GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 11 de novembro de 2012

"Confio na Justiça", diz Rita Lee após audiência de processo movido por PMs em Sergipe

Rita Lee discute com policiais que revistavam a plateia durante seu último show, no Projeto Verão Sergipe 2012, em Aracaju (28/1/12)


A cantora Rita Lee esteve em Aracaju (SE) nesta quinta-feira (8) para depor em audiência no 7º Juizado Especial Cível. A artista responde a um processo por danos morais impetrado por 35 policiais militares que se sentiram ofendidos pela cantora durante um show ocorrido em janeiro deste ano durante o Projeto Verão, na Atalaia Nova, município de Barra dos Coqueiros. Cada militar entrou com uma ação especifica, cobrando uma indenização no valor de R$ 24.880. A decisão deve sair na próxima semana.
Rita Lee chegou ao fórum por volta das 8h, acompanhada pelo marido, o músico Roberto de Carvalho, uma funcionária, e a ex-senadora e vereadora de Maceió (AL) Heloísa Helena (PSOL). Durante cerca de seis horas, eles foram ouvidos pela juíza substituta Andrea Caldas, da Comarca de Nossa Senhora do Socorro. Além deles, um dos policiais militares, representando os demais, também foi ouvido. As testemunhas de defesa confirmaram a versão de que os militares agiram com truculência utilizando-se de cassetetes e provocaram a cantora Rita Lee fazendo gestos de prisão.
No dia 28 de janeiro, durante sua apresentação de despedida na Praia Atalaia Nova, a roqueira criticou a agressividade de policiais – que faziam a segurança do evento – contra alguns fãs que fumavam maconha. "Isso é força brutal. Vocês não têm o direito de usar a força na meninada que não está fazendo nada. Eu sou do tempo da ditadura. Pensam que eu tenho medo? Sou mulher, tive três filhos, tenho uma neta. As pessoas estão esperando eu cantar, não é a gracinha da vocês. Agora venham me prender”, disse Lee no momento. Ela acabou sendo presa ao fim do show por desacato a autoridade.
A defesa de Rita Lee contestou o valor indenizatório, que segundo os advogados causaria “dano inestimável ao patrimônio da mesma”. Inicialmente, foi apresentada uma proposta aos policiais de uma quantia individual de R$ 1,5 mil. Durante a audiência, a defesa da artista também cogitou que os policiais assinassem um documento para formalizar que agiram de maneira truculenta, em compensação, ela assinaria um termo assumindo que se exaltou durante o show. A sugestão foi imediatamente descartada pelos militares.

“É uma discrepância por parte da cantora. Chega a ser indecente e até imoral. Não aceitamos e não aceitaremos”, disse o coronel Adolfo Menezes, que no dia comandava, com o coronel Enilson Aragão, os cerca de 150 policiais militares durante o evento.

“O que houve na verdade é que a Polícia Militar estava fazendo o trabalho ostensivo garantindo a ordem pública e então a cantora Rita Lee se sentiu incomodada com a presença desses policiais militares, que só estavam fazendo o trabalho deles”, disse um dos advogados dos policiais, Plinio Karlo Moraes. Ele revelou ainda que a juíza fez alguns requerimentos, entre eles um vídeo do show que está em posse da Secretaria Estado da Cultura e a lista dos policiais militares que faziam presente no evento. "Eles tiveram a honra manchada, então esperamos que o poder judiciário reconheça o dano moral e arbitre um valor indenizatório”, concluiu o advogado. 

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