As autoridades afirmam ter dois objetivos com a operação, denominada Cavalo de Aço. O primeiro é reduzir a quantidade de ocorrências policiais envolvendo motos, em crimes como os da 'saidinha de banco'. O outro é ampliar a segurança viária.
Isso porque, nos últimos anos, as motocicletas foram o segundo grupo de veículos que mais estiveram envolvidos em acidentes fatais na cidade, perdendo só para os carros. Proporcionalmente, porém, a participação delas nesses eventos foi muito maior. Em 2010, por exemplo, os automóveis, que representavam 73% da frota da capital, se envolveram em 48% dos atropelamentos com morte. As motos, 12% do total de veículos, em 25%.
De acordo com o capitão Cleodato Moisés do Nascimento, porta-voz do Comando de Policiamento da Capital, aspectos de manutenção das motos também são averiguados em todas as blitze. 'São pontos como pneu careca, placa ilegível, falta de retrovisor e licenciamento do veículo.' Ele diz que irregularidades assim respondem pela maioria das apreensões. 'Elas têm um caráter administrativo.' A menor parte dos reboques ocorre por a atitudes criminosas, como o transporte de armas no baú.
Motos caras. Uma das estratégias da PM nas blitze é 'pinçar' as motos mais caras de propósito. Segundo o tenente Alex Ang, a intenção é alertar condutores desleixados e bandidos oportunistas. Um exemplo: uma operação na sexta-feira, sobre a Ponte das Bandeiras, na zona norte, entre as 11h10 e as 12h10, abordou 60 motoqueiros e terminou com quatro motos apreendidas. Entre elas, se destacava a Kawasaki Versys de cerca de R$ 30 mil de um publicitário que acabara de chegar de Brasília. Sua presença no guincho foi uma surpresa para ele, que estava com o licenciamento atrasado. 'É a primeira vez que sou parado numa blitz em dez anos andando de moto.'
O diretor administrativo da CET, coronel Luiz Alberto Reis, observa que 60% das irregularidades encontradas entre os motociclistas abordados são de falta da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). 'A moto é apreendida e só pode ser retirada se aparecer alguém habilitado.'
Os veículos são levados para dois pátios: na Praça Alberto Lion, no Cambuci, zona sul, e no Aricanduva, zona leste. Eles estão lotados de motos. A CET divulgou que as zonas sul, leste e norte são as que registram mais apreensões.
Gilberto Almeida dos Santos, presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado (Sindimoto), defende a iniciativa. 'Tira motos irregulares que poderiam levar a acidentes. É também um jeito de disciplinar o uso da moto.'
Já o motoboy Renan de Oliveira, de 25 anos, reclama que desde o ano passado tem sido parado frequentemente, e isso atrasa seu trabalho. 'A gente escapa quando dá. Pega até contramão.' Já o eletricista Francisco da Silva, de 41 anos, foi parado três vezes no último trimestre. 'Mas me sinto mais seguro. Se fosse parado todo dia, não me incomodava.'
Os bloqueios, iniciados há quase um ano, têm acontecido diariamente, e são feitos pelo Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) e por batalhões espalhados pela cidade. As autoridades afirmam ter dois objetivos com a operação, denominada Cavalo de Aço. O primeiro é reduzir a quantidade de ocorrências policiais envolvendo motos, em crimes como os da 'saidinha de banco'. O outro é ampliar a segurança viária.
Isso porque, nos últimos anos, as motocicletas foram o segundo grupo de veículos que mais estiveram envolvidos em acidentes fatais na cidade, perdendo só para os carros. Proporcionalmente, porém, a participação delas nesses eventos foi muito maior. Em 2010, por exemplo, os automóveis, que representavam 73% da frota da capital, se envolveram em 48% dos atropelamentos com morte. As motos, 12% do total de veículos, em 25%.
De acordo com o capitão Cleodato Moisés do Nascimento, porta-voz do Comando de Policiamento da Capital, aspectos de manutenção das motos também são averiguados em todas as blitze. 'São pontos como pneu careca, placa ilegível, falta de retrovisor e licenciamento do veículo.' Ele diz que irregularidades assim respondem pela maioria das apreensões. 'Elas têm um caráter administrativo.' A menor parte dos reboques ocorre por a atitudes criminosas, como o transporte de armas no baú.
Motos caras. Uma das estratégias da PM nas blitze é 'pinçar' as motos mais caras de propósito. Segundo o tenente Alex Ang, a intenção é alertar condutores desleixados e bandidos oportunistas. Um exemplo: uma operação na sexta-feira, sobre a Ponte das Bandeiras, na zona norte, entre as 11h10 e as 12h10, abordou 60 motoqueiros e terminou com quatro motos apreendidas. Entre elas, se destacava a Kawasaki Versys de cerca de R$ 30 mil de um publicitário que acabara de chegar de Brasília. Sua presença no guincho foi uma surpresa para ele, que estava com o licenciamento atrasado. 'É a primeira vez que sou parado numa blitz em dez anos andando de moto.'
O diretor administrativo da CET, coronel Luiz Alberto Reis, observa que 60% das irregularidades encontradas entre os motociclistas abordados são de falta da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). 'A moto é apreendida e só pode ser retirada se aparecer alguém habilitado.'
Os veículos são levados para dois pátios: na Praça Alberto Lion, no Cambuci, zona sul, e no Aricanduva, zona leste. Eles estão lotados de motos. A CET divulgou que as zonas sul, leste e norte são as que registram mais apreensões.
Gilberto Almeida dos Santos, presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado (Sindimoto), defende a iniciativa. 'Tira motos irregulares que poderiam levar a acidentes. É também um jeito de disciplinar o uso da moto.'
Já o motoboy Renan de Oliveira, de 25 anos, reclama que desde o ano passado tem sido parado frequentemente, e isso atrasa seu trabalho. 'A gente escapa quando dá. Pega até contramão.' Já o eletricista Francisco da Silva, de 41 anos, foi parado três vezes no último trimestre. 'Mas me sinto mais seguro. Se fosse parado todo dia, não me incomodava.'
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