O ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse, nesta quinta-feira, 8, que é um "desastre social" proibir o trabalho para menores de 16 anos. Ele defende que os jovens possam trabalhar em locais próximos às residências para não se envolverem em atividades ilegais. "Ele tem de ser empregado no mercadinho da esquina, perto da casa dele. Teremos uma vigilância melhor para esses garotos que ficam na rua fora do horário da escola", disse.
Afif contou que as pequenas empresas serão estimuladas a contratar aprendizes, a partir dos 14 anos. "Devemos fazer da micro e da pequena empresa a porta de entrada para o jovem entrar na escola do trabalho, complementando a sua escola regular", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Ele estima que podem ser criadas 7 milhões de vagas se cada micro e pequena empresa contratar um jovem aprendiz. "Aqui é uma montanha de emprego."
O ministro assinou na manhã desta quinta-feira, 8, um termo de cooperação com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Brasília, para a promoção de ambiente favorável aos pequenos negócios. "A ação é fundamental porque, para chegar à sociedade, precisamos do Sebrae", disse. "Estamos numa ação cooperativa. Eu vou fazer a parte pior, que é o diálogo dentro do governo. A palavra de ordem é simplificar."
Segundo o ministro, a prioridade da secretaria é desburocratizar e simplificar os processos. "A campanha que vou lançar dentro do governo é: pense simples."
O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, afirmou que a Secretaria da Micro e Pequena Empresa representa uma "porta de entrada única no governo federal". "Antes a gente se relacionava com vários ministérios. Hoje temos um aliado fundamental no embate com o parlamento e com o Executivo", concluiu.
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