A reta é a menor distância entre dois pontos. Às vezes, o traçado do caminho mais conhecido e seguro é um tanto sinuoso, mas buscamos atalhos (a reta) para encurtarmos a distância e ganharmos tempo.
Em 1980, fui com alguns amigos pescar em uma lagoa nas proximidades de Piracicaba, durante uma semana. Todos dias, pela manhã e a tarde, iamos verificar os anzóis de espera. Tinhamos estabelecido um roteiro livre de vegetação, para chegarmos aos locais. Eu era o piloto do barco.
No quarto dia, pretendento ganhar tempo, optei por um atalho passando pela vegetação. Após navegar algum tempo, batemos com o remo numa colméia de abelhas. Eu e mais dois amigos fomos, furiosamente picados no rosta, braços e pernas. Batemos em retiradapara nos livrar do ataque e buscar a margem do lago. Não atingimos o objetivo teve que ser adiado. Ficou uma lição: "Na vida, às vezes, o atalho não é o melhor caminho"
Isso se aplica também na política. Políticos, grupo políticos ou partidos querem queimar etapas, buscam atalhos. Pragmáticos, afoitos, àvidos a se eleger ou galgar cargos buscam coligações e/ou alianças sem uma análise mais cuidadosa, e se dão mal. Além dos rachas, acabam sendo parceiros de envolvidos em escândalos. Pipocam nos meios de comunicação denúncias de desvio de verbas, superfaturamento e outros. Ficam com a imagem e a carreira comprometidas.
Portanto, é preferível ter o pé no chão, caminhar para frente com passos seguros. Pois, buscar atalhos duvidosos pode se perder na caminhada ou ficar sozinho na beira do caminho.
João Rocha
Graduado em Administração
Foi presidente do PT
DM - Caraguatatuba - SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário