O tropeço deixou o petista irritado, o que marcaria sua atuação no debate. O ex-prefeito chegou a reclamar do barulho da torcida de Rodrigo Garcia e adotou um tom mais exaltado do que os adversários.
Ao ser questionado sobre propostas para a educação, Freitas pegou o petista de surpresa ao disparar: “Pergunto para a plateia: digitem no Google: pior prefeito de São Paulo”.
Haddad sentiu o golpe ali mesmo. “Fui agredido pelo Tarcísio. Se forem ao Google, digitem genocida. Lamento essa agressividade na primeira resposta. Você está chegando agora a São Paulo e eu dei as boas vindas. Se adeque ao nosso padrão de civilidade”, respondeu.
Não bastasse ter sofrido o primeiro ataque da noite, Haddad foi em seguida criticado por Garcia.
Apesar de tentar se vender como distante dos dois rivais, ele subiu o tom ao dizer que Haddad “acorda tarde e não trabalha”.
“Vocês observaram que um bate boca com outro. É a briga ideológica e política que prejudica sua vida (...). Talvez o Haddad não saiba porque ele sempre é distraído e chega mais tarde e acorda tarde. Eu fui responsável por mais do que dobrar o número de Poupatempos”.
Garcia se tornou, depois disso, o principal rival do petista no debate.
O confronto com o tucano desalinhou a estratégia do PT, que prefere rivalizar com Tarcísio e replicar, em São Paulo, a polarização nacional entre Lula e Jair Bolsonaro.
A estratégia tem amparo em pesquisas. Os petistas também acreditam que é mais fácil bater Tarcísio do que Garcia em um eventual segundo turno.
Candidato a vice de Garcia, Geninho Zuliani (União) comemorou o desempenho de Garcia. “Tarcísio é o terceiro, vai votar na gente no segundo turno”, disse durante um dos intervalos.
A torcida de Garcia era a maior e mais rumorosa, o que deu ao governador vantagem também nos bastidores. Ao fim do confronto, aliados parabenizaram o tucano. Haddad foi o primeiro a sair do estúdio, sem muitos afagos. Já Tarcísio comemorou ter passado na primeira prova como político profissional.
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