"Quando assumiu o Esporte, Aldo Rebelo já havia indicado que faria mudanças na pasta"
BRASÍLIA - Depois de recolher na Casa Civil a lista de nomeações para 25 cargos de confiança feita pelo antecessor Orlando Silva, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) exonerou da Pasta dois militantes do PC do B: Wadson Ribeiro, acusado de integrar o esquema de desvio de dinheiro para ONGs, e Danilo Moreira. Como havia anunciado ao assumir o posto de ministro no lugar de Orlando Silva, Rebelo manteve no Ministério o ex-secretário-executivo Waldemar Manoel Silva de Souza, que agora será assessor especial do ministro. Waldemar apareceu no noticiário sobre os escândalos recentes no Ministério do Esporte como suspeito de assinar convênios com ONGs de fachada.
Por intermédio de sua assessoria, o Esporte defendeu o servidor. De acordo com o Ministério, por ter o cargo de secretário-executivo, 'Silva de Souza assinou convênios com ONGs por dever de ofício, com base em pareceres técnicos e fundamentos jurídicos'.
Ainda segundo o Ministério, o convênio assinado com o Sindicato Nacional das Associações de Futebol (Sindafebol) foi firmado com a entidade para cadastramento de torcidas e não foi levado adiante por iniciativa do próprio sindicato, após experiência piloto realizada com clubes de Curitiba, bancada com recursos próprios daquela entidade sindical.
Conforme a assessoria do Ministério do Esporte, 'o cancelamento do convênio foi acompanhado da devolução integral dos recursos repassados pelo governo para sua execução, acrescidos do rendimento que houve no período'.
Quanto a Wadson Ribeiro, ele foi exonerado definitivamente do Ministério do Esporte. Durante a gestão de Orlando Silva, ele foi secretário-executivo da Pasta e também secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. Como Orlando Silva e Aldo Rebelo, Wadson foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), cargo que ocupou de 1999 a 2001.
Ele não tinha qualquer experiência na área do Esporte quando foi nomeado, em 2009. Era estudante de medicina. Foi candidato a deputado federal por Minas Gerais em 2010, mas não se elegeu, pois obteve apenas 10.494 votos. Voltou ao Ministério em seguida, não mais para a Secretaria-Executiva, mas para a de Esporte e Lazer.