O atacante Emerson, do Corinthians, foi considerado inocente no processo que respondia por contrabando, pela compra de dois carros importados ilegalmente quando era jogador do Fluminense, em 2010. A decisão foi publicada na noite dess terça-feira nos autos do processo que corre na 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal já recorreu da decisão.
Em apenas um parágrafo, o juiz Fabrício Antonio Soares sentenciou "é improvável que o réu soubesse que estava importando um veículo usado", completando: "não há provas de que soubesse que havia uma organização criminosa empenhada na importação ilícita de veículos".
Na argumentação do recurso, o procurador Sérgio Luiz Pinel Dias anexa diversos trechos de ligações telefônicas que comprovariam que Emerson "tinha ciência da ilegalidade da transação".
Emerson, que no processo aparece como Márcio Passos de Albuquerque - seu nome de batismo -, foi acusado pelo Ministério Público Federal com base em investigações da Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, na operação chamada Black Ops, que prendeu uma quadrilha de criminosos brasileiros e israelenses especializada na importação ilegal de carros de luxo. Ao todo, foram apreendidos 103 carros no Rio, São Paulo, Espírito Santo e Nordeste.
Uma das provas que pesavam contra Sheik era um comprovante bancário da compra de um dos carros, uma BMW X6, feita da conta de Emerson, diretamente à conta do israelense Jehuda Kazzabi, o UDI, morador de Miami, nos Estados Unidos e denunciado no mesmo processo.
"Ressalte-se que tal pagamento, ao contrário do que era para ocorrer em negócios dessa natureza, não se deu em nome da empresa que emitiu a nota fiscal em favor do réu. O próprio réu não consegue apresentar explicação plausível para o fato do pagamento não ter sido feito para a empresa no Brasil da qual ele comprou o veículo", escreveu o procurador na apelação.
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