GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Lancha de Wagner Teixeira é apreendida por pescaria no Arquipélago de Alcatrazes

Representante do PV foi encaminhado à Polícia Federal com mais cinco amigos por prática de pesca em área de preservação ambiental

Wagner Teixeira (PV), vice-prefeito sebastianense, prestou depoimento na Polícia Federal por ter sido flagrado na manhã de ontem, na companhia de mais cinco amigos, por prática de pesca ilegal em área de preservação ambiental no Arquipélago de Alcatrazes, que fica localizado a 45 km do Porto de São Sebastião. O local é protegido por uma Estação Ecológica Federal, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), onde é proibida qualquer tipo de aproximação sem autorização prévia do instituto.
O flagrante aconteceu quando uma embarcação do instituto de conservação passava pelo local e avistou a lancha na parte sul do paredão. Segundo relato de agentes da ICMBio, quando os tripulantes da embarcação perceberam a presença da equipe de fiscalização, a lancha tentou fuga do local, mas uma pane no motor teria permitido a abordagem dos agentes. A lancha foi vistoriada e rebocada até o porto sebastianense. Agentes do instituto encaminharam os tripulantes para a Polícia Federal, pois estariam em situação irregular. Segundo a chefe do ICMBio, Kellen Leite, a perseguição durou cerca de 30 minutos. “Eles só pararam porque deu pane no motor. Dentro da lancha conseguimos localizar 116 kg de pescado. A maioria arpoada, oriundos de pesca submarina. Algumas varas de pesca também foram apreendidas. Todos os tripulantes foram presos em flagrante, e irão responder por crime ambiental junto ao Ministério Público Federal. Possivelmente, eles pagarão fiança”, relata Kellen.
De acordo com ela, os seis suspeitos foram detidos em flagrante por pesca em área proibida, pesca sem licença amadora, e por obstrução, devido à tentativa de fuga.
“O pescado foi apreendido e posteriormente será doada a alguma instituição. Os equipamentos também foram apreendidos, além da embarcação, que fica retida quando é utilizada para fins de cometimento de crime ambiental, pois vira instrumento de crime”, explica.
De acordo com a Marinha do Brasil, a lancha de Wagner Teixeira também foi notificada por irregularidades documentais.

“Na minha concepção eu estava fora do parâmetro do parque”, diz WT

A reportagem conseguiu contato com Wagner Teixeira, enquanto ainda prestava depoimento na Polícia Federal. De acordo com ele, os 116 kg de peixes foram pescados em outro lugar. “Eu estava com amigos pescando há três quilômetros da ilha Montão de Trigo, depois esticamos para ir pescar há 15 quilômetros de Alcatrazes”, afirma.
Segundo ele, que também é secretário de Governo, estava indo embora, sentido Boiçucanga, quando percebeu uma lancha a distância em alta velocidade. “Mas como estava uns quatro quilômetros de distância não sabia quem era. Depois de uns 20 minutos, quando percebi que estavam vindo em minha direção parei para ver quem era”, relata ao contar que só neste momento os tripulantes da outra embarcação se identificaram como agentes do Ibama.
“Como eu poderia saber que eram fiscais do Ibama há quatro quilômetros de distância?”, indaga ao rejeitar a ideia de que teria fugido dos fiscais. “Eu já estava indo embora. Como não sabia quem era, continuei indo embora”, relata.
Ao ser informado que estava em área ambiental, Wagner Teixeira afirma ter pensado que já estava fora do perímetro do local de preservação. “Minha lancha é pequena, não tem GPS. Eu também não tenho Carta Náutica, pensava que estava fora do alcance do parque”, garante. A Carta Náutica é uma representação cartográfica de uma área equivalente marítimo dos mapas terrestres.
“Se eu achasse que estava errado poderia ter me livrado de tudo. Eu poderia ter jogado fora todo o material, os peixes e os instrumentos de pesca. Mas não fiz, porque eu não sabia que já estava em área de preservação”, afirma.
Por fim, Wagner Teixeira ressalta que não tinha condições para identificar até onde era o limite que passaria a pertencer à área de preservação ambiental. “Na minha concepção eu estava fora do parâmetro do parque”, garante. (L.R.)

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