GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Campeão da Libertadores pelo Atlético-MG revela desabafo de Ronaldinho sobre fama

Ronaldinho é tietado por torcedores

Ronaldinho Gaúcho é um dos maiores nomes de sua geração. O meia ganhou praticamente todos os títulos possíveis, marcou época tanto no Barcelona como na seleção brasileira e esteve por anos no topo do futebol mundial. Com atuações de gala, carisma, gols e dribles mágicos ele conquistou fãs pelo mundo inteiro.
No entanto, parece nunca ter se acostumado direito à fama...
Até mesmo na China, considerado um país com pouca tradição no esporte, R10 é extremamente assediado e reconhecido. Durante uma excursão com o Atlético-MG pelo país asiático, em junho de 2014, o ganhador do prêmio Bola de Ouro da Fifa em duas oportunidades (2004 e 2005) se impressionou com o tamanho de sua popularidade.
Quem conta é o goleiro Lee, que era companheiro de quarto de Ronaldinho nos tempos de Atlético, clube pelo qual foi campeão da Libertadores, e hoje defende Académica, de Portugal.
"Um dia estávamos conversando sobre a carreira e futebol e lembro dele me falar: 'Tá vendo isso tudo que a gente está vivendo no futebol? Pô, eu fui o melhor duas vezes disso aqui'. Foi top mesmo, eu o vi jogar e escutar isso da boca dele. Ele não faltou com respeito com ninguém, não estava querendo 'se achar', era um desabafo, mesmo. Ele falou com um sorriso e uma alegria no rosto de gratidão", contou Lee, em entrevista.
O clube mineiro enfrentou naquela viagem Guizhou Renhe, Jiangsu Shuntian e o Guangzhou Evergrande. "Na China, era muito assédio em cima dele, dava pra ver que o Ronaldo estava realizado, talvez nem ele acreditou que um dia chegaria tão longe. Ele é rei lá, todo mundo o conhece e não pode dar um passo sem ter um segurança por perto", relatou.
O arqueiro abre um sorriso ao se lembrar do ídolo durante a passagem pela Cidade do Galo. "A convivência que tive com ele foi fora do normal, o que mais me chamou a atenção foi a humildade, nunca vi igual. Ele ganhou tudo na carreira. É um cara que pode chegar em qualquer lugar e tem fãs dele no mundo todo", admirou-se.
Lee ajudava o camisa 49 a manter o pé calibrado nas cobranças de bola de parada e ficava mais perto do ídolo."Ele é um mito, só de ter jogado com ele posso contar para os meus filhos. Eu treinava muitas faltas e pênaltis com Ronaldinho. Teve um jogo que ele fez dois gols de falta no Fluminense e me agradeceu por ter tido paciência de ter treinado com ele. Para mim era um prazer e aprendia muito. Ronaldinho tem um dom, nasceu para dar espetáculo e ter o nome que tem", relatou.
"Tem uma história engraçada, ele me mostrou uma foto dele nos tempos de Milan. Tinha uma falta na entrada na área e estavam só ele, Beckham e Pirlo na bola. O goleiro estava com cara de desesperado, eu se tivesse no lugar dele saía do gol porque era gol na certa (risos)", garantiu.
"Na Libertadores ele chegava com a caixinha de música e dançando, brincava muito e trazia uma alegria muito grande ao grupo. Mesmo nos jogos mais difíceis, ele dava um astral muito grande e ganhou títulos por onde passou", recordou.
Durante sua passagem como terceiro goleiro do Atlético-MG, viu de perto um dos momentos mais emblemáticos da conquista. "Admiro muito o Victor, aquele pênalti que ele defendeu com a perna contra o Tijuana não sai da minha cabeça. Ele é um cara espetaular e merece estar na seleção. Depois daquilo vimos que ninguém ia mais segurar a gente", garantiu.
Ele pegou pênalti de Neymar na final
Lee Winston Leandro da Silva Oliveira tem um nome bastante incomum. "Minha mãe trabalhava no McDonalds e um amigo dela tinha esse nome. Ela gostava, mas era Lewinston. Ela queria por em um dos filhos e como sou o mais novo sobrou para mim (risos)", disse.
O garoto, que jogava futebol de salão na linha, foi com 11 anos foi fazer um teste em uma escolinha. "A gente foi para o campo e resolvi, do nada, ir para o gol. Acho que foi coisa de Deus porque era bem alto à época. Gostei de jogar e estou até hoje", contou.
Ele ainda passou pela base da Portuguesa e atuou com o Celsinho, o "novo Ronaldinho Gaúcho". "Primero joguei com o sósia e depois com o original (risos). Ele era bom de bola na base, se destacava bastante. Era diferenciado", recordou.
Ele ainda passou pelo time da Força Sindical no Campeonato Paulista e se destacou. "Vitória demonstrou muito interesse, ligou para minha mãe. Eu sabia da qualidade da base e fui para lá com 14 anos. Eu atuei com David Luiz, Hulk, Marcelo Moreno e Élkesson", recordou.
Lee subiu aos profissionais com 20 anos, mas foi ganhar sua primeira grande oportunidade justamente na primeira partida da final da Copa do Brasil de 2010 na Vila Belmiro.
"Esse foi o meu maior momento como profissional. Minha família toda é santista e eu torcia para o Santos também na infância. Foi magia, o momento que eu apareci para o futebol. Foi um divisor de águas na minha vida, saí do sonho para a realidade", disse.
"Ter jogado aquele jogo foi inesperado porque o Viáfara foi suspenso por culpa de uma paradinha. Ele cobrou o pênalti na semifinal contra o Atlético-GO e tomou cartão amarelo. A Fifa tinha probidio ele ficou suspenso da primeira partida da final", falou.
Mesmo na fogueira, ele conseguiu se destacar defendendo uma penalidade do principal jogador santista. 

"Eu via sempre os jogos do Santos porque era o time sensação do Brasil. O Neymar sempre dava uma cavadinha ou fazia uma paradinha nos pênaltis. Imaginei que ele ia fazer alguma coisa do tipo. Eu comecei a balançar o corpo de um lado para o outro, dando a entender que ia pular para algum lugar. Dei a brecha para ele fazer a cavadinha", garantiu. 

Ele evitou que a derrota para a equipe da Baixada Santista por 2 a 0 fosse ainda pior. "Eu sabia que ia ficar parado porque achei que ia bater no meio. Quando ele chutou eu só encaixei. Pena que não adiantou nada porque perdemos o título (risos). Mas para mim foi inesquecível", prossegiu. Mesmo com o triunfo por 2 a 1 no Barradão, desta vez, com Viáfara como titular, o Santos terminou campeão. 
No decorrer daquele ano ainda fez outros jogos pelo time baiano e desembarcou no Atlético-MG no começo de 2011. Depois de três temporadas no "Galo" foi para a Académica de Coimbra-POR, onde briga para ser titular. 

"Eu atuo mais nas Copas de Portugal e da Liga, aqui ocorre um revezamento muito grande. Estou trabalhando bastante para conquistar meu espaço para jogar mais vezes", finalizou.

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