Caraguá começou a ser povoada no início de 1600, através das Sesmarias. A 1ª que se conhece ocupou a bacia do Rio Juqueriquerê, em 1609 e foi doada pelo Capitão-mor Gaspar Conqueiro aos antigos moradores de Santos, Miguel Gonçalves Borba e Domingos Jorge, como prêmio por serviços prestados á Capitania de São Vicente.
A partir desta data tem indício a ocupação na região do Juqueriquerê, que pelas suas condições favoráveis, despertava a atenção de colonos. Em meados do século XVI, começava a surgir o primeiro povoado da Vila de Santo Antônio de Caraguá.
Em 1693, um violento surto de varíola, a qual o povo vulgarmente tratava por “Bexigas”, vitimou parte da população da Vila; o restante dirigiu-se para a cidade de Ubatuba e São Sebastião, ficando então o local conhecido como a “Vila que desertou”. Devido à epidemia que se abateu sobre o povoado, o pequeno vilarejo ficou deserto, resistindo somente a igrejinha de invocação a Santo Antônio. Contudo, aos poucos, a Vila de Caraguá foi sendo novamente povoada.
Com a realização de recentes pesquisas sobre a história do município, comprovou-se que sua data de fundação é 1664/1665 e seu fundador é Manuel de Faria Dória, Capitão-mor da Capitania de Itanhaém.
Em meados do século XVIII, o novo povoado viu crescer o número de seus habitantes a tal ponto que despertaria o interesse do capitão geral da capitania de São Paulo, D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão Morgado de Mateus a tomar providências para que o povoado de Santo Antônio de Caraguá fosse elevado à condição de Vila, em 27 de setembro de 1770, sem emancipação político-administrativa. Em 1847 foi elevada à condição de “Freguesia” pela lei nº 18 de 16 de março de 1847, sancionada por Manuel da Fonseca Lima e Silva, Presidente da província de São Paulo.
Em 1857, pela lei nº 30, de 20 de abril de 1857, sancionadas por Antônio Roberto D'Almeida, Vice-presidente da província de São Paulo, Caraguá é elevada à categoria de Vila. Nesta data, passou a ter sua emancipação político–administrativa, deixando de pertencer a São Sebastião. Foi reconhecida como Estância Balneária em 1947, pela lei nº 38, de 30 de novembro de 1947 e sua Comarca instalada em 26 de setembro de 1965.
Evolução Urbana
Caraguá, como todo o Litoral Norte no início do século, após ter passado por um período de desenvolvimento, encontrava-se estagnada economicamente.
O comércio era precário, muitas vezes à base de troca. Muitos produtos da terra eram enviados através de canoas de voga até Santos, onde também compravam as encomendas do povo da Vila.
Em 1910, a Vila de Caraguá possuía 3.562 habitantes e em 1927 contava apenas com uma praça, duas ruas, um beco e algumas centenas de moradores.
A maior parte dos habitantes se localizava na zona rural em agrupamentos de pescadores distribuídos pelas praias.
Em 1927, inicia-se a mudança desse cenário devido a instalação da fazenda dos franceses, J. Charvolin, mais tarde denominada Fazenda dos Ingleses.
No ano de 1938, começam as ligações rodoviárias entre o Vale do Paraíba e Litoral Norte. Caraguá, São Sebastião e São José dos Campos.
Em 1939. A abertura ao tráfego da rodovia ligando São Sebastião-Caraguá-Ubatuba, só ocorreu anos mais tarde, em 1955.
Nos anos 40, chegavam, nos períodos de férias de junho, algumas famílias para desfrutar de suas praias. Na década de 50, o número de turista aumentava, e o turismo na região começava a se desenvolver.
A partir desse período, iniciou um crescimento populacional acelerado no município de Caraguá.
Na década de 80, a orla do centro, Prainha, Martim de Sá, Indaiá e Palmeiras foi sendo ocupada o que acabou por prejudicar as famílias caíçaras. Suas terras, passadas através de gerações, foram, aos poucos, sendo saqueadas para ceder lugar às novas construções, sufocando toda uma cultura.
Na década de 90, o número habitacional e populacional continuava crescendo, ocupando áreas de riscos como as encostas de morros, causando uma ocupação desordenada no município.
De acordo com o último censo realizado em 2010 pelo IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população fixa de Caraguá é de 100.889 habitantes. Ao longo do verão, com a chegada da população flutuante na região, este número chega a triplicar.
Brasão do município
1º Brasão de Caraguatatuba - 1957
Lei Municipal nº 260/57
Lei Municipal nº 260/57
A cruz de Malta em azul, tendo brocante sobre si, lírio em prata, simboliza a fé cristã do povo caraguatatubense, representada pela devoção a Santo Antônio, padroeiro local, Santo reconhecidamente milagroso e de coração nobre e puro como o ouro que serve de fundos nos seus símbolos.
A Âncora em prata ressalta simbolicamente a situação de Caraguatatuba como cidade praiana; ao mesmo tempo significa firmeza e segurança, atributos de um município que, dadas a suas belezas naturais e terras férteis, evoluiu progressivamente a fim de se tornar um dos pontos turísticos mais procurados em todo o Estado de São Paulo.
Sobreposto à âncora, está um escudete representativo da cidade de Lisboa, terra natal do Santo Padroeiro, sendo também uma homenagem de Caraguatatuba a nossos ancestrais de além mar.
Os dois delfins laterais lembram as águas piscosas de Caraguatatuba, cujos produtos (peixes de grande porte) representam uma riqueza em potencial, além de constituir grande atração turística. Como riqueza agrícola principal do Município, está a banana, representada por um cacho dessa deliciosa musácea, em ouro. Em menor destaque, também em ouro, acha-se o abacaxi que cresce vigorosamente neste Município. Sobre o listal, a frase “DVC IN ALTVM” (sempre avante), concitando o povo caraguatatubense a elevar a sua cidade, seu Município, em ascensão acelerada para o maravilhoso porvir que lhe está reservado.
A Âncora em prata ressalta simbolicamente a situação de Caraguatatuba como cidade praiana; ao mesmo tempo significa firmeza e segurança, atributos de um município que, dadas a suas belezas naturais e terras férteis, evoluiu progressivamente a fim de se tornar um dos pontos turísticos mais procurados em todo o Estado de São Paulo.
Sobreposto à âncora, está um escudete representativo da cidade de Lisboa, terra natal do Santo Padroeiro, sendo também uma homenagem de Caraguatatuba a nossos ancestrais de além mar.
Os dois delfins laterais lembram as águas piscosas de Caraguatatuba, cujos produtos (peixes de grande porte) representam uma riqueza em potencial, além de constituir grande atração turística. Como riqueza agrícola principal do Município, está a banana, representada por um cacho dessa deliciosa musácea, em ouro. Em menor destaque, também em ouro, acha-se o abacaxi que cresce vigorosamente neste Município. Sobre o listal, a frase “DVC IN ALTVM” (sempre avante), concitando o povo caraguatatubense a elevar a sua cidade, seu Município, em ascensão acelerada para o maravilhoso porvir que lhe está reservado.
2º Brasão de Caraguatatuba – 1995
Lei Municipal nº 501/95
Lei Municipal nº 501/95
Em termos históricos, o Brasão de Armas do Município de Caraguatatuba é descrito da seguinte forma, considerando também os enfoques heráldicos.
“O Escudo Ibérico utilizado para representar o Brasão de Armas do Município de Caraguatatuba teve a influência dos nossos colonizadores, advinda da longínqua península Ibérica (Portugal/Espanha), que juntamente com nossos silvícolas, constituíram-se na formação da nossa raça”.
De goles (vermelho), com duas flechas postas em aspas (cruzadas), tendo brocante (sobreposta) sobre o cruzamento uma âncora, tudo de prata, simbolizando, primeiramente com as flechas a presença do índio, habitante primitivo destas paragens, e com a âncora a situação do Município como cidade praiana, que, simultaneamente, significa Firmeza, Segurança e Esperança atributos de um Município onde suas belezas naturais e terras férteis contribuem progressivamente, a fim de se tornar um dos pontos turísticos dos mais procurados em todo o Estado de São Paulo e no Brasil.
A cor goles (vermelho) simboliza o Amor Pátrio, Dedicação, Audácia, Intrepidez, Coragem, Valentia e Justiça do povo caraguatatubense.
Chefe de Ouro, carregado de uma Cruz de Ordem de Cristo entre dois lírios de blau (azul), simbolizando a Fé Cristã dos moradores através da cruz e, evidenciando também, através dos lírios a devoção a Santo Antônio - Padroeiro da Cidade reconhecidamente milagroso e de coração nobre e puro, como o ouro que serve o fundo deste, em Chefe. Antes do topônimo “Caraguatatuba”, a Freguesia de “Santo Antônio de Caraguatatuba” como era denominada, traduzia a fé pelo Santo lisboense, venerado até os dias de hoje.
A Coroa Mural que encima o Brasão é o símbolo universal de domínio, que sendo de prata, de oito torres, das quais somente cinco aparecem visíveis em perspectiva no desenho, evidencia a cidade como Sede de Comarca, tendo as portas abertas, de goles (vermelho), proclamam o caráter hospitaleiro do povo caraguatatubense, pois é a cor no Brasil, do Direito e da Justiça, então como a dizer: “Dentro destas portas encontrareis a Justiça”.
Os golfinhos, à destra e à sinistra representam o mar que banha Caraguatatuba, cujos pescados relevam a riqueza em potencial, além de constituir atração turística.
Como riqueza agrícola principal do Município, encontra-se a banana, representada pelo arranjo de cachos e, em menor destaque o abacaxi, ao natural.
Listel de goles (vermelho), sobre o qual se inscreve a frase bíblica (divisa) “DVC IN ALTVM”, extraída do Evangelho Pesca Milagrosa, onde Jesus Cristo proferiu as palavras, concitando o pescador Pedro a lançar suas redes para Avante, isto é, Para o Alto (mar). Portanto, o Município de Caraguatatuba assume este lema, tornando-o paradigma a ascensão acelerada ao maravilhoso porvir que lhe está reservado.
“O Escudo Ibérico utilizado para representar o Brasão de Armas do Município de Caraguatatuba teve a influência dos nossos colonizadores, advinda da longínqua península Ibérica (Portugal/Espanha), que juntamente com nossos silvícolas, constituíram-se na formação da nossa raça”.
De goles (vermelho), com duas flechas postas em aspas (cruzadas), tendo brocante (sobreposta) sobre o cruzamento uma âncora, tudo de prata, simbolizando, primeiramente com as flechas a presença do índio, habitante primitivo destas paragens, e com a âncora a situação do Município como cidade praiana, que, simultaneamente, significa Firmeza, Segurança e Esperança atributos de um Município onde suas belezas naturais e terras férteis contribuem progressivamente, a fim de se tornar um dos pontos turísticos dos mais procurados em todo o Estado de São Paulo e no Brasil.
A cor goles (vermelho) simboliza o Amor Pátrio, Dedicação, Audácia, Intrepidez, Coragem, Valentia e Justiça do povo caraguatatubense.
Chefe de Ouro, carregado de uma Cruz de Ordem de Cristo entre dois lírios de blau (azul), simbolizando a Fé Cristã dos moradores através da cruz e, evidenciando também, através dos lírios a devoção a Santo Antônio - Padroeiro da Cidade reconhecidamente milagroso e de coração nobre e puro, como o ouro que serve o fundo deste, em Chefe. Antes do topônimo “Caraguatatuba”, a Freguesia de “Santo Antônio de Caraguatatuba” como era denominada, traduzia a fé pelo Santo lisboense, venerado até os dias de hoje.
A Coroa Mural que encima o Brasão é o símbolo universal de domínio, que sendo de prata, de oito torres, das quais somente cinco aparecem visíveis em perspectiva no desenho, evidencia a cidade como Sede de Comarca, tendo as portas abertas, de goles (vermelho), proclamam o caráter hospitaleiro do povo caraguatatubense, pois é a cor no Brasil, do Direito e da Justiça, então como a dizer: “Dentro destas portas encontrareis a Justiça”.
Os golfinhos, à destra e à sinistra representam o mar que banha Caraguatatuba, cujos pescados relevam a riqueza em potencial, além de constituir atração turística.
Como riqueza agrícola principal do Município, encontra-se a banana, representada pelo arranjo de cachos e, em menor destaque o abacaxi, ao natural.
Listel de goles (vermelho), sobre o qual se inscreve a frase bíblica (divisa) “DVC IN ALTVM”, extraída do Evangelho Pesca Milagrosa, onde Jesus Cristo proferiu as palavras, concitando o pescador Pedro a lançar suas redes para Avante, isto é, Para o Alto (mar). Portanto, o Município de Caraguatatuba assume este lema, tornando-o paradigma a ascensão acelerada ao maravilhoso porvir que lhe está reservado.
Fonte: Livro “Santo Antônio de Caraguatatuba – Memória e Tradições de um Povo”.
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