A diferença entre os dois, de 21 pontos no fim de maio (48% das intenções de voto para Lula no primeiro turno em 2 de outubro contra 27% para Bolsonaro) caiu para 11 na sexta-feira passada (45% a 34%), segundo o Instituto Datafolha.
O presidente ganhou dois pontos na semana passada, enquanto o ex-presidente perdeu dois há duas semanas.
PERGUNTA: O que explica essa dinâmica favorável a Bolsonaro nas últimas semanas?
RESPOSTA: "Bolsonaro tem errado pouco, tem trabalhando muito bem, apesar de alguns deslizes que teve no debate da Band e na Jovem Pan, quando respondeu de forma ríspida a duas jornalistas.
Acertaram nas medidas aprovadas pelo congresso, que de alguma forma conseguiram melhorar a percepção do ambiente econômico, que era o principal problema de Bolsonaro.
Embora a inflação da cesta básica se mantenha elevada, houve uma série de notícias positivas em relação ao poder aquisitivo dos brasileiros. Com o auxílio emergencial de 600 reais, são mais de 20 milhões de famílias impactadas.
O tema das críticas às urnas e aos ministros do STF saíram do mapa, (atraindo) o eleitor moderado, que não gosta do discurso muito radical do presidente".
P: Qual tem sido o impacto das manifestações multitudinárias de seus apoiadores no 7 de Setembro?
R: "Foi um ganho de 100%. Quarta-feira foi o dia inteiro com Bolsonaro na tela dos canais de informação. Não importa tanto se foram um milhão ou 100.000 pessoas, o que importa é a imagem, a foto, com Bolsonaro falando a uma Esplanada que aparentava estar cheia. Quando você olha a imagem, parece não ver o fim do público. Sobre as críticas por ter se apropriado da festa nacional e o impacto que essa imagem tem, Bolsonaro se beneficiou muito mais".
P: Bolsonaro ainda pode vencer e ser reeleito?
R: "O PT, que dois meses atrás estava falando em vitória no primeiro turno, perdeu força. Praticamente não há mais chance de vitória no primeiro turno. A candidatura do Lula está estagnada. Parece que ele está no teto para o primeiro turno.
Se a gente mantém essa tendência de crescimento, nesse ritmo, Bolsonaro não alcançaria Lula. Mas o eleitor vai mudando de acordo com os fatos e com a proximidade da eleição.
E no segundo turno, ele (Bolsonaro) chega com ímpeto novo, com muito engajamento dos apoiadores, como vimos no 7 de Setembro. Bolsonaro continua 100% no jogo" para 30 de outubro.
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