GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

"Noivinha" norueguesa denuncia casamento forçado de meninas

Campanha viral chama a atenção para uma tragédia que rouba o futuro de muitas meninas.: Por BEATRIZ ALESSIEla é loirinha, tem as bochechas rosadas, gosta de se enfeitar, como toda menina, mas não consegue disfarçar um ar de tristeza. Em seu blog, (http://theasbryllup.blogg.no/) diz que se chama Thea e que, aos doze anos, está prestes a se casar com o noivo, Geir, vinte e cinco anos mais velho. Em meio a poses típicas de uma pré-adolescente, ela aparece em roupa de festa, ao lado do futuro marido, e até experimentando o vestido de noiva. O blog, que já teve mais de meio milhão de visualizações, provocou comoção na Noruega, onde foi lançado, e ganhou o mundo.Thea não existe de verdade. A menina que encarnou tão convincentemente a noivinha precoce é sueca e foi arregimentada pela Plan, uma organização de defesa dos direitos da criança, para chamar a atenção para uma epidemia global. A cada ano, cerca de quinze milhões de meninas com menos de dezoito anos se casam em todo o mundo, a maioria contra a vontade. Nos países em desenvolvimento, a incidência é de uma em cada três meninas nessa situação. Muitas se casam tão crianças que levam brinquedos para a cerimônia e viram mães, mal tendo entrado na puberdade. A prática – disseminada em vários países, culturas e religiões – rouba de milhões de meninas não só a inocência, mas também as chances de um futuro. Adolescentes sujeitas a casamentos forçados tendem a interromper os estudos e são mais propensas a sofrer violência doméstica e a enfrentar complicações provenientes de uma gravidez. A campanha da Plan quis levar o debate para o centro do mundo dito civilizado, onde não se tem notícia de tal prática. A Noruega é o país com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do planeta, calculado a partir da expectativa de vida, da escolaridade dos cidadãos e da renda per capita. O anunciado casamento de Thea e Geir coincide com o Dia Internacional das Meninas, celebrado pela ONU em onze de outubro. Com posts em que Thea fala inclusive do medo de consumar o casamento, a campanha provoca as pessoas a se engajarem na batalha para salvar milhões de adolescentes de um destino cruel e humilhante. Um outro caso é o da adolescente etíope Destaye, retratada no projeto “Too Young to Wed” (Jovem demais para casar - http://tooyoungtowed.org/). Ela foi entregue, aos onze anos, ao homem que a escolheu, e teve que desistir do sonho de ser médica para cuidar da casa e do filho que teve com o marido. Destaye diz que sentiu vergonha no dia do casamento. Ela é a face real dessa tragédia.*O blog de Thea está em norueguês mas vale explorar as fotos. Vamos ver algumas das fotos de Thea?CLIQUE NAS IMAGENS ACIMA PARA CONFERIR!*Siga o Tempo de Mulher nas redes sociais:Facebook: www.facebook.com/tempodemulherTwitter: @tempodemulherInstagram: instagram.com/tempodemulheroficial* Curta a FANPAGE da Ana Paula Padrão: facebook.com/anapaulapadrao

Ela é loirinha, tem as bochechas rosadas, gosta de se enfeitar, como toda menina, mas não consegue disfarçar um ar de tristeza. Em seu blog, (http://theasbryllup.blogg.no/) diz que se chama Thea e que, aos doze anos, está prestes a se casar com o noivo, Geir, vinte e cinco anos mais velho. Em meio a poses típicas de uma pré-adolescente, ela aparece em roupa de festa, ao lado do futuro marido, e até experimentando o vestido de noiva. O blog, que já teve mais de meio milhão de visualizações, provocou comoção na Noruega, onde foi lançado, e ganhou o mundo.
Thea não existe de verdade. A menina que encarnou tão convincentemente a noivinha precoce é sueca e foi arregimentada pela Plan, uma organização de defesa dos direitos da criança, para chamar a atenção para uma epidemia global. A cada ano, cerca de quinze milhões de meninas com menos de dezoito anos se casam em todo o mundo, a maioria contra a vontade. Nos países em desenvolvimento, a incidência é de uma em cada três meninas nessa situação. Muitas se casam tão crianças que levam brinquedos para a cerimônia e viram mães, mal tendo entrado na puberdade. A prática – disseminada em vários países, culturas e religiões – rouba de milhões de meninas não só a inocência, mas também as chances de um futuro. Adolescentes sujeitas a casamentos forçados tendem a interromper os estudos e são mais propensas a sofrer violência doméstica e a enfrentar complicações provenientes de uma gravidez.
A campanha da Plan quis levar o debate para o centro do mundo dito civilizado, onde não se tem notícia de tal prática. A Noruega é o país com o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do planeta, calculado a partir da expectativa de vida, da escolaridade dos cidadãos e da renda per capita. O anunciado casamento de Thea e Geir coincide com o Dia Internacional das Meninas, celebrado pela ONU em onze de outubro. Com posts em que Thea fala inclusive do medo de consumar o casamento, a campanha provoca as pessoas a se engajarem na batalha para salvar milhões de adolescentes de um destino cruel e humilhante.
Adolescentes como a etíope Destaye, retratada no projeto “Too Young to Wed” (Jovem demais para casar - http://tooyoungtowed.org/). Ela foi entregue, aos onze anos, ao homem que a escolheu, e teve que desistir do sonho de ser médica para cuidar da casa e do filho que teve com o marido. Destaye diz que sentiu vergonha no dia do casamento. Ela é a face real dessa tragédia.

Nenhum comentário: