GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 23 de julho de 2011

Centro de Reabilitação do Porto Novo deve ser entregue até setembro

Prefeito Antonio Carlos diz que local será exclusivo para tratamento de mulheres com dependência química

Graças a uma grande e antiga demanda na região por um local onde possa ser realizado um tratamento para dependentes químicos, a Prefeitura de Caraguatatuba deve instalar dentro de um ou dois meses, no bairro Porto Novo, na região sul da cidade, o primeiro Centro Especializado de Recuperação para mulheres com dependência química do Litoral Norte.
Para abrigar a unidade, foi desapropriada uma área no Jardim do Sindicato, onde costumava funcionar a Colônia dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. Segundo o prefeito Antonio Carlos da Silva, a casa tem capacidade para cerca de 60 mulheres dependentes de álcool e/ou drogas. Ainda de acordo com ele, o critério utilizado para a escolha do local foi o preço do imóvel. “É um prédio novo, bom, que vale cerca de R$ 2 milhões. Nós pagamos R$ 600 mil”, conta. Antonio Carlos explica que a entidade escolhida para realizar o gerenciamento do local – que deverá ser a Fundação Orsa ou a Renascer – ficará responsável pela manutenção financeira do Centro de Reabilitação, tendo o espaço em regime de comodato.
O projeto deverá contar com infraestrutura suficiente para oferecer apoio físico e psicológico às pacientes, para que não apenas se recuperem, mas também sejam reintegradas à família e a sociedade.
Ainda segundo o prefeito, o objetivo é fazer com que a cidade seja referência em políticas públicas.

Local escolhido gera reclamação de alguns moradores

Alguns moradores do Porto Novo estão descontentes com o local escolhido para o Centro de Reabilitação. O presidente da associação dos moradores do Jardim Parnaso, Jardim das Colônias, Brasil e Flecheiras, Antonio Ruiz, 66 anos, é totalmente contra a localização do espaço. “Não somos contra obras dessa natureza, que reintegram pessoas à sociedade, porém o local escolhido não é viável por ser turístico, residencial e próximo à escola e a creche do bairro”, declara. “Já existe um abrigo municipal em nosso bairro que está causando transtornos à vizinhança devido à falta de controle e organização”, complementa Ruiz.
Segundo ele, foram recolhidas mais de mil assinaturas em um abaixo assinado que está circulando nas cerca de 40 colônias e comércios dos arredores. “Ninguém está favorável”, garante.
O vice-presidente da associação e administrador da Colônia de Férias dos Metalúrgicos, Frutuoso Bispo do Nascimento, 73 anos, também está descontente. Segundo ele, cerca de 2 mil pessoas moram no bairro e aproximadamente 7 mil turistas visitam as colônias diariamente. “Não tem cabimento fazer isso aqui. O projeto é louvável, mas em outro lugar”, reclama Nascimento, que pede que o assunto seja discutido com a população.
A empresária Fernanda Priscila Bonilha Pessoto, 32 anos, também está insatisfeita. “As dependentes não serão obrigadas a ficar dentro do Centro, sairão na hora que quiserem. Lá na Casa do Menor já está dando problema. Estão pulando o muro dentro da casa dos outros”, comenta.
Sandra Sorrentino, 56 anos, vendedora, também é contra o local escolhido. “Não sou contra o projeto, mas tem várias áreas em Caraguá que poderiam ser utilizadas para fazer isso”, diz.

Reunião

Antonio Carlos informa que, assim que for definida a entidade que irá gerenciar o local, uma reunião será promovida junto à comunidade. Segundo ele, a população está reclamando sem conhecer o projeto e, até o momento ninguém havia pedido qualquer explicação a ele.
“Eu acho que esse projeto deveria ser elogiado, não criticado. O fato é que existe uma demanda muito grande na região. O Poder Público não pode ser omisso. Sou responsável pela política pública. O que estamos fazendo é raro e totalmente de graça para as pessoas pobres”, diz Antonio Carlos, que acredita que a oposição se deve à politicagem. “Vamos entrar em época de eleição agora e acho que algumas pessoas estão falando em nome de outras”, declara.
“Tenho três filhas. É preciso pensar que essas mulheres são filhas de alguém, cidadãs que precisam de atenção e cuidados públicos. Temos que recuperar suas vidas e a de suas famílias”, finaliza o prefeito.

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