O Ministério Público Estadual denunciou 30 pessoas por fraudes a licitações em prefeituras do interior paulista. Os denunciados integravam a chamada 'Máfia do Asfalto', desmantelada pela Operação Fratelli em abril deste ano.
A soma dos contratos fraudados ultrapassa R$ 112 milhões, em valores não corrigidos, segundo o Ministério Público.
Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - núcleo São José do Rio Preto - analisaram 1570 procedimentos de licitações e encontraram "indícios concretos" de que organização fraudou, pelo menos, 680 licitações em 62 municípios.
Os promotores acusam empresários, lobistas, servidores públicos e ex-prefeitos de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e fraudes em licitações.
Redigida em 252 laudas, a denúncia é resultado de longa investigação, iniciada em 2008, que culminou com a Operação Fratelli, deflagrada em 79 municípios no dia 9 de abril, quando foram cumpridos 13 mandados de prisão temporária e 150 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual em Fernandópolis.
A Máfia do Asfalto é alvo também do Ministério Público Federal. Várias denúncias já foram apresentadas à Justiça Federal pelo procurador da República Thiago Lacerda Nobre.
O alvo maior da investigação é o empresário Olívio Scamatti, controlador do Grupo Demop, supostamente favorecido pelas administrações municipais onde a organização se infiltrou.
Scamatti está preso há mais de 5 meses. Também é citado o lobista Osvaldo Ferreira Filho, o Osvaldim.
Interceptações telefônicas flagraram contatos frequentes da organização com parlamentares, estaduais e federais, de partidos diversos.
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