Ricardo Teixeira não é presidente da CBF desde 2012, mas segue dando as cartas no continente. Pelo menos foi isso que afirmou o ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, que colocou o brasileiro como um dos chefes das propinas no continente. O depoimento dado pelo cartola paraguaio, que está preso ao Uruguai, ao FBI foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Envolvido no escândalo de corrupção na América do Sul que está sendo desvendado pelas autoridades norte-americanas, Figueredo está colaborando com as investigações e afirmou que não era ele que comandava os esquemas ilegais na entidade. Na sua delação, o paraguaio acusa Teixeira e o falecido Julio Grondona, argentino que comandava a Federação Argentina de Futebol, como líderes da distribuição de pagamentos ilegais em 2013 e 2014.
De acordo com Figueredo, uma empresa fez parceria com a Conmebol nesta época e pagou US$ 300 mil a cada presidente de federação no continente, mas a dupla estipulou o valor da propina.
"Era tão natural que a pessoa que entrava no grupo recebia o dinheiro que cada um sabia que ia receber. (Teixeira) queria que eu cobrasse US$ 50 mil, assim eles ganhariam US$ 25 mil. Fechamos em US$ 40 mil porque era 'dinheiro doce' (propina)", diz parte do depoimento.
O cartola que se afastou da Confederação Brasileira de Futebol, que também é investigado pela Justiça americana e evita viajar para o exterior, rechaçou as acusações.
"Raciocina comigo. Eu deixei a CBF em abril de 2012 e fui para os Estados Unidos. O Figueredo assumiu a Conmebol em maio de 2013. Como eu poderia participar da assinatura de contratos com a Full Play em 2013 se eu já estava fora da CBF e não era membro da Conmebol? Não tem lógica", disse Teixeira ao diário em resposta à acusação.
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