Desde o início do velório de Wando, às 17h30 desta quarta-feira, no Cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte, Minas Gerais, a mulher do cantor, Renata Costa Lana Souza, não se afastou do caixão do marido. Toda de preto e de óculos escuros, Renata acaricia e beija o rosto de Wando a todo instante. Em alguns momentos, ela fica parada olhando para o corpo do cantor, parecendo não acreditar no que vê.
Muito abalada, Renata é consolada pela mãe e por amigos. Em alguns momentos, ela recebeu alguns fãs do cantor.
Wanderley Junior, um dos quatro filhos de Wando, também não saiu do lado do corpo do pai desde o início do velório. Gabriela Reis e Katiuscia Czakaj também estão na cerimônia. Katiuscia mora na Alemanhã e veio ao Brasil para ver o pai.
A caçula de Wando, Maria Sabrina, de cinco anos, única filha com Renata, ainda não sabe da morte do pai, confirmada às 8h desta quarta-feira. Segundo o sogro de Wando, Lúcio Vasconcelos, de 67 anos, ainda não há como dar a notícia para a neta.
- Ela não sabe e não sei quando vamos contar. Maria Sabrina está na casa dos primos, aqui em Minas mesmo. Será uma tarefa muito difícil.
Na noite desta quarta-feira, funcionários do Cemitério Bosque da Esperança tiveram que organizar uma fila para que os cerca de 30 fãs do cantor que estavam no local pudessem dar o último adeus ao ídolo.
O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
E agora?
Bahia e Rio de Janeiro estão vivendo momentos difíceis com a greve dos policiais militares.
Médicos registram melhora do quadro da vereadora Rosa Fernandes
A vereadora Rosa Fernandes (PMDB) - que segue internada no CTI do hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, recuperando-se de um infarto - tem registrado melhoras, segundo os médicos, significativas.
No início da noite de hoje, os pulmões e os rins já funcionavam plenamente.
No início da noite de hoje, os pulmões e os rins já funcionavam plenamente.
Aeroporto Santos Dumont está fechado para pousos e decolagens
RIO - O aeroporto Santos Dumont está fechado para pousos e decolagens devido ao nevoeiro que atinge a cidade na manhã desta sexta-feira. Os motoristas que atravessam a Ponte-Rio Niterói devem ter cuidado porque é grande a nebulosidade.
Garotinho: ‘O clima está para parar, né?’
O ex-governador Anthony Garotinho foi flagrado em escutas telefônicas discutindo a possibilidade de uma greve de policiais e bombeiros no Rio com o cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento que reivindica aumentos salariais no estado, preso anteontem. Daciolo — que está detido em Bangu 1 — é acusado de incitar os militares a fazerem greve. Na quarta-feira, ele estava na Bahia dando apoio aos grevistas locais.
Nas gravações, Garotinho diz que está tentando costurar coligação entre vários partidos para obstruir a pauta da Câmara dos Deputados, caso os parlamentares não votassem a PEC 300 — projeto que garante piso aos militares das Forças Auxiliares. E pergunta:
"Agora, me diga uma coisa: como está o movimento para amanhã (quinta-feira) aí?".
Mais adiante, na conversa, ele é mais direto:
"Mas você acha o quê? Tem clima para parar lá no Rio?".
Daciolo responde, então, afirmativamente e reforça:
Apoio antigo
"A tropa está bem forte, apesar de o governo estar armando de colocar o pessoal em plantão extra, escala extra e tudo mais".
Garotinho admitiu, ontem, as conversas. No ano passado, ele declarou apoio ao movimento que reivindica aumentos. Em seu blog na internet, Garotinho vem divulgando datas de manifestações e fazendo acusações ao governador Sérgio Cabral. Em junho do ano passado, na mesma semana em que bombeiros invadiram o quartel-central da corporação, no Centro, Garotinho disse ter sofrido atentado em Cabo Frio. Na ocasião, seu carro foi atingido por dois tiros, embora ele nada tenha sofrido.
No caso da conversa de anteontem, Garotinho diz que ele próprio pediu que seu gabinete fizesse ligação para o celular de Daciolo, às 18h37m. Entretanto, a gravação feita pela polícia é do início da manhã.
— Sempre falo com ele — admite.
A Justiça Militar decretou, no início da noite de ontem, a prisão preventiva de Daciolo, detido sob a acusação de incitamento à greve e aliciamento para motim. Ele está detido no Complexo de Bangu. Segundo a assessoria da corporação, a medida foi tomada para evitar uma tentativa de invasão ao QG como a do ano passado.
Entre 2007 e 2010, ele trabalhou na Assembleia, lotado no gabinete da ex-deputada estadual Beatriz Santos, do PRB, na época aliada de Garotinho.
‘Pedi 15 milhões e a Playboy me ofereceu R$ 3,5’, diz Val Marchiori
Para ter Val Machiori na capa da publicação, a “Playboy” terá que desembolsar R$ 15 milhões. Foi esse o cachê pedido pela socialite durante a reunião com o editor-chefe da publicação, Edson Aran, na última semana.
Por telefone, a participante do reality show “Mulheres ricas” contou à coluna o valor do cachê que lhe foi oferecido durante a negociação: “Pedi 15 milhões e a ‘Playboy’ me ofereceu R$ 3,5 milhões. Foi uma forma de dizer não ao convite. Falei para o Edson que teria que ser o cachê mais caro e que ele não teria condições de me pagar”, disse.
Val também contou que durante o encontro informou ao Edson que o ensaio teria que ser fora do Brasil. “Eu teria que ser fotografada em Florença, na Itália, para homenagear minhas raízes italianas. Ou Dubai, Grécia... Eles adoraram a ideia, mas não querem me pagar (risos).” disse Val, informando que não posaria completamente nua. “Não gosto de nu explícito. Tem que ser elegante, né. Afinal, sou uma mulher rica, Hellooo!”
Lindsay Lohan posa de lingerie e cigarro na boca inspirada em Marilyn Monroe
A polêmica ronda a vida de Lindsay Lohan e não é de hoje, coitada. Mas depois de aparecer nas páginas da “Playboy” americana, a ex-ruiva e agora exageradamente loura Lindsay ganhou um ensaio em outra publicação. Na “Love Magazine”, Lindsay Lohan aparece em ousadas lingeries de renda, com cigarro na boca, totalmente pin up, num ensaio inspirado em Marilyn Monroe.
É a terceira vez que a moça encarna a diva. Quem se cansou de ver a atriz descabelada, cheia de olheiras, totalmente desleixada por vários e vários meses, vai se surpreender com as fotos. Lindsay transpira glamour. Ainda que isso pareça inversamente proporcional à personalidade da moça.
É a terceira vez que a moça encarna a diva. Quem se cansou de ver a atriz descabelada, cheia de olheiras, totalmente desleixada por vários e vários meses, vai se surpreender com as fotos. Lindsay transpira glamour. Ainda que isso pareça inversamente proporcional à personalidade da moça.
Belo sai de casa após flagrar traição de Gracyanne
Quem estava no Barra Music, na segunda-feira à noite, ficou sem entender nada quando Belo abandonou o palco antes do fim do show. O cantor alegou uma indisposição, mas a dor que ele sentia era outra: uma crise no seu relacionamento, de quase cinco anos, com Gracyanne Barbosa.
A grave crise do casal começou na última sexta-feira, quando Belo flagrou uma traição da mulher. Os dois passaram o fim de semana brigados, dormindo em quartos separados. Ontem, o cantor teria saído de casa, decidido a romper de uma vez por todas o relacionamento. Deprimido com a situação, Belo resolveu cancelar sua agenda de shows, às vesperas do carnaval.
O cantor e Gracyanne, atual rainha de bateria da Unidos da Tijuca, já usavam aliança na mão esquerda desde o ano passado, e chegaram a planejar uma cerimônia de casamento na Candelária. Será que tem volta?
A grave crise do casal começou na última sexta-feira, quando Belo flagrou uma traição da mulher. Os dois passaram o fim de semana brigados, dormindo em quartos separados. Ontem, o cantor teria saído de casa, decidido a romper de uma vez por todas o relacionamento. Deprimido com a situação, Belo resolveu cancelar sua agenda de shows, às vesperas do carnaval.
O cantor e Gracyanne, atual rainha de bateria da Unidos da Tijuca, já usavam aliança na mão esquerda desde o ano passado, e chegaram a planejar uma cerimônia de casamento na Candelária. Será que tem volta?
Demi Moore aparece ainda mais magra em evento em Nova York
Alguns jornais da imprensa internacional atribuem a perda de peso de Demi aos recentes rumores do fim do casamento com Ashton Kutcher. O ator teria traído Demi com uma loura de 22 anos.
Ariadna se refresca no chuveirinho na praia
Deputados aprovam antecipação de reajuste salarial para polícias do Rio; ameaça de greve continua
Os deputados estaduais do Rio de Janeiro aprovaram na manhã desta quinta-feira (9) a proposta de antecipação dos reajustes salariais para as quatro entidades de classe da segurança pública fluminense: polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e agentes penitenciários.
O projeto de lei foi encaminhado pelo governo do Estado em resposta à ameaça de greve das categorias, e todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês.
O projeto de lei foi encaminhado pelo governo do Estado em resposta à ameaça de greve das categorias, e todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês.
Até fevereiro de 2013, isto é, em um período de um ano, o somatório do reajuste escalonado será de 39%, e o piso salarial chegará a R$ 2.077 --considerando o adicional do auxílio-moradia (R$ 551,36). Policiais civis e agentes penitenciários não recebem tal benefício.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
O aumento previsto para daqui a dois anos levará em consideração a inflação acumulada do IPCA em um espaço temporal de 12 meses (de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014), e corresponderia, segundo o governo estadual, ao dobro da inflação no período.
Além disso, os servidores serão beneficiados a partir de 2014 com um auxílio-transporte no valor de R$ 100 mensais e a garantia de que não mais haverá corte da gratificação da Delegacia Legal em caso de afastamento por acidente de trabalho.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
O aumento previsto para daqui a dois anos levará em consideração a inflação acumulada do IPCA em um espaço temporal de 12 meses (de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014), e corresponderia, segundo o governo estadual, ao dobro da inflação no período.
Além disso, os servidores serão beneficiados a partir de 2014 com um auxílio-transporte no valor de R$ 100 mensais e a garantia de que não mais haverá corte da gratificação da Delegacia Legal em caso de afastamento por acidente de trabalho.
As quatro categorias da segurança pública do Rio, no entanto, unificaram suas reivindicações e exigem do governo do Estado um piso salarial de R$ 3.500, entre outros itens específicos de cada um dos órgãos. O governo já descartou tal reajuste.
A votação na Assembleia Legislativa (Alerj) ocorreu em sessão extraordinária e durou pouco mais de 15 minutos. Dos 60 parlamentares presentes no pleito, apenas um se manifestou contra o projeto de lei 1.184/12, o deputado Paulo Ramos (PDT).
Segundo ele, o projeto precisa ser ampliado antes de ser colocado em prática, já que não contempla os servidores do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas).
Policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários devem iniciar uma greve geral às 0h desta sexta-feira (10) caso a proposta seja aprovada em uma grande assembleia conjunta, envolvendo todas as categorias, que está marcada para esta quinta-feira, às 18h, na Cinelândia, na região central da capital.
Segundo ele, o projeto precisa ser ampliado antes de ser colocado em prática, já que não contempla os servidores do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas).
Policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários devem iniciar uma greve geral às 0h desta sexta-feira (10) caso a proposta seja aprovada em uma grande assembleia conjunta, envolvendo todas as categorias, que está marcada para esta quinta-feira, às 18h, na Cinelândia, na região central da capital.
Bombeiros dizem que prisão de líder não inviabiliza greve
A prisão na noite de ontem do cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento grevista dos bombeiros do Rio, não irá enfraquecer o ânimo dos servidores para uma eventual greve, disse o cabo Harrua Leal, vice-presidente da Associação SOS Bombeiros, principal entidade que lidera a pauta de reivindicações da categoria e que tem como presidente justamente Daciolo.
Gravações mostram PMs combinando ações de vandalismo na Bahia
Ele foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Galeão quando voltava de Salvador, na Bahia. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça e exibidas pelo “Jornal Nacional” revelam conversas do cabo discutindo estratégias para fortalecer o movimento grevista no Rio e pressionar pela aprovação no Congresso da PEC 300 –emenda constitucional que prevê o estabelecimento de um piso nacional para os salários de policias civis, militares e bombeiros.
“Temos uma assembleia geral marcada para hoje à noite. Ela está mantida e pode decidir pela greve sim. Os bombeiros do Rio já não suportam mais as condições salariais que aqui operam. O governo do Rio acha que vai enfraquecer o movimento com esta prisão, mas vai fortalecer. Estamos indignados com a prisão (de Daciolo)”, disse Leal.
Sindicato dos policiais civis diz que greve é "inevitável"
O Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sindpol) aprovou mais cedo um indicativo de greve em sua última assembleia antes da mobilização conjunta com policiais militares, bombeiros e agentes penitenciários.
"O governo não sabe lidar com a polícia em greve. E nós sabemos que o Rio de Janeiro vai entrar em greve, a segurança pública do Rio vai entrar em greve", afirmou uma das lideranças, identificado apenas como Oliveira --que esteve na Bahia para observar a estrutura funcional da greve dos PMs naquele Estado.
"A greve se tornou um caminho inevitável, já que o governo do Estado não consultou a categoria para perguntar se a proposta que nos foi apresentada era boa ou ruim. (...) A nossa onda é a greve. (...) Mas a gente não vai tacar fogo em ônibus. Isso é justamente o que o Estado quer para desqualificar a nossa luta", disse o presidente do Sindpol, Carlos Gadelha.
"Cabral tem até 23h59 para evitar a greve", diz líder dos bombeiros em manifestação no Rio
O sargento do 1º GSE (Grupamento de Socorro e Emergência) Paulo Nascimento afirmou na noite desta quinta-feira (9) que o governador Sérgio Cabral tem até 23h59 de hoje para aceitar as reivindicações da categoria e evitar uma greve geral das entidades de classe da segurança pública fluminense. Policiais civis e militares, e agentes penitenciários também pretendem iniciar uma paralisação.
Cerca de 2.500 manifestantes, entre policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários, comparecem na noite desta quinta-feira (9) à praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para a assembleia conjunta que definirá o início da greve das entidades de classe da segurança pública fluminense.
"O governador tem até um minuto antes da meia-noite para fazer com que a gente não seja obrigado a tomar essa atitude. Tudo está nas mãos dele", afirmou Nascimento.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, a ideia dos grevistas é a de "evitar o pânico". Por esse motivo, os manifestantes pedem que a população do Rio "evite transitar pelas ruas a partir de amanhã", conforme anunciava uma mensagem de um carro de som próximo ao palanque montado na praça da Cinelândia, no centro do Rio.
"Essa medida é para evitar acidentes ou colisões. A gente não quer criar pânico. Acendemos um pavio e, se tiver explosão, é culpa do governador", disse.
Nascimento afirmou ainda que não tem medo de ser preso, a exemplo do cabo Benevenuto Daciolo --líder do movimento S.O.S Bombeiros que foi preso na noite de ontem após divulgação de uma interceptação telefônica na qual ele supostamente "incita" a greve.
"Nosso movimento não tem uma só liderança. Na verdade, nós somos líderes das nossas famílias, e por elas que estamos lutando. Eu perdi o medo há muito tempo. Desde o dia em que invadiram o quartel central da corporação e nós não desmobilizamos", finalizou.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, a ideia dos grevistas é a de "evitar o pânico". Por esse motivo, os manifestantes pedem que a população do Rio "evite transitar pelas ruas a partir de amanhã", conforme anunciava uma mensagem de um carro de som próximo ao palanque montado na praça da Cinelândia, no centro do Rio.
"Essa medida é para evitar acidentes ou colisões. A gente não quer criar pânico. Acendemos um pavio e, se tiver explosão, é culpa do governador", disse.
Nascimento afirmou ainda que não tem medo de ser preso, a exemplo do cabo Benevenuto Daciolo --líder do movimento S.O.S Bombeiros que foi preso na noite de ontem após divulgação de uma interceptação telefônica na qual ele supostamente "incita" a greve.
"Nosso movimento não tem uma só liderança. Na verdade, nós somos líderes das nossas famílias, e por elas que estamos lutando. Eu perdi o medo há muito tempo. Desde o dia em que invadiram o quartel central da corporação e nós não desmobilizamos", finalizou.
Assembleia
Cerca de 2.500 manifestantes, entre policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários, comparecem na noite desta quinta-feira (9) à praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para a assembleia conjunta que definirá o início da greve
O momento de maior comoção entre os manifestantes foi quando uma das lideranças anunciou que todo o efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar foi proibido de deixar os quartéis. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Rio, Sérgio Simões, os militares estão em regime de prontidão, e não de "aquartelamento". O comando da PM ainda não se pronunciou sobre o assunto.
O número de pessoas que se aglomeram na praça da Cinelândia está aumentando. Segundo lideranças do movimento, cerca de cem ônibus lotados de bombeiros, policiais e agentes penitenciários estão a caminho do local.
Reivindicações
De acordo com o sargento Paulo Nascimento, lotado no 1º GSE (Grupo de Socorro e Emergência), as principais reivindicações unificadas das quatro forças da segurança pública do Rio são: piso salarial de R$ 3.500, auxílio-alimentação na ordem de R$ 350 (e fim dos ranchos nos quartéis), e uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
Os militares aceitam uma carga horária maior do que a reivindicada, desde que o governo do Estado pague hora extra.
O governo já descartou o piso de R$ 3.500 e mandou um projeto de lei sobre o reajuste aos deputados, que o aprovaram nesta quinta-feira. O projeto define que todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês. Até fevereiro de 2013, isto é, em um período de um ano, o somatório do reajuste escalonado será de 39%, e o piso salarial chegará a R$ 2.077 --considerando o adicional do auxílio-moradia (R$ 551,36). Policiais civis e agentes penitenciários não recebem tal benefício.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
Os militares aceitam uma carga horária maior do que a reivindicada, desde que o governo do Estado pague hora extra.
O governo já descartou o piso de R$ 3.500 e mandou um projeto de lei sobre o reajuste aos deputados, que o aprovaram nesta quinta-feira. O projeto define que todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês. Até fevereiro de 2013, isto é, em um período de um ano, o somatório do reajuste escalonado será de 39%, e o piso salarial chegará a R$ 2.077 --considerando o adicional do auxílio-moradia (R$ 551,36). Policiais civis e agentes penitenciários não recebem tal benefício.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
O aumento previsto para daqui a dois anos levará em consideração a inflação acumulada do IPCA em um espaço temporal de 12 meses (de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014), e corresponderia, segundo o governo estadual, ao dobro da inflação no período.
Além disso, os servidores serão beneficiados a partir de 2014 com um auxílio-transporte no valor de R$ 100 mensais e a garantia de que não mais haverá corte da gratificação da Delegacia Legal em caso de afastamento por acidente de trabalho.
Deputada cobra "direitos iguais"
A deputada estadual Janira Rocha (PSOL), que aparece em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça e exibidas pelo "Jornal Nacional" articulando o movimento grevista junto com o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo, uma das lideranças do movimento, cobrou "direitos iguais" ao comentar a prisão de Daciolo, na noite de ontem –realizada após a divulgação das gravações.
"Eu tenho a liberdade de falar, pois vivemos em uma democracia. Nós estávamos discutindo sobre o momento do ponto de vista político. A presidente da República, Dilma Rousseff, fatalmente ligou para o governador Sérgio Cabral para debater sobre o assunto e falar sobre as perspectivas do governo. O mesmo direito que ela tem, eu tenho", argumentou.
Segundo a parlamentar, ela mantém "contatos regulares" com Daciolo desde o movimento grevista do Corpo de Bombeiros iniciado no segundo semestre do ano passado.
"A diferença é eu honro as minhas calças e assumo isso. Não há problema nenhum em discutir política seja com o Daciolo ou qualquer outro integrante do movimento", afirmou.
"Eu tenho a liberdade de falar, pois vivemos em uma democracia. Nós estávamos discutindo sobre o momento do ponto de vista político. A presidente da República, Dilma Rousseff, fatalmente ligou para o governador Sérgio Cabral para debater sobre o assunto e falar sobre as perspectivas do governo. O mesmo direito que ela tem, eu tenho", argumentou.
Segundo a parlamentar, ela mantém "contatos regulares" com Daciolo desde o movimento grevista do Corpo de Bombeiros iniciado no segundo semestre do ano passado.
"A diferença é eu honro as minhas calças e assumo isso. Não há problema nenhum em discutir política seja com o Daciolo ou qualquer outro integrante do movimento", afirmou.
"Meu marido não é bandido”
A mulher do cabo Benevenuto Daciolo afirmou que o marido está sendo mantido em uma penitenciária de segurança máxima (Bangu 1, na zona oeste), a mesma utilizada para abrigar criminosos de alta periculosidade.
Segundo Cristiane Daciolo, que está na assembleia das categorias, este será o argumento do defensor público do marido na hora de protocolar o pedido de habeas corpus.
"A prisão do Daciolo é totalmente ilegal. Ainda não consegui contato com ele, pois meu marido está isolado em Bangu 1, não nos deram qualquer tipo de acesso a ele, nem para a família nem para o defensor público. Meu marido não é bandido. Estão negando a ele o seu direito de defesa", disse.
Cristiane reclamou que o coronel Sérgio Simões, comandante do Corpo de Bombeiros, não autorizou que ela e a filha visitassem Daciolo quando ele ainda estava detido no quartel central da corporação.
"O Simões não quis nos receber e deixou com que eu e minha filha ficássemos até cinco horas da manhã na porta do quartel, sentadas na calçada", afirmou.
O último contato que Cristiane teve com o marido foi quando ele ainda estava no avião, voltando da Bahia em direção ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. "Ele já sabia que ia ser preso quando desembarcasse e me ligou para avisar”.
Na versão de Cristiane, o cabo líder do movimento grevista só viajou para a Bahia a convite de um juiz militar e da AMB (Associação de Magistrados do Brasil). "Eles queriam que o Daciolo ajudasse e intermediasse e negociação com os policiais militares da Bahia. Acredito que a desocupação da Assembleia Legislativa só foi possível por causa dele", finalizou.
Agentes de segurança do Rio de Janeiro entram em greve
Os Bombeiros, a Polícia Militar, a Polícia Civil e os agentes penitenciários do Rio de Janeiro entraram em greve oficialmente às 23h30 desta quinta-feira. A partir da 0h, todos os policiais ficarão aquartelados em seus respectivos batalhões.
Quem estiver de folga também ficará aquartelado, além de inativos e aposentados que, na medida do possível, foram convocados a comparecer nos quartéis. Policiais foram destacados para continuar nas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), mas o movimento grevista recomenda que trabalhem sem armas.
A orientação do comando de greve é que nenhum PM ou bombeiro saia para ocorrência alguma. A Polícia Civil só atenderá ocorrências emergenciais, como violência grave, furto de veículo e as relativas à Lei Maria da Penha. A Delegacia de Homicídios continuará operando normalmente, segundo o diretor jurídico do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis), Francisco Chao. "Em nenhuma hipótese serão aceitos atos de vandalismo da Polícia Civil", afirmou Chao.
O cabo da Polícia Militar lotado no 22º BPM (Maré) Wellington Machado afirmou que, a partir de agora, "qualquer ocorrência que ocorrer na cidade é de responsabilidade do exército e da Força Nacional de Segurança".
O sargento do 1º GSE (Grupamento de Socorro e Emergência) Paulo Nascimento havia afirmado mais cedo que o governador Sérgio Cabral teria até 23h59 de hoje para aceitar as reivindicações da categoria e evitar uma greve geral das entidades de classe da segurança pública fluminense.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, a ideia dos grevistas é a de "evitar o pânico". Por esse motivo, os manifestantes pedem que a população do Rio "evite transitar pelas ruas a partir de amanhã", conforme anunciava uma mensagem de um carro de som próximo ao palanque montado na praça da Cinelândia, no centro do Rio.
"Essa medida é para evitar acidentes ou colisões. A gente não quer criar pânico. Acendemos um pavio e, se tiver explosão, é culpa do governador", disse.
Nascimento afirmou ainda que não tem medo de ser preso, a exemplo do cabo Benevenuto Daciolo --líder do movimento S.O.S Bombeiros que foi preso na noite de ontem após divulgação de uma interceptação telefônica na qual ele supostamente "incita" a greve.
"Nosso movimento não tem uma só liderança. Na verdade, nós somos líderes das nossas famílias, e por elas que estamos lutando. Eu perdi o medo há muito tempo. Desde o dia em que invadiram o quartel central da corporação e nós não desmobilizamos", finalizou.
Nascimento afirmou ainda que não tem medo de ser preso, a exemplo do cabo Benevenuto Daciolo --líder do movimento S.O.S Bombeiros que foi preso na noite de ontem após divulgação de uma interceptação telefônica na qual ele supostamente "incita" a greve.
"Nosso movimento não tem uma só liderança. Na verdade, nós somos líderes das nossas famílias, e por elas que estamos lutando. Eu perdi o medo há muito tempo. Desde o dia em que invadiram o quartel central da corporação e nós não desmobilizamos", finalizou.
Assembleia
Cerca de 2.500 manifestantes, entre policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários, compareceram na noite desta quinta-feira (9) à praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para a assembleia conjunta que definiu o início da greve
O momento de maior comoção entre os manifestantes foi quando uma das lideranças anunciou que todo o efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar foi proibido de deixar os quartéis. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Rio, Sérgio Simões, os militares estão em regime de prontidão, e não de "aquartelamento". O comando da PM ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Reivindicações
De acordo com o sargento Paulo Nascimento, lotado no 1º GSE (Grupo de Socorro e Emergência), as principais reivindicações unificadas das quatro forças da segurança pública do Rio são: piso salarial de R$ 3.500, auxílio-alimentação na ordem de R$ 350 (e fim dos ranchos nos quartéis), e uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
Os militares aceitam uma carga horária maior do que a reivindicada, desde que o governo do Estado pague hora extra.
O governo já descartou o piso de R$ 3.500 e mandou um projeto de lei sobre o reajuste aos deputados, que o aprovaram nesta quinta-feira. O projeto define que todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês. Até fevereiro de 2013, isto é, em um período de um ano, o somatório do reajuste escalonado será de 39%, e o piso salarial chegará a R$ 2.077 --considerando o adicional do auxílio-moradia (R$ 551,36). Policiais civis e agentes penitenciários não recebem tal benefício.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
Os militares aceitam uma carga horária maior do que a reivindicada, desde que o governo do Estado pague hora extra.
O governo já descartou o piso de R$ 3.500 e mandou um projeto de lei sobre o reajuste aos deputados, que o aprovaram nesta quinta-feira. O projeto define que todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês. Até fevereiro de 2013, isto é, em um período de um ano, o somatório do reajuste escalonado será de 39%, e o piso salarial chegará a R$ 2.077 --considerando o adicional do auxílio-moradia (R$ 551,36). Policiais civis e agentes penitenciários não recebem tal benefício.
Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.
O aumento previsto para daqui a dois anos levará em consideração a inflação acumulada do IPCA em um espaço temporal de 12 meses (de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014), e corresponderia, segundo o governo estadual, ao dobro da inflação no período.
Além disso, os servidores serão beneficiados a partir de 2014 com um auxílio-transporte no valor de R$ 100 mensais e a garantia de que não mais haverá corte da gratificação da Delegacia Legal em caso de afastamento por acidente de trabalho.
Deputada cobra "direitos iguais"
A deputada estadual Janira Rocha (PSOL), que aparece em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça e exibidas pelo "Jornal Nacional" articulando o movimento grevista junto com o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo, uma das lideranças do movimento, cobrou "direitos iguais" ao comentar a prisão de Daciolo, na noite de ontem –realizada após a divulgação das gravações.
"Eu tenho a liberdade de falar, pois vivemos em uma democracia. Nós estávamos discutindo sobre o momento do ponto de vista político. A presidente da República, Dilma Rousseff, fatalmente ligou para o governador Sérgio Cabral para debater sobre o assunto e falar sobre as perspectivas do governo. O mesmo direito que ela tem, eu tenho", argumentou.
Segundo a parlamentar, ela mantém "contatos regulares" com Daciolo desde o movimento grevista do Corpo de Bombeiros iniciado no segundo semestre do ano passado.
"A diferença é eu honro as minhas calças e assumo isso. Não há problema nenhum em discutir política seja com o Daciolo ou qualquer outro integrante do movimento", afirmou.
"Eu tenho a liberdade de falar, pois vivemos em uma democracia. Nós estávamos discutindo sobre o momento do ponto de vista político. A presidente da República, Dilma Rousseff, fatalmente ligou para o governador Sérgio Cabral para debater sobre o assunto e falar sobre as perspectivas do governo. O mesmo direito que ela tem, eu tenho", argumentou.
Segundo a parlamentar, ela mantém "contatos regulares" com Daciolo desde o movimento grevista do Corpo de Bombeiros iniciado no segundo semestre do ano passado.
"A diferença é eu honro as minhas calças e assumo isso. Não há problema nenhum em discutir política seja com o Daciolo ou qualquer outro integrante do movimento", afirmou.
"Meu marido não é bandido”
A mulher do cabo Benevenuto Daciolo afirmou que o marido está sendo mantido em uma penitenciária de segurança máxima (Bangu 1, na zona oeste), a mesma utilizada para abrigar criminosos de alta periculosidade.
Segundo Cristiane Daciolo, que está na assembleia das categorias, este será o argumento do defensor público do marido na hora de protocolar o pedido de habeas corpus.
"A prisão do Daciolo é totalmente ilegal. Ainda não consegui contato com ele, pois meu marido está isolado em Bangu 1, não nos deram qualquer tipo de acesso a ele, nem para a família nem para o defensor público. Meu marido não é bandido. Estão negando a ele o seu direito de defesa", disse.
Cristiane reclamou que o coronel Sérgio Simões, comandante do Corpo de Bombeiros, não autorizou que ela e a filha visitassem Daciolo quando ele ainda estava detido no quartel central da corporação.
"O Simões não quis nos receber e deixou com que eu e minha filha ficássemos até cinco horas da manhã na porta do quartel, sentadas na calçada", afirmou.
O último contato que Cristiane teve com o marido foi quando ele ainda estava no avião, voltando da Bahia em direção ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. "Ele já sabia que ia ser preso quando desembarcasse e me ligou para avisar”.
Na versão de Cristiane, o cabo líder do movimento grevista só viajou para a Bahia a convite de um juiz militar e da AMB (Associação de Magistrados do Brasil). "Eles queriam que o Daciolo ajudasse e intermediasse e negociação com os policiais militares da Bahia. Acredito que a desocupação da Assembleia Legislativa só foi possível por causa dele", finalizou.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Lula intervém e faz de Tatto o novo ‘líder’ do PT
A bancada do PT na Câmara federal já dispõe de novo líder.. Sai Paulo Teixeira (SP). Entra, empurrado por Lula, Jilmar Tatto (SP).
Disputava a cadeira com Tatto o deputado José Guimarães (CE). A refrega seria decidida numa votação que trincaria a bancada. Ao entrar em cena, Lula fechou o paiol.
Ficou definido que haverá um revezamento na liderança. Lula impôs a ordem das coisas. Em 2012, dá as cartas Tatto. Em 2013, Guimarães assume o baralho. E não se fala mais nisso.
Lula desceu ao front da Câmara representado pelo amigo Luiz Marinho, prefeito petista de São Bernardo do Campo. A pedido dos médicos, o ex-soberano poupa o latim. Marinho falou por ele.
Informados sobre a vontade do líder supremo, os operadores da infantaria de Guimarães -à frente o líder do governo Cândido Vaccarezza e o ex-presidente mensaleiro da Câmara João Paulo Cunha- recolheram as armas.
Lula impôs sua vontade na Câmara uma semana depois de ter prevalecido no Senado. Ali, interveio em favor de Marta Suplicy (SP), contra José Pimentel (CE), seu ex-ministro da Previdência.
Marta elegera-se vice-presidente do Senado, em 2010, sob o compromisso de renunciar à cadeira dois anos depois. Neste fevereiro de 2012, iria ao assento o companheiro Pimentel.
Empurrada para fora do tabuleiro eleitoral de São Paulo por Lula e refugada por Dilma Rousseff na Esplanada dos Ministérios, Marta deu o acordado por desacordado.
Quando a bancada se preparava para levá-la à fogueira, Lula providenciou a água fria. Pediu compreensão a Pimentel e bancou a posição de Marta. Jogo jogado.
Nos dois casos, Lula paga em Brasília as faturas de São Paulo. A exemplo de Marta, também o deputado Tatto retirara-se da briga pela prefeitura paulistana em favor de Fernando Haddad, o dodói de Lula.
Tatto ameaçara levar a disputa às últimas consequências de uma prévia. Estava entendido que perderia. Mas faria demasiado barulho. Após silenciá-lo no município, Lula dá-lhe voz na liderança da Câmara.
Nesse ritmo, o partido acaba trocando de sigla. Em vez de PT, PTdoT. Não é mais Partido dos Trabalhadores. Virou Partido do Trabalhador. Antes, Lula metia-se apenas nos grandes negócios -escolha de ministros, por exemplo. Hoje, resolve tudo -de unha encravada e dor de dente.
Kassab usa até voto evangélico para seduzir PT
O prefeito Gilberto Kassab esforça-se para dar uma ossatura teórica ao projeto de juntar o seu PSD ao PT na eleição municipal de São Paulo. Para persuadir o pedaço do petismo que ainda resiste à aproximação, Kassab leva à mesa até o voto evangélico.
No prognóstico de Kassab, desenhado em privado, a disputa paulistana será definida em dois turnos. Sem José Serra, ele não vê o PSDB no segundo round. Acha que estarão no páreo o candidato do PT, Fernando Haddad, e o do PMDB, Gabriel Chalita.
Avalia que, para prevalecer, Haddad terá de agregar ao seu cacife “natural” os votos de gente que costuma torcer o nariz para o PT. É nesse ponto da equação que Kassab se inclui.
Na conta do prefeito, Haddad saltará dos 5% que o Datafolha lhe atribui em seu melhor cenário para o percentual histórico de votos do PT –“entre 30% e 33%”, ele estima. Kassab imagina que seu apoio adicionará à conta algo como 15%.
Nessa antevisão, Haddad seria alçado a patamares situados no intervalo de 45% a 48%. Para vencer, precisa ultrapassar a barreira dos 50%. O triunfo viria, segundo Kassab, do eleitorado evangélico. Um voto que ele diz ser capaz de prover.
Entre quatro paredes, Kassab jacta-se de ter construído pontes com lideranças religiosas como Silas Malafaia, um telepastor da Igreja Assembléia de Deus-Vitória em Cristo. Acha que conseguirá adicionar ao cesto de Haddad algo entre 5% e 7% de votos oriundos do nicho evangélico.
De acordo com o último Datafolha, veiculado em 27 de janeiro, 14% dos eleitores paulistanos declaram que poderiam votar num candidato apoiado por Kassab. Um percentual muito próximo dos 15% que o prefeito inclui como cota pessoal nas contas que faz.
Porém, a pesquisa também mostrou que o apoio do prefeito afastaria do candidato de sua predileção quase metade do eleitorado –46% afirmam que não votariam num postulante apoiado por Kassab. Um dado que o potencial aliado do PT se abstém de considerar.
De resto, a companhia de Kassab embaralharia o discurso do petismo. Haddad teria de fazer ginástica retórica para justificar a parceria com um personagem a cuja gestão o PT sempre se opôs. Lula dá de ombros para as contradições. Defende enfaticamente a aliança.
Kassab deseja indicar o vice de Haddad. Seu preferido é o atual secretário de Educação da prefeitura, Alexandre Schneider. O predileto de Lula é o ex-presidente do BC Henrique Meirelles, que não se mostra, por ora, encantado pela ideia.
A despeito de todos os senões escondidos atrás dos acenos que dirige ao PT, Kassab parece considerar-se o aliado mais poderoso que ele conhece. Multiplica o seu valor por sua autoestima. Ou divide-o por sua autocrítica.
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