O ciclista David Santos Souza, 21, que perdeu o braço ao ser atropelado no domingo na avenida Paulista, no centro de São Paulo, deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas na tarde desta segunda-feira e agora se recupera em um dos quartos da unidade.
Apesar da transferência, ainda não há previsão de quando Souza receberá alta, de acordo a assessoria de imprensa do hospital. O estado de saúde dele permanece estável.
A médica Rachel Batista, que atendeu o jovem protestou em sua página no Facebook e pediu punição ao culpado. "Estávamos prontos para tentar o reimplante e infelizmente a polícia juntamente com os bombeiros não conseguiram encontrar o braço no rio", criticou Rachel.
"O tempo de tentativa já se foi e nos restou somente a opção de limpar e suturar a ferida", acrescentou a médica, que defendeu a lei seca. "Não há como ter brechas permitindo pessoas totalmente irresponsáveis dirigirem nestas condições. Tem que haver justiça neste país."
Souza foi atropelado na manhã de domingo na avenida Paulista. O carro que o atingiu era conduzido pelo o universitário Alex Siwek, 22, que foi preso após o acidente. Ele, porém, se recusou a soprar o bafômetro ou colher amostras de sangue.
Com a força do impacto, o braço da vítima foi arremessado para dentro do veículo do universitário. Além de não prestar socorro, o estudante admitiu que jogou o braço no rio que passa pela avenida Doutor Ricardo Jafet. Segundo a própria defesa de Siwek, o atropelador ingeriu bebida alcoólica durante a noite.
De acordo com Pablo Naves Testoni, um dos advogados de Siwek, seu cliente não prestou socorro porque ficou com medo de ser agredido. Afirmou também que o motorista só viu o braço quando chegou em casa. Ficou atordoado, então, decidiu jogá-lo no rio Tamanduateí.
Segundo a delegada Priscila de Oliveira Rodrigues, do 5º DP (Aclimação), o universitário pagou uma conta no valor de R$ 96 em um bar no Itaim Bibi (zona oeste de SP), antes do acidente. A delegada solicitou a comanda ao bar, mas ainda não recebeu o papel.
Ainda de acordo com a delegada, PMs que foram procurados por Siwek após o crime relataram que ele estava "transtornado e aparentava sinais claros de embriaguez".
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