Fundador e ex-CEO da American Apparel, rede de fast-fashion dos Estados Unidos, o empresário americano Dov Charney afirma estar “quebrado” e sem condições de pagar um advogado para representá-lo no processo que ele abriu contra o hedge fund Standard General, um dos controladores da empresa, após ter sido demitido do cargo em junho do ano passado por “má conduta sexual”.
Em documentos enviados a um tribunal de Delaware, onde o caso é julgado, Charney explicou que fará sua própria defesa por não ter condições financeiras de arcar com os custos advocatícios do processo. Sem registrar lucro desde 2009, a American Apparel declarou falência no mês passado, o que causou a derrocada de suas ações na bolsa de valores de Nova York.
Fundada em 1989 e com sede em Los Angeles, a fast-fashion – que já figurou entre as preferidas dos consumidores americanos e já teve loja na badalada rua Oscar Freire, em São Paulo – perdeu 95% de seu valor de mercado somente neste ano, e atualmente tem uma capitalização de pouco mais de US$ 9 milhões (R$ 34 milhões). Para a justiça, Charney disse que a maior parte de seu patrimônio está alocado em ações da empresa, o que explica sua situação atual.
Charney não é estranho aos tribunais. Ele já foi processado várias vezes por ex-funcionários da American Apparel que o acusaram de assédio sexual, e em 2009 até protagonizou uma batalha jurídica com Woody Allen, que processou a companhia por uso não autorizado de imagem em uma campanha. Pelos danos causados, o diretor recebeu uma indenização de US$ 5 milhões (R$ 18,9 milhões).
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